Guia NBA 2025-26: San Antonio Spurs
O que esperar dos Spurs em 2025-2026? Confira a análise
Spurs: um ano de transição
Ao longo de 2024-25, o San Antonio Spurs viveu momentos distintos em uma mesma temporada. Inicialmente, a expectativa era de uma melhora diante da evolução natural de Victor Wembanyama e da chegada de reforços ao longo da última offseason. Essa melhora veio e se intensificou em dezembro, quando a equipe passou a brigar por uma vaga no Torneio de Play-In.
O progresso de Wembanyama, porém, foi tão impressionante que a franquia aproveitou uma oportunidade de mercado para acelerar o processo de reconstrução. Assim, garantiu a chegada de De’Aaron Fox através de uma troca com o Sacramento Kings. A dupla prometia mas, depois de apenas cinco junta, encerrou-se de maneira precoce na campanha.
O francês, que acumulava médias de 24,3 pontos, 11 rebotes, 3,7 assistências e 3,8 (!) tocos por partida, descobriu um coágulo no ombro. Até então favorito para o prêmio de defensor do ano e aparecendo até mesmo no top 10 da corrida para o MVP, o pivô precisou se dedicar completamente ao tratamento e acabou perdendo os últimos 30 compromissos da temporada.
Fox acabou se lesionando pouco depois. Depois de 17 jogos disputados com o uniforme dos Spurs, passou por uma cirurgia no dedo e também ficou fora da reta final. Assim, a equipe deixou de vez a briga por uma vaga no Play-In e garantiu bons minutos aos seus jovens jogadores.
Um dos grandes destaques foi o jovem Stephon Castle. Quarta escolha do Draft de 2024 da NBA, o armador brilhou em sua primeira experiência na liga e acabou recebendo o prêmio de novato do ano. Pela segunda vez consecutiva, a honraria ficou nas mãos de um jogador de San Antonio.
Spurs se esquivam de grandes nomes e continuam processo
Apesar de algumas especulações apontarem para uma postura mais agressiva do San Antonio Spurs na offseason, o time optou por não realizar grandes movimentações, e acabou acertando com contratações pontuais. A princípio, os texanos eram favoritos para brigar por Kevin Durant e Giannis Antetokounmpo.
Porém, não fizeram grandes esforços por Durant, que acabou trocado para o rival Houston Rockets. Giannis, por sua vez, nunca esteve de fato disponível no mercado, e segue no Milwaukee Bucks para o começo da nova temporada. Inicialmente, o maior reforço chegou através do Draft.
Sorteada na segunda posição da seleção, a equipe escolheu o armador Dylan Harper, filho do ex-jogador Ron Harper, cinco vezes campeão da NBA. O jovem de 19 anos é um dos principais prospectos da classe. Habilidoso e potente fisicamente, é um definidor implacável no garrafão, além de bom passador.
Harper era projetado como escolha praticamente unânime na segunda posição antes mesmo do sorteio das picks. E os Spurs, ainda que já contando com boas opções para a posição, não pensaram duas vezes antes de selecionar o prospecto.
Também via Draft, a franquia selecionou na 14ª posição. O ala de Arizona ainda é um projeto para o futuro, mas pode ganhar alguns minutos na rotação principalmente por conta de seu talento defensivo.
Através da free agency, chegou o pivô Luke Kornet, em um contrato de quatro anos e US$ 41 milhões. O veterano de 30 anos vem de boas temporadas no Boston Celtics, e chega para cumprir o papel de reserva imediato de Wembanyama. Dedicado e bom protetor de aro no lado defensivo, funciona também como um bom parceiro de pick’n roll para os diversos ‘ball handlers’ do elenco.
Kelly Olynyk é mais um que chega para ajudar o garrafão. O canadense desembarcou no Texas através de uma troca com o Washington Wizards, e oferece versatilidade por conta de seu bom aproveitamento nos arremessos do perímetro. Por fim, San Antonio acertou também a renovação contratual de De’Aaron Fox, que assinou uma extensão máxima de quatro anos e US$ 229 milhões. Investimento alto no jogador de 27 anos, que precisará mostrar boa química com a estrela francesa.
Entre as saídas, o destaque fica para Chris Paul. O veteraníssimo armador disputou todas 82 partidas dos Spurs na última temporada, liderando o time em média de assistências, com 7,4. Livre no mercado, ele acertou o retorno ao Los Angeles Clippers. Malaki Branham (Wizards), Sandro Mamukelashvili (Toronto Raptors) e Blake Wesley (Portland Trail Blazers) também partiram.
Até onde Wembanyama pode levar a equipe?
Pela primeira vez em 30 anos, o San Antonio Spurs começará uma temporada da NBA sem Gregg Popovich à beira da quadra. Um dos maiores treinadores da história do esporte, o veterano responsável pelos cinco títulos da organização se oficializou sua aposentadoria no último mês de maio. Ele estava afastado da função desde novembro de 2024, quando sofreu um derrame.
Apesar disso, aos 76 anos, o lendário ‘Pop’ continuará fazendo parte do dia-a-dia do time, agora como presidente de operações de basquete. Os texanos não foram ao mercado e optaram pela efetivação de Mitch Johnson. Ex-auxiliar de Popovich, já colecionava mais de dez anos de experiência em San Antonio. Agora, aos 38 anos, se torna o terceiro técnico mais jovem da liga, atrás apenas de Joe Mazzulla, dos Celtics, e Will Hardy, do Utah Jazz, também ex-assistente de Popovich.
A presença de Popovich obviamente fará falta, mas ninguém melhor que o homem que esteve ao seu lado nos últimos dez anos para dar sequência ao trabalho. Em seu primeiro grande teste profissional, Johnson tem uma missão importante: descobrir como otimizar os minutos de Fox, Castle e Harper.
Os três armadores têm qualidade indiscutível, mas todos eles também compartilham o aproveitamento ruim nos arremessos de 3 pontos. Por isso, desde a chegada de Harper, analistas vêm conjecturando sobre o encaixe das peças na rotação. Fox acabou de assinar um grande contrato, e a posição de titular já é garantida. Castle é fundamental também na defesa, e já habituado ao esquema tático. Deve caber ao novato, então, o papel de reserva em um momento inicial.
Para além da questão mencionada, a expectativa é de um salto de qualidade dos Spurs. Totalmente recuperado, Wembanyama está pronto para voltar às quadras para sua terceira campanha como profissional. E, se mantiver a curva de crescimento demonstrada até agora, deve ter vaga cativa no primeiro time All-NBA. A equipe teve um saldo positivo de 2,6 pontos a cada 100 posses de bola quando a sensação francesa esteve em quadra. Sem ele, esse número passou a ser de 6,1 pontos negativos.
A temporada também vai ser fundamental para que os texanos consigam avaliar as contribuições de alguns jovens jogadores. Aos 25 anos, Devin Vassell se prepara para receber um generoso salário de US$ 27 milhões, mas vem de uma queda de desempenho em relação a 2023-24. Um pouco mais velho, Keldon Johnson entra no penúltimo ano do vínculo atual e precisa aumentar seu aproveitamento no perímetro para mostrar que pode ser o sexto homem ideal.
Jeremy Sochan, por sua vez, se prepara para o último ano do contrato de novato. Ano que vem, pode se tornar um agente livre restrito, e diante da desconfortável situação vivida por jogadores que se encontram nessa posição, como é o caso de Cam Thomas, Josh GIddey, Jonathan Kuminga e Quentin Grimes, precisará aumentar sua produção para convencer os Spurs de que é merecedor de uma renovação lucrativa.
Apesar das questões, a franquia chega a 2025-26 com um elenco equilibrado. Caso seus principais nomes consigam permanecer saudáveis, o time deve se estabelecer em zona de Play-In e pode até brigar por vaga direta, a depender do nível demonstrado por Wembanyama em seu retorno.

(Foto: David Gonzales – Imagn Images)
Castle tenta repetir o sucesso da temporada de novato
A primeira temporada de Stephon Castle na NBA começou um tanto quanto discreta, mas terminou com um nível de protagonismo que ele certamente não terá em 2025-26. O ‘usage’, estatística avançada que calcula quantas posses ofensivas de uma equipe acabaram na mão de um determinado jogador, seja através de uma tentativa de arremesso, uma falta sofrida ou um turnover, ajuda a explicar isso.
Antes da parada para o All-Star Game, o armador tinha um índice de 23,5% no quesito, objetivamente o terceiro do time após a chegada de Fox. Após a parada, com as lesões do então novo reforço e de Wembanyama, esse número subiu para 28%. A título de comparação, 28% representa um ‘usage’ apenas 0,5% menor ao que Nikola Jokic teve no Denver Nuggets.
Naturalmente, a produção ofensiva de Castle aumentou nesse período. Porém, com o retorno das duas principais estrelas, seu tempo com a bola nas mãos também vai diminuir. O prodígio mostrou bons momentos quando teve o protagonismo, mas agora precisa trabalhar ainda mais no seu jogo fora da bola, em especial nos cortes para a cesta e nos arremessos de três pontos para que os Spurs tenham ainda mais sucesso ofensivo com ele em quadra.
Pick’n roll de Fox e Wembanyama tem tudo para ser letal
Qualquer análise estatística sobre a temporada do San Antonio Spurs é dificultada por conta do período onde o elenco foi afetado por lesões. No entanto, a melhora em um fator específico pode impulsionar imediatamente o ataque dos texanos.
A princípio, muito pela influência de Victor Wembanyama, a equipe foi a sexta melhor em jogadas de pick’n roll que terminaram definidas pelo jogador que fez a parede (normalmente o pivô), com 1,15 pontos por posse de bola onde a jogada foi utilizada. Os Nuggets, melhores no quesito pela qualidade de Jokic, tiveram 1,20.
No entanto, quando as jogadas de pick’n roll foram definidas pelo jogador que começa com a bola nas mãos (geralmente o armador), o time teve a nona pior produção de toda a liga, com 0,84 pontos por posse.
Nesse sentido, De’Aaron Fox chega para transformar por completo os números em questão. Enquanto defendia os Kings, o armador foi o quarto melhor no quesito, atrás apenas do MVP Shai Gilgeous-Alexander e dos All-Stars Tyrese Haliburton e Damian Lillard. Agora ao lado de um talento geracional como Wembanyama, o jogador deve transformar o pick’n roll dos Spurs em uma arma letal.
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