Guia NBA 2025-26: Chicago Bulls

Bulls: mais uma temporada medíocre

A última temporada do Chicago Bulls na NBA foi, no fim das contas, mais do mesmo. Isso porque a equipe teve uma campanha de 39 vitórias e 43 derrotas pelo segundo ano seguido, além de ter apenas uma derrota de diferença para 2022-23, há dois anos. Dessa forma, é difícil dizer que os Bulls decepcionaram, já que virou um padrão dos últimos anos ficar na faixa no play-in e não engatar para os playoffs.

Porém, a última temporada reservou particularidades para os Bulls. A equipe tinha campanha de 24 vitórias e 36 derrotas até o começo do mês de março, com um ataque que não empolgava e uma das piores defesas da liga. No entanto, a equipe mudou na reta final. Os Bulls assumiram uma identidade diferente, passando a ser o time da correria e que aproveitava todo e qualquer espaço para puxar contra-ataques.

Com uma defesa ok e um ataque muito melhor, os Bulls finalizaram 2022-25 com 15-7 de campanha e chegaram quente para o duelo de Play-In. O problema é que Chicago recebeu o Miami Heat e não viu a cor da bola na partida eliminatória. O Heat soube cuidar da bola e evitar a correria dos Bulls, além de controlarem o lado defensivo. Com isso, venceram com tranquilidade e mais uma vez encerraram a temporada de Chicago.

Poucas movimentações geram dúvidas sobre os Bulls

O Chicago Bulls teve uma offseason bastante inativa, o que é ruim para uma equipe que está na mediocridade há tanto tempo. A equipe fez uma troca com o Cleveland Cavaliers, na qual enviou Lonzo Ball e recebeu Isaac Okoro, ala de boa marcação e ocasionais bolas de três pontos.

Além disso, os único movimentos de free agency foram renovações. Primeiro, a equipe reassinou com o armador Tre Jones, que teve bom desempenho com os Bulls na reta final da última temporada. Em seguida, acertou também uma extensão com Josh Giddey, um dos principais destaques do elenco.

O australiano assinou por quatro anos e US$ 100 milhões. Um ponto negativo é que os Bulls não devem estender o contrato de Coby White, a outra boa notícia da reta final da última temporada. Dessa forma, pode ser trocado ou apenas sair no fim da próxima campanha.

No draft, os Bulls selecionaram o francês Noa Essengue, um projeto ainda cru mas que já demonstrou potencial. Para resumir, Essengue não empolga à primeira vista.

Mais um ano de Play-In parece provável

Esperar algo muito diferente para a próxima temporada seria um devaneio. Isso porque nenhum movimento dos Bulls justifica uma melhora na equipe. Pelo contrário, as indecisões sobre Giddey e White podem jogar contra, além de Chicago carregar Nikola Vucevic para mais uma temporada – já que não conseguiu trocar o pivô.

Por outro lado, a esperança seria de que o ritmo do final da última temporada volte desde outubro. No entanto, as coisas devem se balancear e Chicago novamente deve brigar na faixa do Play-In.

(Foto: Nell Redmond-Imagn Images)

Coby White se prepara para campanha fundamental

O ala-armador vai entrar na temporada com apenas um ano de contrato. Costumeiramente, os jogadores da NBA costumam produzir bem em ano de grande contrato e White pode receber dos Bulls ou de qualquer outra equipe da liga. Mais do que isso, se os Bulls quiserem brigar por vaga direta na pós-temporada, White precisará ter uma temporada parecida como foram os últimos meses de 2024-25.

Em março e abril, teve médias de 27,3 pontos, 4,7 rebotes e 4,1 assistências. Isso porque foi a peça mais fundamental para o novo sistema de Chicago: no contra-ataque é um dos mais rápidos em toda a NBA.

Por outro lado, pode ser trocado ou não desempenhar bem. Nos dois casos, a temporada dos Bulls estaria acabada.

Sucesso em 2025-26 passa por melhora defensiva

Com Vucevic em quadra, os Bulls possuem uma das piores defesas de pick and roll de toda a NBA. O pivô é lento e parece pouco disposto a entregar defensivamente. Além disso, o perímetro não é dos melhores para conseguir compensar a falta de proteção ao aro. De maneira geral, teve a 12ª pior defesa na última temporada e vai precisar melhorar esse número – ou ao menos forçar mais turnovers – para conseguir imprimir sua velocidade no ataque.