Guia NBA 2025-26: Detroit Pistons

Pistons: novo patamar

Na última temporada, o Detroit Pistons foi a equipe que mais surpreendeu – de maneira positiva – em toda a NBA. Isso porque os Pistons deram um salto de 30 vitórias em comparação com 2023-24, o maior em muito tempo na liga, e assim terminaram com 44 vitórias e 38 derrotas

A equipe, com o novo técnico J.B Bickerstaff, apostou na mescla de jogadores jovens com veteranos que já eram menos badalados pelas outras franquias. Assim, os Pistons aos poucos foram encaixando e assumindo novamente uma pegada mais física, como é tradição de Detroit.

Além disso, o armador Cadê Cunningham teve uma grande temporada, finalmente alcançou o status de All-Star e fez uma dupla quase imparável com o pivô Jalen Duren. Já os veteranos Malik Beasley, Tobias Harris e Dennis Schroder foram fundamentais para classificar os Pistons diretamente para os playoffs, pela primeira vez desde 2018-19.

Na primeira rodada, o confronto foi contra o New York Knicks, seed 3 do Leste. A série foi uma das mais parelhas e teve de tudo: game-winner, viradas absurdas, brigas e até polêmicas de arbitragem. No fim, Detroit perdeu por 4 a 2, mas saiu de cabeça erguida.

Detroit teve offseason tímida no mercado

De maneira geral, a offseason do Detroit Pistons foi fraca, o que não necessariamente significa que o time será pior na próxima temporada. Vamos aos pontos: os Pistons perderam peças importantes no caso de Dennis Schroder, Malik Beasley e Tim Hardaway Jr, veteranos muito importantes para o perímetro e para tirar a pressão de Cade.

Por outro lado, trouxeram Caris LeVert e Duncan Robinson, dois jogadores que oscilam muito ofensivamente – principalmente em partidas importantes – e que entregam pouco da defesa. Assim, os Pistons se enfraqueceram com as movimentações, mas por outro lado contam com a volta do ala-armador Jaden Ivey e com mais um ano de experiência do núcleo jovem.

Expectativas para uma campanha semelhante a 2024-25

A próxima temporada não deve ser muito diferente para os Pistons, ao menos não na temporada regular. O elenco é mais curto, mas a volta de Ivey, e mais um ano de aprendizado com J.B. Bickerstaff podem compensar. Ao mesmo tempo, Detroit não é mais novidade e todas as equipes agora sabem melhor como jogar contra.

Dessa forma, a expectativa é boa e a equipe deve brigar por mando de quadra no Leste. No entanto, ainda não está na mesma prateleira de New York Knicks e Cleveland Cavaliers, e deve entrar apenas se algum dos jovens jogadores dê um grande passo e formar uma sólida dupla com Cade Cunningham.

(Foto: Trevor Ruszkowski-Imagn Images)

Jaden Ivey se prepara para assumir papel de destaque

O ala-armador Jaden Ivey vem para o quarto ano de sua carreira e pode ser a diferença na próxima temporada dos Pistons. Isso porque Ivey jogou em apenas 30 partidas na última temporada antes de quebrar a fíbula na perna esquerda.

Até então, tinha médias de 17,6 pontos, 4,1 rebotes e 4 assistências. Além disso, em 2024-25 Ivey teve mais de 40% de aproveitamento nos arremessos de três pontos, ponto que foi um problema para os Pistons quando Malik Beasley estava mal.

Com isso, caso Ivey volte a jogar no nível que sabe, pode ser o reforço que a equipe precisa no perímetro e para tirar um pouco a pressão de Cade Cunningham. No entanto, se for mal Detroit pode inclusive ser um time mais previsível e mais fácil de ser marcado do que na última temporada, quando ainda tinha outras peças que compensam essa ausência.

Equipe estuda como produzir pontos sem Cade Cunningham

O grande “problema” para os Pistons na última temporada foi que a equipe era mediana ou boa em praticamente todos os aspectos, na defesa e no ataque. Assim, a equipe não tinha um ponto muito forte e que acabava compensando outras fraquezas.

Como os Pistons ainda possuem dúvidas em relação ao que será de seu ataque fora Cade Cunningham e o pick and roll, um dos pontos que deve ser muito importante é os pontos produzidos a partir de turnovers.

Nos últimos playoffs, por exemplo, Detroit sofria no ataque de meia quadra e tinha dificuldades para pontuar quando Cade não estava em quadra. Por outro lado, era uma equipe completamente diferente quando conseguia forçar turnovers e sair em transição ofensiva.

Dessa forma, com um elenco mais curto a intensidade defensiva será crucial para os Pistons pontuarem mais no contra-ataque. Uma maneira de evitar cestas na defesa e facilitar para seu ataque ainda limitado.