Listamos as posições que devem ser mais buscadas por cada time da liga, adicionando também sugestões de possíveis movimentos na offseason
Com a vitória no jogo 6 das finais da NBA, o Indiana Pacers forçou o primeiro jogo 7 das finais da liga desde 2016. Agora, enquanto OKC e Indy se preparam para a disputa da partida mais decisiva da temporada, que acontece no domingo (22), todas as outras 28 franquias já trabalham para tentar destronar Thunder ou Pacers na próxima campanha.
Algumas delas estão mais perto do objetivo final: o troféu. Outras, precisam de uma série de reformulações para sequer começar a sonhar até mesmo com uma vaga nos playoffs. De qualquer maneira, os executivos de cada front office já estão preparados para passarem longos períodos com o telefone em mãos, em busca de uma troca bombástica, da assinatura de um contrato com um free agent badalado, ou da descoberta de uma nova promessa no Draft.
Pensando nisso, o The Playoffs listou a maior necessidade de cada um dos times durante a intertemporada, oferecendo também uma solução possível para as mesmas. Confira a parte 1, com as equipes da Conferência Leste!
Assim como nas três temporadas anteriores, o Atlanta Hawks disputou o Play-In da NBA também em 2025. No entanto, não conseguiu nem mesmo a classificação como oitavo colocado. A boa notícia para os torcedores, por outro lado, é que vários jovens jogadores deram saltos de qualidade e se firmaram como peças importantes do time titular. São os exemplos de Dyson Daniels, Jalen Johnson e Onyeka Okongwu. Apesar disso, diante da provável saída de Clint Capela, o time pode buscar mais opções para as posições de ala-pivô ou pivô, especialmente com a 13ª escolha do Draft 2025.
Sugestão: Selecionar um jogador da posição no Draft. Noa Essengue é o melhor nome, mas não deve estar mais disponível no 13° lugar. Derrick Queen e Collin Murray-Boyles aparecem como boas opções.
A necessidade do Boston Celtics é a mesma dos Hawks, mas, por motivos diferentes. Durante a decepcionante série diante do New York Knicks nas semis do Leste, a equipe viu Jayson Tatum romper o tendão de Aquiles, e as chances de uma temporada competitiva em 2025-26 diminuírem bruscamente. Além disso, os celtas se encontram em situação financeira delicada. Um dos favoritos a ser negociado em busca de um alívio é Kristaps Porzingis, pivô titular. Al Horford e Luke Kornet, principais opções imediatas no banco, são agentes livres irrestritos, e seus respectivos retornos não estão garantidos.
Sugestão: Aqui, a questão salarial dificulta e muito as opções de Boston. Mas encontrar bons pivôs de rotação em possíveis trocas de Jrue Holiday ou Porzingis, com contratos que podem ser diluídos ao longo dos anos, pode ser o ideal. Existe também a opção de completar as lacunas do garrafão com a 28° escolha do Draft de 2025.
O Brooklyn Nets não teve a melhor das sortes na loteria do Draft, mas, ainda assim, conseguiu a oitava escolha e é dono de quatro picks na primeira rodada. Por outro lado, a equipe tem uma série de lacunas no elenco, e um total de 12 (!) jogadores que podem ser free agents a partir de julho. Apesar disso, nenhuma posição parece carecer mais de reforços que a armação. Os Nets são o time com o maior espaço salarial de toda a NBA, mas, não existem armadores de primeira linha disponíveis no mercado. O Draft deve ser a melhor opção.
Sugestão: Recontratar D’Angelo Russell em um contrato amigável e selecionar o melhor talento disponível no Draft (com sorte, Jeremiah Fears ou Kasparas Jakucionis).
Depois de mais uma temporada de tank, regada por problemas físicos de seus principais jogadores, o Charlotte Hornets também se frustrou ao ficar fora do top 3 da loteria do Draft. Apesar disso, ao contrário, por exemplo, dos Nets, o time conta com uma boa espinha dorsal em seu quinteto inicial, e pode construir ao menos um time titular talentoso e promissor com a adição de um bom ala-armador ao lado de LaMelo Ball, Brandon Miller, Miles Bridges e Mark Williams. Durante a temporada 2024-25, os Hornets tiveram o terceiro pior aproveitamento de 3 pontos da NBA, mesmo sendo o 11° em tentativas por jogo. Portanto, é importante que o novo reforço tenha um bom arremesso.
Sugestão: Selecionar Kon Knueppel ou Tre Johnson com a quarta escolha do Draft.
O Chicago Bulls, que não tem um histórico de boas decisões em offseason no passado recente, tem duas importantes para tomar ao longo dos próximos meses. Josh Giddey é um agente livre restrito e deve ganhar um belo aumento salarial. Coby White, por sua vez, está elegível para uma extensão contratual, e tem se mostrado um surpreendente acerto diante de sua evolução constante. Obviamente, a franquia ainda precisa de muitas peças para se tornar uma verdadeira candidata ao topo do Leste. A prioridade, no entanto, parece ser a chegada de um ala. De preferência um que se destaque na defesa, e possa ser pareado ao lado do promissor Matas Buzelis.
Sugestão: Selecionar nomes como Cedric Coward ou Carter Bryant na 12ª posição do Draft, caso não existam talentos maiores de outras posições disponíveis, ou buscar trocas com o contrato expirante de Nikola Vucevic. Nomes possíveis: Dorian Finney-Smith, Herb Jones e P.J. Washington.
Mesmo com a queda precoce diante do Indiana Pacers nas semifinais da Conferência Leste, o Cleveland Cavaliers é um time pronto para competir pelo título da NBA na próxima temporada. A maior questão é o futuro de Ty Jerome. O armador reserva, que será um agente livre irrestrito, não viveu grandes momentos nos playoffs, mas provou seu valor durante a temporada regular e deve ser um nome cobiçado no mercado. Mantê-lo no elenco não é uma tarefa fácil (nem barata), mas deve ser a prioridade dos Cavs na offseason.
Sugestão: Se desfazer de Isaac Okoro e renovar com Ty Jerome e Sam Merrill.
O Detroit Pistons viveu uma das maiores ascensões da história da NBA na última temporada, deixando de ter a pior campanha da liga nas duas ocasiões anteriores e voltando a vencer um jogo de playoffs depois de 17 anos. Algumas peças importantes dessa reconstrução estão prestes a entrar no mercado de free agents, sendo dois alas-armadores: Malik Beasley e Tim Hardaway Jr. Jaden Ivey, o outro jogador da posição, se lesionou ainda na temporada regular e segue em recuperação.
Sugestão: Dar um contrato longo a Beasley. O jogador viveu a melhor temporada de sua carreira pelos Pistons, concorrendo ao prêmio de melhor sexto homem e sendo o segundo com mais arremessos de três convertidos em toda a NBA, atrás apenas de Anthony Edwards.
Difícil apontar alguma lacuna em um time que vem de duas temporadas tão boas, e que conta com um elenco tão profundo. No entanto, para manter essa profundidade, o Indiana Pacers terá que tomar algumas decisões na free agency em relação à posição de pivô. O titular Myles Turner, já um símbolo da franquia, parece próximo de uma renovação. Mas Thomas Bryant, Tony Bradley e Isaiah Jackson, todos reservas imediatos, podem se tornar agentes livres em breve.
Sugestão: Renovar com Bryant em um contrato baixo e selecionar um pivô reboteiro para compor elenco no fim do segundo round do Draft.
Mesmo sem contar com um armador com características de criador de jogadas em seu elenco, o Miami Heat conseguiu se virar bem no ataque. Muito disso partiu da excelente temporada de Tyler Herro, All-Star da NBA pela primeira vez na carreira e candidato a uma extensão de grandes valores na offseason. Apesar disso, a unidade ofensiva sofreu por diversas vezes com a falta de jogadores capazes de criarem o próprio arremesso, carregarem a bola em transição e organizar o jogo quando necessário.
Sugestão: Miami não tem sua escolha de primeira rodada no Draft deste ano, que pertence (adivinhe só) ao Thunder. Então, o melhor caminho seria uma troca (Anfernee Simons, Jrue Holiday e Fred VanVleet podem ser opções), já que o mercado de free agents não deve oferecer tantas alternativas.
O Milwaukee Bucks entra na offseason em uma situação bastante delicada. Caso nenhum de seus free agents retorne para a próxima temporada, o time iniciaria o período com cerca de US$ 22 milhões abaixo do limite salarial, mas apenas sete jogadores sob seu contrato. Damian Lillard rompeu o tendão de Aquiles nos playoffs e deve perder grande parte da (senão toda) temporada. A boa notícia é que Giannis Antetokounmpo parece inclinado a permanecer, mas, a ruim é que dificilmente os Bucks conseguirão montar um time competitivo ao seu redor.
Sugestão: Tentar convencer free agents experientes como Dennis Schroder e Tyus Jones.
Falando em situação complicada, o New York Knicks tem uma série de questões em seu elenco. Os titulares têm contrato garantido, assim como Mitchell Robinson e Miles McBride, peças mais importantes do banco. No entanto, os dias sob o comando de Tom Thibodeau já viraram passado, e um novo comandante apreciaria um pouco mais de profundidade. Mesmo com uma série de agentes livres, os Knicks já estão projetados para começar a temporada acima do teto salarial, e com pouca flexibilidade financeira.
Sugestão: Buscar barganhas como Taurean Prince e Gary Trent Jr. Ambos defenderam os Bucks na última temporada com contratos inferiores aos US$ 2,1 milhões em relação ao impacto na folha salarial.
A surpreendente troca de Desmond Bane é uma prova de que o Orlando Magic está pronto para buscar um lugar ao sol na Conferência Leste. A chegada do ala-armador, inclusive, adiciona espaçamento ao pior time da NBA em arremessos de três pontos e mantém o elenco bem completo. Orlando tem algumas decisões para tomar em relação aos seus free agents, em especial Gary Harris, Moritz Wagner e Cory Joseph. Mas, adicionar um novo wing com aproveitamento decente nas bolas de três seria ótimo.
Sugestão: Selecionar um arremessador na posição 25 do Draft. Maxime Raynaud, Rasheer Fleming são opções.
A conturbada temporada do Philadelphia 76ers serviu ao menos para duas coisas. Primeiro, a equipe descobriu bons talentos em jogadores de pouco destaque anterior, como Justin Edwards, Ricky Council IV e, posteriormente, Quentin Grimes. A segunda foi a loteria do Draft de 2025, onde terminou com a terceira escolha geral, conseguindo manter a pick em suas mãos (caso deixasse o top 6, a escolha iria para o Thunder). Aparentemente, os 76ers então interessados em manter a seleção e tem uma preferência momentânea pelo ala VJ Edgecombe, de acordo com a ESPN americana. Com esse cenário se confirmando, a principal necessidade é garantir um reserva confiável para Joel Embiid. A melhor opção é renovar com Guerschon Yabusele, mas o francês pode ter se valorizado além do que Philly pode pagar.
Sugestão: Tentar renovar com Yabusele e, em caso de insucesso, tentar buscar Jericho Sims na free agency da NBA.
Depois de um breve momento de reconstrução, o Toronto Raptors mostrou que também está interessado em voltar a competir em um Leste que se apresenta aberto com a provável queda dos Celtics. Assim, a franquia canadense entra em uma temporada crucial, onde vai poder concluir, na prática, se a dupla Immanuel Quickley e R.J. Barrett é capaz de justificar os US$ 60 milhões combinados que receberão na próxima temporada. Da mesma forma, poderão analisar o encaixe entre Brandon Ingram, que assinou uma extensão antes mesmo de estrear pela equipe, e Scottie Barnes. A princípio, excluindo a possibilidade de uma troca mais agressiva, a maior necessidade é a de um bom armador para sair do banco de reservas.
Sugestão: Aqui, confesso que vou trapacear e me guiar pelo rumor mais recente. Toronto está interessado em Malik Monk, e o encaixe parece fenomenal. Monk vem sendo um excelente sexto homem ao longo dos últimos anos, capaz de comandar a segunda unidade e fechando jogos como titular. Além disso, vem aprimorando características de armação, como passe e visão de jogo.
Por fim, não temos para onde correr. O Washington Wizards é, ao lado do Utah Jazz, a equipe que sai com o gosto mais amargo após o fim da temporada 2024-25. Mesmo com a segunda pior campanha da NBA, não conseguiram nem mesmo uma escolha top 5 no Draft de 2025.
Sugestão: E, com o sonho de adquirir Cooper Flagg indo pelos ares, resta aos Wizards selecionar o melhor talento disponível com a sexta escolha da ordem, seja ele de qual posição for.
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