Com as costas contra a parede, o Thunder precisa voltar ao seu melhor desempenho no jogo 4 das Finais da NBA
Indiana mostrou sua força na quarta-feira (11), pois superou o Thunder na ‘hora H’ do Jogo 3 e reassumiu o controle das Finais da NBA (2 a 1). Bem como, em um jogo intenso e disputado, com nada menos que 15 empates no placar, algo inédito em uma final desde 2018.
A partida evidenciou os recursos dos Pacers, que contaram com 49 pontos marcados pelos reservas. Sem dúvida, foi uma vitória espetacular para o time de Rick Carlisle, que também expôs os erros incomuns de Oklahoma City. Agora, a poucas horas de um Jogo 4 crucial para Shai Gilgeous-Alexander e seus companheiros de equipe, o Thunder precisa reencontrar sua identidade para ter esperança de vencer na atmosfera frenética do Gainbridge Fieldhouse, em Indianápolis.
Conhecido por seu grande controle de bola, o OKC pareceu mais frágil do que nunca na quarta-feira (11), cometendo impressionantes 17 turnovers. Esta foi sua pior atuação nesta campanha de Playoffs. É, portanto, um desperdício de bola incomum para uma equipe que terminou a temporada regular em primeiro lugar, com apenas 11,7 turnovers por jogo.
Com SGA liderando a estatística (seis turnovers, seu recorde na carreira em Playoffs), o Thunder, sem dúvida, precisará ser mais cuidadoso nesta sexta-feira (13). Isso evitará que os Pacers se alimentem dessas perdas de posse de bola para iniciar contra-ataques ou jogar em transição. Aliás, nesse setor, Indiana brilhou mais no Jogo 3, marcando 17 pontos em jogo rápido contra apenas dez para Oklahoma City, bem abaixo de sua média de 16,3 pontos nesta pós-temporada.
Acostumados a dominar as ações no garrafão nestes playoffs da NBA, cedendo apenas 40,6 pontos por jogo nessa área (ficando em terceiro lugar, atrás apenas de Houston e Orlando), os jogadores de Oklahoma foram superados na quarta-feira. Embora Indiana não seja tão conhecida por seu impacto perto da cesta (43,8 pontos, nono lugar), sua agressividade ofensiva foi recompensada.
Com nada menos que 50 pontos marcados no garrafão no Jogo 3, contra 48 do OKC, os Pacers alcançaram seu melhor desempenho nas Finais da NBA nesse quesito. Sem acesso ao aro, Indiana não havia ultrapassado 34 pontos no garrafão até então. Essa falta de rigor, bastante rara para ser notada, na defesa do Thunder foi amplamente explorada por Indiana, que, ao contrário do Jogo 2, conseguiu variar seu jogo ofensivo para criar mais perigo. Como resultado, os Pacers marcaram 116 pontos na quarta-feira (11), seu maior total na série.
Talvez o fato mais marcante do Jogo 3 seja que o OKC foi dominado por Indiana em roubos de bola e tocos. O placar dessa disputa teve o Thunder perdendo por 24 a 10. Esse total equivale, portanto, ao combinado apenas dos reservas dos Pacers e representa a segunda pior marca do Thunder nesta campanha de Playoffs. Esta é, por sua vez, uma anomalia estatística quando se observa o desempenho de Oklahoma City neste quesito na temporada.
Líder em roubos de bola, com média de 10,3 roubos por jogo, e segundo em tocos por partida (5,7), o OKC dominou a liga em roubos e tocos, com 16,0 no total. Isso, aliás, demonstra a grande disciplina defensiva dos protegidos de Mark Daigneault e, sem dúvida, sua incrível agressividade.
Essa garra, no entanto, passou para o lado inimigo na quarta-feira, simbolizada pelos dois recordes estabelecidos pelos Pacers neste Jogo 3. Motivada por sua torcida, Indiana, consequentemente, obteve seus melhores desempenhos em roubos de bola (13) e tocos (11) nesta pós-temporada. Foi, portanto, uma inversão de papéis que Oklahoma City pagou caro.
Por fim, com as costas contra a parede nestas Finais da NBA, o Thunder precisa reagir rapidamente. A equipe não deseja voltar a Oklahoma com uma desvantagem de duas vitórias (1-3 em caso de derrota nesta sexta-feira). Se não reencontrarem seu DNA, Jalen Williams e companhia não terão outra escolha a não ser se tornarem a segunda equipe, depois dos Cavs de LeBron James em 2016, a reverter tal déficit. O jogo 4 acontece nesta sexta-feira (13), às 21h30 de Brasília.
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