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Brasil sofre para vencer Porto Rico, mas garante liderança no basquete masculino do Pan

Vitor Muniz

Após ver seleção de Porto Rico abrir distância no placar, Lucas Dias lidera reação e Brasil enfrenta a Venezuela nas semifinais

Em confronto decisivo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 nesta quinta-feira (2), o Brasil conquistou uma vitória sofrida por 72-69 diante de Porto Rico, no que foi um jogo de altos e baixos, com alta intensidade física.

Com o triunfo, o Brasil garantiu o primeiro lugar do Grupo B, avançando às semifinais contra a Venezuela, segunda colocada do Grupo A, em confronto que ocorrerá já nesta sexta-feira (3). Porto Rico, por sua vez, tem apenas uma vitória nos três jogos disputados e conta com uma derrota do México frente à seleção do Chile, que ainda não venceu na competição, para avançar à próxima etapa para enfrentar a Argentina, líder do Grupo A.

Pela seleção brasileira, mais um desempenho destacável do cestinha Lucas Dias, com 17 pontos, 3 rebotes e 1 assistência, o mesmo que se pode dizer de Danilo Fuzaro, que também repetiu o protagonismo, com 15 pontos, 6 rebotes e 1 assistência. O garçom foi Elinho, que deixou 6 assistências, além dos importantes 11 pontos e 4 rebotes. Lesionado logo no início do terceiro quarto, Didi Louzada aproveitou seus minutos de quadra com 9 pontos, 2 rebotes, 1 assistência e 1 bola roubada.

Porto Rico teve um personagem principal: o inspirado Brandon Boyd, com 18 pontos, 3 rebotes, 3 assistências e 2 roubos de bola. Jordan Cintron beirou o duplo-duplo, com 9 pontos e 9 rebotes, além de 3 assistências. Destaque ainda para Dimencio Vaughn, com 11 pontos, 3 rebotes e 2 roubos, Wilfredo Rodriguez, com 10 pontos, 7 rebotes e 1 assistência, e Oenis Medina, com 7 pontos e 4 rebotes.

O JOGO

O jogo começou apertado. Com as trocas na movimentação, Porto Rico conseguia ter vantagem e pontuar no garrafão, mas causava ainda mais dano com os rebotes ofensivos, já que foram sete apenas no primeiro quarto. O ataque porto-riquenho partia de um atlético Jordan Cintron, enquanto Oenis Medina pontuava debaixo da cesta. Do outro lado, apesar dos dois acertos de Didi Louzada, o Brasil sofria no perímetro e não conseguia criar muito mas, em compensação, Márcio dos Santos e Lucas Dias acertavam na área pintada para manter o Brasil à frente no placar, com um 23-19 no fim do quarto.

O segundo período foi um filme de terror para a Seleção Brasileira, e o vilão que protagonizou a virada de Porto Rico foi Brandon Boyd. O armador entrou em quadra para mudar o cenário do jogo, usando sua agilidade nas infiltrações para receber três faltas e, se não bastasse, causou muitos estragos no perímetro. Já o Brasil sofreu no ataque, e começou o quarto com um Scott Machado desligado e cometendo muitos erros ofensivos, seguido de um Gui Deodato que desperdiçava vários arremessos consecutivos. Porto Rico povoava o garrafão e abria mão de responder às tentativas de pick and roll, dando a bola de três para o Brasil, que não conseguia acertar seus arremessos, cenário perfeito para o time adversário. O segundo quarto terminou em 36-32 para Porto Rico.

Porto Rico tinha lucrado ao negociar as bolas de três pontos com o Brasil mas, no terceiro quarto, o que era uma pechincha acabou custando muito caro. O time brasileiro perdeu Didi machucado e a baixa poderia ser o fim de todo o poder de perímetro, mas Lucas Dias acertou duas bolas de fora, Elinho também entregou um par de cestas e a dupla bastou para desestruturar os planos porto-riquenhos. Com uma nova ameaça por neutralizar, Porto Rico abriu buracos na zona pintada e, quando a bola longa parou de cair, o Brasil conseguiu pegar rebotes importantes e também criar jogadas de média e curta distância, premiando um Gabriel Jaú pouco marcante até então. Na defesa, a Seleção Brasileira ainda tinha dificuldade de gerir as trocas que colocavam Medina em vantagem com toda sua força física, mas faltou repertório a Porto Rico, e o terceiro quarto terminou em 53-53.

A última etapa teve dois capítulos bastante diferentes. No começo do quarto derradeiro, o Brasil jogava por música, Fuzaro pontuava e se aproveitava da altura superior à de Boyd, que ficava na marcação, para ter a bola em mãos, Reynan dos Santos explorava o garrafão recém-aberto, Elinho voltou a pontuar do perímetro, Jaú era mais eficiente com seus bloqueios no ataque e o jogo era dos sonhos, com uma liderança que chegou a ser de 11 pontos. A equipe adversária não tinha a bola de três e o time brasileiro dobrava a marcação no homem que infiltrava, tirando a linha de passe e o próprio arremesso. Contudo, a pouco menos de dois minutos do fim da batalha, Porto Rico voltou para o jogo com acertos consecutivos e Brandon Boyd teve a chance do empate após um contra-ataque. Restavam 3 segundos no cronômetro, Boyd tinha a bola nas mãos para um arremesso em movimento, mas a bola ficou no aro e o Brasil venceu por 72-69.

Foto: Divulgação / CBB

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Advogado desportivo e apaixonado pela comunicação. Se apaixonou pelo Boston Celtics em 2014 e passou a torcer para o New England Patriots a partir do milagre de Malcolm Butler no Super Bowl 49.

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