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Presidente dos Phillies questiona status de Bryce Harper como jogador de elite

Gabriel Litaldi

Veterano é contestado dentro da organização

Embora o primeira base Bryce Harper tenha completado 33 anos nesta quarta-feira (15), seu momento no Philadelphia Phillies parece não ser o mais alegre.

Após um ano em que registrou uma média de rebatidas de 26,1%, sua pior desde que chegou aos Phillies, o presidente de operações de beisebol da franquia, Dave Dombrowski, levantou dúvidas sobre se o astro ainda pode estar no nível mais seleto de atletas atuais na MLB.

“Ele continua sendo um jogador de qualidade, um jogador de qualidade All-Star”, afirmou Dombrowski. “Mas não teve uma temporada de elite como já teve antes. Só o tempo vai dizer se ele volta a esse patamar ou se se mantém como apenas um bom jogador”.

A palavra “apenas”, certamente, deve ter doído para Harper, duas vezes MVP da Liga Nacional, figura central na reconstrução dos Phillies e levando o time de volta aos playoffs em 2022 após 11 anos de ausência. Embora tenha perdido um mês de temporada por conta de uma lesão no punho, seus números mostraram uma queda geral de rendimento.

Deixando o Washington Nationals em 2019, Bryce Harper assinou com Philadelphia por 13 anos e US$ 330 milhões, estando em seu oitavo ano de serviço. Um dos prospectos mais aguardados da história do beisebol, ele leva alcunha de five-tool player, dada para jogadores com excelentes habilidades em média e poderio de rebatidas, roubo de bases, defesa de campo e lançamentos.

Nos playoffs, contra o Los Angeles Dodgers na Série Divisional da Liga Nacional, Harper teve desempenho discreto: três rebatidas em 15 at bats distribuídos em quatro jogos, sem impulsionar corridas.

“Ele pode voltar ao nível mais alto? Não sei responder isso”, disse Dombrowski. “Ele mesmo vai definir isso. Sei que não ficou satisfeito com o ano que teve – e, de fato, não foi um ano ruim. Mas quando penso em Bryce Harper, penso em um dos dez melhores jogadores do beisebol e acho que ele não encaixa nisso agora”.

O técnico Rob Thomson, por sua vez, fez questão de defender o astro. Harper, que passou do campo externo para a primeira base com eficiência digna de Gold Glove e retornou aos campos em tempo recorde após uma cirurgia Tommy John, ainda teria muito a oferecer.

“Ele está extremamente motivado para ter a melhor temporada da carreira no próximo ano”, afirmou Thomson.

Harper deve seguir como peça-chave em 2026, quando os Phillies tentarão superar uma sequência de quatro anos frustrantes em pós-temporadas. Dombrowski, que tem decisões importantes sobre o elenco, não vê necessidade de grandes mudanças.

“Precisamos mudar tanto assim? Ganhamos 96 jogos”, questionou o dirigente.

A equipe tem mantido regularidade em vitórias, com 87, 90, 95 e 96 nas últimas quatro temporadas, mas desempenho decrescente nos playoffs: World Series em 2022, eliminação na final da liga em 2023 e duas quedas na NLDS nos anos seguintes.

Dombrowski ressaltou que a derrota veio diante de um Dodgers dominante. “É preciso manter a perspectiva. Não se desmonta um time só porque ele perdeu nos playoffs”, afirmou.

Entre as incertezas, estão os contratos do rebatedor designado Kyle Schwarber, o catcher J.T. Realmuto e os arremessadores Ranger Suárez e Jordan Romano, todos livres no mercado. Harrison Bader deve recusar a opção mútua e testar a free agency.

“Adoraríamos ter todos de volta, mas é improvável”, reconheceu Dombrowski.

O arremessador José Alvarado, suspenso por 80 jogos por uso de substâncias proibidas, deve renegociar seu contrato, enquanto Zack Wheeler, que passou por cirurgia e sofreu complicações com um coágulo sanguíneo, tem retorno previsto para maio.

Com uma folha salarial de US$ 291,7 milhões – uma das maiores da liga – o presidente afastou a ideia de gastos ainda mais altos.

“Temos um time forte e bem pago. Não dá para ter uma folha de 400 milhões. Isso não é realista”, disse.

Sobre as saídas, Nick Castellanos é dúvida após desentendimentos com Thomson e perda de espaço no fim da temporada. Max Kepler e David Robertson, por outro lado, já estão fora dos planos.

O jovem arremessador Orion Kerkering, que cometeu o erro decisivo na eliminação contra os Dodgers, seguirá recebendo apoio do clube. “Vamos dar toda a assistência possível. Sabemos que foi um momento difícil”, afirmou Dombrowski.

Por fim, o dirigente respondeu às críticas de Matt Strahm, que havia reclamado da falta de treinos de campo para os arremessadores.

“Fizemos sim. Inclusive durante os playoffs. Ele é que não participou”, rebateu Dombrowski, encerrando a coletiva.

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Cientista político, gaúcho em SP e paulista no RS. Coleciona camisas de esportes em geral. É fã dos X-Men, comida mexicana, ska punk e literatura latina. Contrasta a camisa vermelha de domingo com o amor azul pelo New York Mets.

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