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WNBA
11 de setembro de 2024 - 16h09

Comissária da WNBA minimiza questão racial entre Clarke e Reese e recebe críticas

Cathy Engelberth gerou polêmica ao declarar que comentários criminosos na internet deveriam ser ignorados

Duas novas sensações da WNBA, as calouras Caitlin Clark e Angel Reese vem protagonizando uma das principais rivalidades da liga. Essa situação, no entanto, virou tema central de um grande debate, quando Cathy Engelberth, comissária da WNBA, optou por minimizar questões raciais problemáticas que vem surgindo entre os fãs das jogadoras, extrapolando os limites da quadra. As falas da representante foram altamente criticadas pela associação das jogadoras (WNBPA) e também por outras atletas.

Em sua aparição no programa Power Lunch, da CNBC’s, Engelberth comparou a situação com a chegada Magic Johnson e Larry Bird na NBA, por se tratar de um jogador branco e um negro, assim como Clark e Reese. A comissária da WNBA, entretanto, não condenou em nenhum momento os ataques racistas de usuários, dizendo apenas que os mesmos deveriam ser ignorados.

A declaração causou um mal-estar imediato na associação das jogadoras, que se manifestou através de um comunicado assinado pela diretora executiva Terri Jackson.

“Aqui está a resposta que a comissária deveria ter dado para esclarecer questões relacionadas ao machismo, misoginia e assédio enfrentados pelas jogadoras. Não existe, de forma alguma, lugar no esporte – ou na vida – para ódio, linguagem racista, comentários homofóbicos e ataques misóginos que nossas jogadoras vem enfrentando nas redes sociais”, afirmou Jackson.

A diretora aproveitou ainda para evidenciar as diferenças entre uma rivalidade saudável dentro das quadras e os ataques criminosos na web. “Isso não é sobre rivalidades ou personalidades icônicas patrocinando um modelo de negócios. Esse tipo de fãs tóxicos nunca deveria ser tolerado ou ignorado. Pelo contrário, demanda ações imediatas e, francamente, isso deveria ter sido feito há muito tempo”, concluiu.

Após o comunicado, Engelbert utilizou seu perfil oficial nas redes sociais para tentar explicar a declaração inicial. “Para ser clara, absolutamente não existe lugar para o racismo ou qualquer forma de ódio na WNBA ou em qualquer lugar”, publicou a comissária.

Entre as jogadoras, a insatisfação também pôde ser percebida. Grandes nomes da liga como Chelsea Gray, Alysha Clark, Breanna Stewart e Kelsey Plum falaram sobre o assunto, complementando pontos abordados pelo comunicado da associação.

“Eu penso que isso é um desserviço à grande maioria dessa liga, que é consumida e jogada por mulheres negras. E, basicamente ter falado que ‘vamos empurrar o racismo para de baixo do tapete e ok’, ao invés de ter sido direta e ter lidado com isso. Eu penso que ela fez um péssimo trabalho fazendo isso”, disse Gray.

Stewart completou dizendo que se sentiu “decepcionada em ouvir isso”. Assim como Plum, que destacou: “É muito óbvio, tem uma diferença entre rivalidade e racismo. Uma diferença enorme”.

Em grande parte, Caitlin Clark, do Indiana Fever, e Angel Reese, do Chicago Sky, nunca se envolveram pessoalmente na rivalidade alimentada pelos fãs. Ao contrário, aproveitaram os espaços públicos para promoverem trocas de elogios. Após todo o episódio, a associação de jogadoras reforçou seu compromisso em defender os verdadeiros valores pregados pela WNBA.

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