Goleiro preparou capacete especial para as homenagens do Minnesota Wild a nativos americanos; liga ameaçou punir atleta e clube
O Minnesota Wild realiza, nesta sexta-feira (24), em partida contra o Colorado Avalanche, a Noite de Homenagens aos Nativos Americanos, evento tradicional no clube, realizado junto à comunidade sioux de Prairie Island, próxima a St. Paul. Casado com Veronique LaRose, uma descendente de indígenas canadenses, Marc-Andre Fleury aproveitou a ocasião e usou uma máscara em tributo a povos originários. A NHL o proibiu de vestir o adereço, mas o goleiro desafiou a decisão da liga, que definiu como “estúpida.”
De acordo com Michael Russo, setorista do Wild para o site The Athletic, a ideia da liga era não permitir que Fleury fizesse sua homenagem pessoal nem mesmo no aquecimento. O jornalista postou, em seu perfil no X/Twitter, fotos do capacete, que foi pintado pelo artista Cole Redhorse Taylor, membro dos sioux de Prairie Island.
Em uma breve história de reviravoltas, Fleury, a princípio, bancou o capacete, disposto a aceitar uma eventual multa. A liga, por sua vez, ameaçou de punir não apenas o atleta, mas também o clube, o que o fez recuar. Ao entrar no gelo, no fim das contas, o goleiro usava a máscara comemorativa.
Além da homenagem no gelo, a peça vai a leilão após a partida, e o dinheiro arrecadado será doado à comunidade sioux.
As part of Native American Heritage Night and to honor his wife, who is native, Marc-Andre Fleury had a custom-designed mask created by Cole Redhorse Taylor. Mask quotes his dad on back, has names of his kids.
He’s bummed the NHL has informed him he can’t even wear in warmups pic.twitter.com/wTR1BtkLOI
— Michael Russo (@RussoHockey) November 24, 2023
As controvérsias envolvendo apoio a questões identitárias começaram quando a NHL baniu, repentinamente, que clubes e atletas usassem qualquer adereço ou equipamento em tributo a causas sociais, eventos e afins. Publicamente, o caso é mais lembrado pelas pride tapes e pride jerseys, em referência à comunidade LGBTQIA+, mas a proibição se estendia à noite de conscientização sobre câncer, apreciação das forças armadas, integração das populações latinas e afins.
Recentemente, a NHL revisou a medida e liberou as homenagens. O comunicado da liga não foi específico se a permissão seria apenas coletiva ou se atletas tinham consentimento para manifestações individuais.
Foto: Reprodução X/Twitter/NHL on TNT