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Linhas especiais funcionam e Ducks vencem Red Wings por 5 a 2

Thiago Leal

Anaheim e Detroit vivem boa fase e brigam por ponta em suas respectivas divisões; revisão por vídeo é acionada duas vezes

O Detroit Red Wings visitou o Anaheim Ducks nesta sexta-feira (31) pela NHL, em uma noite que, antes mesmo do puck cair, tinha um personagem central: seria o primeiro jogo do goleiro John Gibson, de Detroit, contra Anaheim, organização que ele defendeu por 12 temporadas. O atleta foi recebido com uma homenagem pelo ex-time. Mas, no rinque, quem brilhou foram os Ducks que venceram por 5 a 2.

Destaque para Leo Carlsson, com quatro pontos, e Toy Terry, com três. As linhas especiais fizeram a diferença, principalmente a favor dos Ducks, e foram fundamentais para o resultado final.

Ducks x Red Wings: o jogo

Foi justamente com uma participação do penalty kill de Anaheim que o placar foi aberto, ainda nos primeiros minutos do primeiro período. Nos segundos finais de um power play para Detroit, a pressão de Drew Helleson, Pavel Mintyukov e Carlsson sobre o ataque adversário deu certo e o disco acabou sobrando para Terry, que avançou sozinho e fez 1 a 0.

Mas os Red Wings mantiveram o jogo equilibrado, como fizeram ao longo de toda a noite, e não demoraram a reagir. Menos de cinco minutos depois, Lucas Raymond recebeu um passe na medida do capitão Dylan Larkin e empatou.

Ainda no primeiro período, foi a vez dos Ducks se valerem de um contra-ataque rápido, com Terry assistindo Carlsson para colocar os anfitriões mais uma vez na frente.

“Kicking motion”

Logo no começo da segunda etapa, os Red Wings buscaram novo empate, com Moritz Seider, mas o gol foi anulado por “distinct kicking motion” ou “intenção de empurrar com o pé para o gol”, numa tradução livre que explique a regra.

No hóquei, é permitido chutar o disco com o pé intencionalmente, desde que seja para ajeitá-lo e concluir a jogada com o taco. Caso o disco bata no pé e entre no gol, o lance só é válido se o chute não tiver sido intencional.

Após longa revisão, os árbitros concluíram que Seider ajeitou o disco com o pé para bater com o taco para o gol, mas não conseguiu alcançá-lo. Foi o chute que pôs o puck para dentro e o gol foi invalidado.

Mas a rede balançaria mais duas vezes no período. Em jogada individual, Mason McTavish ampliou para os Ducks; em power play, Alex DeBrincat mostrou grande habilidade e diminuiu para os Red Wings.

Trave fora do lugar?

Na etapa final, outro lance com revisão de arbitragem definiu a partida. Em power play para Anaheim, Gibson cedeu rebote em chute de Cutter Gauthier e Chris Kreider bateu para o gol. O problema foi que o próprio goleiro, ao cair, empurrou a trave, que saiu do lugar.

Novamente, as regras precisaram ser repassadas: nessas ocasiões, o gol é válido caso se constate que o puck cruzou a linha em um ponto que a trave estaria caso não houvesse sido tirada do lugar. E foi essa a conclusão após a revisão por vídeo, garantindo o 4 a 2 para os Ducks.

Terry fechou o placar em 5 a 2 já na rede vazia.

“Vai parecer estranho, mas eu acho que nossos corpos estavam lá, mas nossos cérebros, não”, disse o técnico de Detroit, Todd McLellan, apontando que decisões erradas custaram o resultado para seu time. O discurso de Seider, que disse que ele e os colegas precisam estudar melhor o plano de jogo, foi na mesma linha.

“Tivemos muitas oportunidades e precisamos melhorar para aproveitá-las, mas acho que os rapazes fizeram um bom trabalho e prestaram atenção a algumas jogadas fundamentais”, falou o técnico de Anaheim, Joel Quenneville.

Os dois times vêm de boas sequências e estão bem em suas divisões. No Pacífico, com 6-3-1 e 13 pontos, os Ducks pularam para terceiro lugar e seguem jogando em casa, recebendo o New Jersey Devils no domingo (2). Os Red Wings têm 8-4-0 e deixaram a liderança do Atlântico, mas, com 16 pontos em 12 partidas, continuam no top 3 e, também no domingo (2), visitam o San Jose Sharks.

Outros resultados da rodada
Colorado Avalanche 4 @ 2 Vegas Golden Knights
New York Islanders 3 @ 1 Washington Capitals

nhl nhl

Redator publicitário e quadrinista amador. Fanático por hóquei desde os anos 90, com mais da metade da vida dedicada a leituras e pesquisas sobre o assunto por puro hobby. Entusiasta de Nintendinho 8 bits, Master System e Super Nintendo, leitor do Capitão Marvel e Lanterna Verde, ouvinte de heavy metal e hardcore punk.

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