Rapper fez apresentação repleta de representatividade; Samuel L. Jakcson, SZA e Serena Williams participaram de show
Kendrick Lamar fez história no domingo (9), ao ser o primeiro rapper solo a se apresentar no Halftime Show do Super Bowl. Além disso, outro feito alcançado pelo cantor foi o de recorde de audiência do show do intervalo nos Estados Unidos, marca que pertencia a Michael Jackson desde 1993.
Uma semana antes da performance, aliás, Lamar saiu vitorioso do Grammy, com cinco prêmios, todos pela música “Not Like Us”, uma diss track (canções que atacam outros rappers) para Drake, que fez parte da setlist do show do Super Bowl LIX.
É importante citar também, que Lamar é o único artista da cultura pop a vencer um Prêmio Pulitzer (2018), que até então só havia sido conquistado por figuras da música clássica e do jazz.
A apresentação teve grande repercussão na mídia, não só por Lamar estar nos holofotes do mundo da música, mas também pelo grande simbolismo que passou durante os 13:21 em que esteve no gramado.
De equipe de dança composta 100% por pessoas negras até aparições inesperadas, o show de Lamar foi, com certeza, uma das melhores partes da noite dominada pelo Philadelphia Eagles, time campeão do Super Bowl LIX.
Acima de tudo, no Mês da História Negra nos Estados Unidos, Kendrick Lamar revolucionou a apresentação do intervalo com uma equipe composta apenas de homens e mulheres negros.
“Storytelling. Acho que sempre fui muito aberto sobre a narrativa de histórias em todo o meu catálogo e minha história da música”, disse Lamar, em entrevista realizada dias antes do show. “E sempre tive uma paixão em trazer isso para qualquer palco em que eu esteja – essa sensação de fazer as pessoas ouvirem, mas também verem e pensarem um pouco”.
As cores vermelho, branco e azul dominaram os figurinos dos dançarinos, assim como as luzes. Durante a apresentação, as cores eram utilizadas para representar a bandeira americana, de uma forma peculiar. Então, entende-se que o objetivo de Lamar era ilustrar o momento de instabilidade que o país norte-americano está enfrentando.
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“A revolução está prestes a ser televisionada. Vocês escolheram o momento certo, mas o cara errado”, afirmou Lamar, durante o show. Logo, pode-se interpretar a fala como uma chamada direta ao momento atual que os EUA vivem e ao presidente Donald Trump, que estava presente no jogo.
O ator Samuel L. Jackson foi convidado pelo rapper para se caracterizar de “Tio Sam”, personagem histórico da cultura estadunidense e a personificação dos Estados Unidos. A escolha por Jackson vai além do tom de pele, uma vez que o ator é uma pessoa publicamente ligada a movimentos negros, como o “Black Lives Matter”.
Além da escolha simbólica de chamar um homem negro para interpretar um personagem que sempre foi representado como branco, as falas de Samuel chamam atenção por escancarar, internacionalmente, como o sistema estadunidense vê, monitora e policia a cultura negra e aqueles que a ela pertencem.
“Alto demais, imprudente demais, gueto demais!”, disse Jackson, durante a performance. “Sr. Lamar, você realmente sabe como jogar o jogo? Então, seja mais rigoroso”.
“É isso que a América quer, legal e calmo, você está quase lá, não estrague tudo”, falou em outro momento.
A cantora SZA apresentou as músicas “Luther” e “All the Stars”, sendo esta última parte da trilha sonora do filme “Pantera Negra”, da Marvel.
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Serena Williams, renomada tenista estadunidense, também teve um breve momento durante a performance de “Not Like Us”, diss track de Kendrick Lamar para Drake. Enquanto dançava um crip walk, reviveu a polêmica de 2012, quando recebeu duras críticas por fazer o mesmo movimento após conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas.
“Cara, eu não fiz o crip walk daquele jeito em Wimbledon. Eu levaria uma multa”, brincou Williams, nas redes sociais após a aparição.
Crip walk é um gesto associado a gangues californianas dos anos 1970. Criaram-no originalmente para a comunicação entre membros, mas, ao longo dos anos, os rappers da Costa Oeste dos Estados Unidos o adotaram e o levaram ao hip hop.
Jornalista de São Paulo apaixonada por esportes americanos. Como boa torcedora do Boston Bruins, estou sempre sofrendo com meu time. Corinthians desde o berço, também torço para o Miami Heat e o San Francisco 49ers.
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