Após a primeira derrota dos Chiefs nesta temporada da NFL, os questionamentos já existentes sobre a equipe se tornaram ainda maiores
Atual bicampeão da NFL, o Kansas City Chiefs está vivendo uma temporada curiosa. Apesar de ter a melhor campanha da liga (9-1) junto com o Detroit Lions, a equipe dos Chiefs vem sendo questionada desde a semana 1. Um time que parece vencer sem convencer, ou que parece ter sorte até em excesso, este é o Kansas City Chiefs de 2024.
Mas afinal, será que uma equipe tão dependente de ‘fatores externos’, conseguiria abrir a temporada com nove vitórias consecutivas? Até que ponto, o início de campanha incrível dos Chiefs, é baseado em sorte ou outros fatores? Será que os Bills expuseram alguma fraqueza na equipe de Kansas City?
Os questionamentos são infinitos, partindo desde o desempenho de Patrick Mahomes, até o seu grupo de apoio ofensivo, ou o nível alto da defesa do coordenador Steve Spagnuolo (297,5 jardas cedidas por jogo, quinta melhor da liga). Por fim, será que os Chiefs são ‘tudo isso mesmo’, ou será que a campanha da equipe em 2024 é enganosa, e o time cairá por terra nas próximas rodadas?
Disputando sua sétima temporada como quarterback titular na NFL, Patrick Mahomes caminha a passos largos para ter um de seus piores anos estatísticos na carreira. Ou melhor dizendo, se seguir suas médias atuais, este ano será o pior de todos, mesmo. Atualmente, o camisa 15 está em um ritmo para: 4.086 jardas (240,3 por jogo), 25 touchdowns e 19 interceptações. Considerando uma temporada de 17 jogos, todos estes seriam os piores números de sua carreira.
No entanto, deve considerar-se alguns fatores para isso. Primeiramente, Mahomes está sendo mais pressionado do que nos anos anteriores. Além disso, sua melhor arma ofensiva, o WR Rashee Rice, se lesionou na semana 4, enquanto Marquise Brown nem estreou, por contusão. Desde então, apenas Travis Kelce, que já não tem mais a mesma explosão física de anos anteriores, é sua única opção de confiança. Apenas com a chega do veterano DeAndre Hopkins, o ataque dos Chiefs pareceu evoluir um pouco. Por fim, a sintonia de Mahomes com o novato Xavier Worthy ainda está longe de ser ideal, o que vem resultando em muitos passes longos incompletos.
Entra os nove triunfos dos Chiefs até o momento, sete deles foram por uma posse de bola ou menos. Sendo assim, não espantaria a ninguém a possibilidade de ‘inverter’ o resultados desses sete jogos. Logicamente, é impossível prever algo assim com eficiência, mas, basicamente, a campanha de quase 100% de Kansas City também poderia ser de 50% ou menos.
Entre as apertadíssimas vitórias, diversas delas acabaram decididas por paradas defensivas ao longo dos confrontos, além de paradas defensivas nos momentos cruciais. Apesar de um field goal bloqueado no último segundo parecer ”impossível, pura sorte”, um lance assim apenas reflete o nível de foco, treinamento e capacidade do special teams de Kansas City.
De qualquer forma, os mínimos detalhes, um pé dentro ou fora de campo, um tackle uma jarda para frente ou para trás, são fatores minúsculos, mas, cada um deles, tem sua grande dose de preparação e capacidade, muito acima de qualquer ‘sorte’.
No final das contas, é estranho ver isso, mas Patrick Mahomes e o ‘explosivo’ ataque dos Chiefs, se apoia numa solidez defensiva e equilíbrio de equipe ‘como um todo’, como jamais visto nos anos recentes da franquia. O camisa 15 não perdeu suas habilidades ofensivas, mas está passando por situações inéditas e, sob o comando do experiente Andy Reid, sabendo sair com a vitória, independente da ocasião.
A tabela da equipe ainda promete alguns duros duelos, como jogos contra os Steelers, Broncos e Chargers. Assim, derrotas ainda podem e devem acontecer. O peso da invencibilidade não paira mais sob os ombros do treinador Reid e seus comandados. Os Chiefs desta temporada podem não ser os mais ‘encantadores’, mas eles sabem vencer jogos a qualquer custo e estão longe de serem uma enganação.