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Última atualização: 22/01/2025

Wembanyama, Parker e mais: a ligação histórica dos Spurs com a França

Às vésperas de mais dois jogos de temporada regular da NBA em Paris, relembre a relação icônica entre Spurs e França

Desde 2020, tornou-se uma tradição da NBA a disputa de partidas em Paris, capital da França. Na atual temporada, o San Antonio Spurs de Victor Wembanyama e o Indiana Pacers darão sequência ao costume se enfrentando duas vezes consecutivas na Accor Arena, nesta quinta-feira (23) e no sábado (25). Além de ser uma ocasião especial para os fãs da liga na Europa, os jogos também carregam grande significado para os Spurs, que se tornarão a equipe que mais vezes atuou no país.

Entre compromissos de pré-temporada e de temporada regular, já são sete duelos nas quadras da Cidade Luz. O primeiro aconteceu ainda em 1994, entre Golden State Warriors e Charlotte Hornets. Já em 2003, San Antonio viajou a Paris pela primeira vez, e venceu o Memphis Grizzlies por 105 a 93.

A ligação da franquia texana com a França, no entanto, vem de longa data. Antes mesmo da chegada de Wemby, um dos talentos mais empolgantes do basquete na atualidade, San Antonio já carregava em sua história as páginas escritas por jogadores icônicos do país do velho continente.

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Spurs e França: a era Tony Parker

O primeiro jogador nascido na França a atuar na NBA não jogou pelo San Antonio Spurs. Assim, Tariq Abdul-Wahad, selecionado pelo Sacramento Kings no Draft de 1997, passou por Orlando Magic, Denver Nuggets e Dallas Mavericks em sua carreira de apenas seis anos na liga. O francês mais impactante até os dias de hoje, entretanto, fez história com a camisa 9 do time.

Tony Parker nasceu na Bélgica, filho de pai norte-americano e mãe holandesa. Contudo, cresceu na França e optou por defender a seleção nacional do país. Então, em 2001, os Spurs o selecionou na 28 posição do Draft, marcando o início de uma trajetória de muito sucesso. No Texas, passou 17 dos 18 anos da carreira, conquistando quatro anéis de campeão (2003, 2005, 2007 e 2014), um prêmio de MVP das finais (2007) e seis aparições no All-Star Game.

Mais que isso, Parker inspirou uma nova geração de jogadores franceses, além de ajudar a pavimentar o caminho para a chegada de diversos atletas europeus. Em seus anos de San Antonio, dividiu o vestiário e as quadras com quatro conterrâneos. Primeiro, veio Ian Mahinmi, pivô que não correspondeu tanto as expectativas, mas teve carreira longeva na NBA.

Em seguida, o ala-pivô Boris Diaw se juntou à equipe e teve muito sucesso, participando ativamente da conquista de 2014. Em vista do sucesso recente dos franceses, os Spurs investiram ainda em Nando De Colo e Joffrey Lauvergne, sem muito destaque.

Victor Wembanyama e a chance de um novo legado

Em 2023, já com Parker aposentado e depois de algumas temporadas difíceis, os caminhos de Spurs e da França se cruzaram novamente. E da melhor forma possível. O sorteio do Draft de 2023 terminou premiando os texanos com a primeira escolha geral, quase que em uma obra do destino. O lendário Gregg Popovich estaria, mais uma vez, reunido com um talento geracional, como esteve com Tim Duncan e David Robinson.

E também com um jovem francês, agora em Victor Wembanyama. Ainda que disputando apenas sua segunda temporada na liga, o pivô já tem comprovado a alta expectativa que havia sobre ele ao longo dos últimos anos. Em 2023-24, foram 21,4 pontos, 10,6 rebotes e 3,6 tocos por jogo. Agora, vem conseguindo aumentar suas médias ao passo em que San Antonio se torna cada vez mais competitivo.

Junto a ele, veio Sidy Sissoko, escolhido na segunda rodada do mesmo Draft. O jovem ainda vem tentando se adaptar, disputando muitos jogos na G League. Porém, sua chegada fez com que os Spurs se isolassem na liderança entre franquias com mais jogadores franceses no elenco em todos os tempos, com sete. Com o número de estrangeiros aumentando cada vez mais na NBA e a ascensão impressionante de Wembanyama, essa história de sucesso tem tudo para ganhar novos capítulos ao longo dos próximos anos.

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