Pacers terão que confiar em ajustes para brigar por uma vitória no Paycom Center
Após dois jogos muito disputados em Indiana, a NBA Finals retorna para Oklahoma para o Jogo 5 da série empatada em 2 a 2. Autores de um verdadeiro feito no Jogo 1 com uma vitória surpreendente conquistada a 0,3 segundos do estouro do cronômetro, os Pacers terão que se superar novamente nesta segunda-feira (16) para tentar recuperar a vantagem de mando perdida na sexta-feira (13). E se os comandados de Rick Carlisle sabem que nada será dado de graça no ambiente insano do Paycom Center, também sabem o que precisam fazer para terem chances de vencer em OKC.
Com uma pós-temporada excelente nos arremessos — 49,2% de aproveitamento geral e 39,3% nas bolas de três, as melhores marcas dos playoffs — Indiana foi particularmente impreciso no Jogo 4. Com 42,5% de acerto geral e, principalmente, apenas 30% nas bolas de três, os Pacers falharam.
O último quarto é um exemplo claro: 0/8 nas bolas de três e apenas 27,8% de aproveitamento geral, contra 60% do OKC. Os Pacers precisam reencontrar a pontaria logo no início do jogo para não ficarem para trás. Isso exige mais ritmo e melhor execução, diferente da bagunça ofensiva vista no fim do Jogo 4, quando tiveram um péssimo índice de assistências para erros de bola (1 contra 3). Tyrese Haliburton, apagado no momento decisivo de sexta-feira (13), será o primeiro a precisar liderar essa mudança.
Com a missão de conter as estrelas adversárias — principalmente Shai Gilgeous-Alexander —, Indiana usou uma defesa de aço no segundo e terceiro quartos (permitindo só 23 pontos em cada) para virar o jogo e iniciar o último período com sete pontos de vantagem. Destaque para Andrew Nembhard, que fez excelente trabalho sobre SGA, limitando-o a apenas 20 pontos nos primeiros 43 minutos (antes de ele dominar com 15 pontos nos cinco minutos finais).
Essa intensidade defensiva, no entanto, se transformou em excesso de agressividade, devidamente punida pelos árbitros, sobretudo no último quarto (14 dos 38 lances livres cobrados por OKC vieram nessa etapa). Exemplos disso foram as faltas desnecessárias de Aaron Nesmith sobre a estrela canadense no fim e as faltas fora da bola cometidas por Bennedict Mathurin, que deram pontos fáceis ao Thunder.
OKC explorou bem essa falta de disciplina, que converteu 34 de 38 lances livres (com 21/21 do duo Jalen Williams – Shai), aproveitamento de 89,5%. O Thunder tem 85,6% de aproveitamento em lances livres nesta NBA Finals.
Heroico nos rebotes no Jogo 1 em Oklahoma, Indiana sabe o esforço necessário nos garrafões. Sobretudo, com 56 rebotes contra 39 do Thunder, os campeões do Leste limitaram as segundas chances (apenas 11 pontos, contra média de 14,8 na temporada) e os contra-ataques de OKC (11 pontos, contra média de 16,1).
Mas essa batalha acabou perdida na sexta-feira (13): OKC venceu por 43 a 33 nos rebotes, marcando 23 pontos em segundas chances (contra 13 de Indiana), alguns decisivos no fim. Dominado por Chet Holmgren (14 pontos e 15 rebotes, sendo seis no último quarto), Myles Turner precisará repetir o desempenho do Jogo 1 (nove rebotes, seu melhor da série), pois teve só dois rebotes somados nos Jogos 3 e 4.
Por fim, essa será a equação para os Pacers nesta segunda-feira (16), no Jogo 5 da NBA Finals, para tentar mais um feito em Oklahoma. A partida acontecerá a partir das 21h30, com transmissão da ESPN, Disney + e TV Bandeirantes.
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