Valor da venda é o segundo maior da história da NBA, ficando apenas atrás dos US$ 4 bilhões desembolsados por Mat Ishbia na compra do Phoenix Suns
O coproprietário do Milwaukee Bucks, Marc Lasry, chegou a uma acordo para vender sua parte dos Bucks, 25%, aos proprietários do Cleveland Browns, Jimmy e Dee Haslam, por uma avaliação de US$ 3,5 bilhões, de acordo com o repórter da The Associated Press, Steve Megargee.
O valor da venda é o segundo maior da história da NBA, ficando apenas atrás dos US$ 4 bilhões desembolsados por Mat Ishbia em dezembro quando bilionário comprou a equipe do Phoenix Suns de Robert Sarver, acusado de racismo, assédio sexual e discriminação de gênero por mais de 70 funcionários e ex-funcionários das franquias de Mercury, da WNBA, e Suns em 2021.
O recorde nas ligas profissionais americanas pertence ao Denver Broncos, quando foi vendido em junho do ano passado para o herdeiro da rede Walmart, Rob Walton, por astronómicos US$ 4,65 bilhões.
A venda dos Bucks é apenas a mais recente de uma série de valores exponenciais em compras de franquias da maior liga de basquete do mundo. Antes da compra de Ishbia, o recorde anterior era de Joe Tsai que comprou o Brooklyn Nets por US$ 2,3 bilhões em 2019. Isso foi precedido por Tilman Fertitta gastando US$ 2,2 bilhões com o Houston Rockets em 2017 e Steve Ballmer que desembolsou US$ 2 bilhões para adquirir o Los Angeles Clippers em 2014.
Foi também em 2014 que Lasry comprou os Bucks, ao lado do também financiador de fundos de hedge de Nova York Wes Edens, por US$ 550 milhões do ex-senador democrata, Herb Kohl. Desde então, os Bucks – liderados por Giannis Antetokounmpo, duas vezes o jogador mais valioso da NBA – tem sido uma das equipes mais fortes dos últimos tempos, conquistando o campeonato em 2021, o segundo na história e o primeiro em 50 anos.
Lasry e Edens também foram os responsáveis pela construção do Fiserv Forum, arena dos Bucks no centro da cidade de Milwaukee, inaugurada em 2018, junto com o Deer District. Segundo fontes, Lasry pretende reter propriedades imobiliárias no centro da cidade após a venda.
Milwaukee também está disposto a aumentar a luxury tax para manter o elenco em condições de conquistar mais um título. A franquia do Wisconsin está projetada para gastar mais de US$ 70 milhões nesta temporada, de acordo com Bobby Marks, da ESPN americana. Antes do fim da janela de trocas do meio da temporada, os Bucks acertaram com o ala-pivô Jae Crowder no início deste mês. Os únicos que estão programados para gastar mais são Golden State Warriors e Los Angeles Clippers.
Além disso, a equipe terá algumas decisões financeiras importantes para fazer em um futuro não tão distante. Dois dos principais integrantes da equipe, Khris Middleton e Brook Lopez, poderão entrar no mercado da free agency, Middleton ainda tem uma player option para a próxima temporada e Jrue Holiday ficará livre no mercador em 2024.
Os Haslams, que construíram sua fortuna por meio da cadeia de paradas de caminhões Pilot Flying J, estão se aventurando mais uma vez no terreno de propriedades esportivas. Além da aquisição dos Browns de Randy Lerner por pouco mais de US$ 1 bilhão de dólares, em 2012, eles compraram a franquia do Columbus Crew, da MLS, em 2019.
No momento, os Bucks estão apenas meio (0,5) jogo atrás do Boston Celtics pela melhor campanha da NBA e estão em uma sequência impressionante de 14 jogos de invencibilidade. Milwaukee volta às quadras na próxima terça-feira (28) contra o Brooklyn Nets, fora de casa, no Barclays Center.
Foto: Cleveland Browns/Divulgação