THUNDER E PACERS COMEÇAM A DISPUTA PELO TÍTULO 🏀 CONEXÃO NBA - 05/06
Conheça as principais promessas da seleção de 2025, que acontece ao final do mês de junho
O mês de junho tem um lugar especial no coração dos fãs de NBA. Não só pelo início das finais da melhor liga de basquete do mundo, mas também pela chegada da edição anual do Draft. É o momento onde as franquias renovam suas esperanças e recebem jovens promessas de todo o mundo.
E a classe de 2025 vem sendo uma das mais animadoras dos últimos anos. Assim, vários grandes talentos do presente e futuro se preparam para subir no palco do Barclays Center, no Brooklyn, durante a noite de 25 de junho.
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O primeiro nome não poderia ser diferente. Cooper Flagg é um dos famosos ‘talentos geracionais’, daqueles que não aparecem no mundo do basquete todos os dias. Com 2,06 m de altura e apenas 18 anos, é um fenômeno em ambos os lados da quadra.
Sua primeira e única temporada no College foi o que todos esperavam: um sucesso absoluto. Ainda que não tenha conseguido disputar a final, caindo diante de Houston no final four, registrou médias de 19,2 pontos, 7,5 rebotes, 4,2 assistências, 1,4 toco e 1,4 roubo de bola por jogo defendendo a tradicionalíssima Universidade de Duke.
Seu repertório ofensivo é impecável. Flagg é forte, habilidoso, consegue abrir espaços na quadra com seu drible e infiltra com maestria. Além disso, é um arremessador de três pontos para lá de competente (38,5% de aproveitamento na NCAA) e sabe trabalhar na meia-distância ou no poste baixo, de costas para a cesta.
Seus esforços defensivos também não deixam a desejar, longe disso. O ala é um bom defensor individual, ágil e com bons instintos para roubar a bola e proteger o aro.
Sorte (e bota sorte nisso) do Dallas Mavericks, que acabou premiado com a primeira escolha na loteria do Draft e poderá selecionar o jovem Flagg. O contexto da franquia texana também é bom para o jogador, que poderá fazer parte de um time competitivo desde o primeiro dia, ao lado de futuros integrantes do Hall da Fama como Kyrie Irving, Anthony Davis e Klay Thompson.
Outro consenso desta classe, Dylan Harper faz parte de um grupo que parece estar crescendo ano após ano: o de armadores com altura de ala. Aos 19 anos, o jovem já mede 1,98 m, e é provavelmente o prospecto mais habilidoso em termos ofensivos.
Canhoto, o armador tem um controle de bola invejável, e explode para a cesta com uma facilidade incrível. Harper parece saber exatamente o momento de desacelerar ou acelerar o drible para atacar o garrafão ou subir em um pull-up. Além disso, conta com um físico que o permite trocar de direção com imensa agilidade e absorver o contato com maestria.
Seu aproveitamento no perímetro durante a temporada da NCAA não foi dos melhores (33%), mas ainda há muito espaço para evolução, necessária para se tornar uma ameaça de primeira prateleira às defesas da NBA. A média de 2,4 turnovers por jogo incomoda, especialmente se tratando de um armador com muito mais características de definidor do que de passador ou criador de jogadas.
Na defesa, Harper mostrou ter mãos rápidas e seu físico o torna um bom defensor de mano a mano. Por todas as características, ele vem sendo comparado a Cade Cunningham, do Detroit Pistons. Por fim, deve ser selecionado pelo San Antonio Spurs com a escolha de número 2.
Companheiro de equipe de Harper no basquete universitário, Airious ‘Ace’ Bailey também é um dos talentos ofensivos mais empolgantes da classe. Com 2,08 m de altura, o ala é basicamente uma força da natureza na transição ofensiva.
Dono de uma velocidade impressionante, é capaz de bater até mesmo os defensores mais físicos no perímetro, infiltrando com propriedade e sempre buscando definições seguras próximas à cesta. Além disso, é um ótimo arremessador da meia-distância, arte um tanto quanto ‘perdida’ nos dias atuais, mas que ainda é valorizada no caso dos especialistas, como por exemplo o MVP da temporada Shai Gilgeous-Alexander.
Bailey ainda não é um grande arremessador de três pontos (apesar de ter demonstrado bons flashes no catch and shoot), e sofre por vezes com uma seleção de arremessos ruim. Por outro lado, é bom reboteiro e sua impulsão garante também um bom número de tocos, sendo um defensor físico. Porém, pode se perder com facilidade em rotações defensivas.
Por fim, o ala é um daqueles prospectos que, se bem desenvolvido, tem tudo para se transformar em um All-Star de primeira linha na liga. E o desenvolvimento passa não apenas pela parte técnica, mas também pela física, visto que Bailey pode se tornar um atleta dominante a nível de NBA caso consiga aumentar sua força física e seu porte atlético.
Falando em força física, VJ Edgecombe e atleticismo, nenhum exemplo é melhor que o de VJ Edgecombe. O ala-armador, que completa 20 anos no mês de julho, tem 1,96 m de altura e uma envergadura de 2,02 m. Forte, explosivo e veloz, é o estereótipo perfeito de um armador moderno.
Edgecombe é capaz de criar seu próprio espaço com infiltrações quase que imparáveis, e tem refinado cada vez mais suas definições próximo ao aro. Defensivamente, cumpre um excelente papel na marcação de perímetro e consegue navegar com eficácia entre bloqueios, sendo ainda versátil deste lado da quadra.
As maiores preocupações estão relacionadas ao arremesso do armador. Ele teve um aproveitamento de apenas 33,9% nas tentativas para dois ou três pontos, e sua mecânica precisa ser trabalhada. De qualquer maneira, vale o investimento no top 5 por todo o talento e capacidade de pontuação que agrega.
Ainda que esteja saindo da Universidade do Texas logo após o seu ano de calouro, Tre Johnson parece pronto para contribuir na NBA desde o seu primeiro dia, pelo menos do lado ofensivo. O ala-armador é um dos excelentes arremessadores da classe, capaz de criar seus próprios visuais a partir do drible.
Johnson é um daqueles jogadores que consegue fazer um ataque funcionar a partir de seus próprios arremessos, e não precisa de muito para esquentar. Também consegue jogar fora da bola, como um arremessador que recebe e chuta com qualidade em milésimos de segundo.
Sua capacidade de infiltração, no entanto, não é das melhores. O jovem não é dos mais rápidos, e também não tem uma explosão nem próxima das de nomes como Edgecombe e Harper. Ele também não é, nem de perto, um criador de jogadas eficiente, e por vezes pode monopolizar a bola mais que o necessário. No entanto, consegue sair bem de dobras e tomar boas decisões quando pressionado.
Na defesa, tem mostrado evolução recente que pode agradar os olheiros da liga. Apesar de não ser um primor na velocidade lateral e de parecer pouco concentrado em diversos momentos, tenta compensar com esforço na marcação de mano a mano e também fora da bola.
Jeremiah Fears teve uma ascensão meteórica no basquete universitário, tornando-se um dos principais jogadores dos Estados Unidos mesmo sendo um dos mais jovens de todo o torneio da NCAA. O armador de 1,93 m viveu meses finais dos sonhos na temporada, levando Oklahoma até a primeira rodada, quando caiu para a então atual bicampeã Universidade de Connecticut.
Um verdadeiro faz tudo no ataque, Fears é dono de um controle de bola que parece o de um armador veterano da NBA. Consegue explodir para a cesta com facilidade, e seu drible fluido o torna um pesadelo para defensores de perímetro adversários. Apesar de não ser tão alto quanto Harper, por exemplo, ele consegue definir com muita qualidade na área pintada, com um arsenal de bandejas digno de dar orgulho a Kyrie Irving.
Assim, ele aparece como um nome perfeito para os ataques da NBA atual: armador rápido, ótimo no jogo de pick’n roll e capaz de absorver contato na hora da execução.
Fears ainda precisa trabalhar seu arremesso, principalmente o pull-up, aquele em que o jogador que detém a bola interrompe o drible e sobe para a tentativa. Por se tratar de um armador que precisa ter a bola nas mãos, a adição de um bom arremesso de três pontos se faz crucial para seu sucesso na liga.
No entanto, ainda é muito jovem e pode ser trabalhado com calma por equipes que não tem urgência para competir imediatamente, como Utah Jazz, Washington Wizards, Brooklyn Nets e Toronto Raptors.
Mais um nome do estrelado time de Duke, Kon Knueppel viveu uma excelente parceria com Cooper Flagg durante a temporada da NCAA. Suas médias de 14.4 pontos e quatro rebotes não refletem a evolução de seu jogo dentro das quadras do basquete universitário.
Excelente arremessador, consegue derrubar a bola tanto no catch and shoot quanto criando o próprio arremesso. Sua movimentação fora da bola é ótima, sempre criando problemas para seus marcadores e procurando se desmarcar no perímetro para encontrar um bom visual.
Seu repertório, no entanto, não para por aí. Knueppel também é excelente infiltrando, apesar de não ser o mais veloz ou o mais explosivo, é muito inteligente e tem um grande trabalho de pés.
Ainda que não tenha tantos atributos físicos, o talento não será um problema para o jovem, que pode se tornar parte importante de um ataque de NBA já em seus primeiros dias.
O nome de Derik Queen tem caído em alguns mocks recentes, especialmente por suas dificuldades defensivas, mas o talento do jovem de 20 anos é inegável. Apesar de não ser o mais alto dos pivôs, com 2,08 de altura, é dono de um repertório ofensivo impressionante, em especial próximo à cesta.
Queen tem um drible refinado, e consegue colocar a bola no chão e infiltrar com facilidade, principalmente para um atleta do seu tamanho. Sua tomada de decisão é muito boa, sabendo reconhecer mismatches, trabalhando de costas para cesta com maestria e encontrando seus companheiros com ótimos passes.
A defesa pode, de fato, ser um problema em seus primeiros dias na NBA. Até por conta da altura, ele ainda não é um grande protetor de aro, e tem dificuldades até mesmo para defender no poste baixo contra oponentes mais físicos. Além disso, não desenvolveu seu arremesso de três, ainda que tenha derrubado algumas bolas do perímetro durante a carreira universitária.
Prestes a completar 19 anos, Kasparas Jakucionis é mais um talentoso armador da tradicionalíssima escola lituana de basquete. Medindo 1,98 m de altura, o jovem europeu é tranquilamente o melhor passador desta classe. Sua visão de jogo é semelhante à de armadores clássicos da história da liga, e a boa estatura ajuda a identificar companheiros livres em especial no perímetro durante infiltrações.
A altura também é fundamental em suas definições no garrafão, tornando-o um pontuador eficiente capaz de absorver contato e realizar bandejas com precisão. Ainda que não seja um exímio arremessador do perímetro, mostrou flashes de que pode evoluir nesse quesito, especialmente nos pull-ups.
Os turnovers são a maior preocupação em relação a Jakucionis, e sua tomada de decisão precisa ser mais trabalhada para que isso não se torne um grande problema a nível de NBA. No entanto, o lituano parece um daqueles projetos que, se bem lapidados, podem alterar o curso de uma franquia no futuro.
Finalizamos a lista com mais uma das jóias de Duke. Khaman Maluach nasceu no Sudão do Sul e é mais um excelente prospecto a trilhar seus primeiros passos no país africano. Ele começou a jogar basquete ainda em 2019, participando de um camp promovido pelo ex-jogador Luol Deng. Com passagem marcante pelo Chicago Bulls, Deng atua como presidente da federação de basquete do Sudão do Sul desde 2019.
Maluach, por sua vez, é um pivô de 2,18 m de altura e apenas 18 anos de idade. E, ainda que não tenha tanto recurso quanto Derik Queen, por exemplo, é uma das promessas mais empolgantes da classe. Formou uma excelente dupla de garrafão com Flagg, se aproveitando inclusive da excelente visão de jogo do companheiro para garantir seus pontos na área pintada.
Excelente protetor de aro, Maluach é um pesadelo para os adversários que tentam bandejas, floaters ou enterradas, e certamente continuará sendo na NBA. Além disso, se movimenta bem e usa sua envergadura para não ser explorado no perímetro. Ofensivamente, ainda precisa evoluir em seu trabalho de pés e, principalmente, no poste baixo. No entanto, já é um bom parceiro de pick’n roll e tem bons instintos para cortar em direção à cesta.