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Conmebol anuncia reunião após fala de teor racista do presidente

Lívia Galvão

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) confirmou, nesta quinta-feira (20), a realização de uma reunião com as dez federações sul-americanas para debater o racismo e a violência no futebol. O encontro, marcado para a próxima quinta-feira (27), contará com a presença de representantes da Argentina (AFA), Bolívia (FBF), Brasil (CBF), Chile (FFC), Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai (AUF) e Venezuela.

Evento da Conmebol pretende cobrir diferentes tópicos: racismo, discriminação e violência

A convocação para o evento foi do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. Ele, há poucos dias, se envolveu em uma polêmica durante o sorteio dos grupos da Libertadores e da Sul-Americana, realizado na última segunda-feira (17).

Na ocasião, Domínguez afirmou que a Libertadores sem os times brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”. A declaração, logo, gerou forte reação no Brasil, onde torcedores e dirigentes criticaram a comparação. O episódio ganhou ainda mais peso devido aos recentes casos de racismo sofridos por jogadores brasileiros em competições sul-americanas e europeias.

A referência à personagem Chita, um chimpanzé nos filmes de Tarzan, foi infeliz, especialmente depois de torcedores do Atlético de Madrid chamarem o Vini Jr., atacante do Real Madrid, de macaco na semana passada, antes do clássico pela Champions League.

Veja também: Presidente da AUF diz que clubes estudam não jogar no Brasil devido à xenofobia

Nesse sentido, segundo a entidade, a reunião terá como objetivo “abordar e debater as últimas manifestações de racismo, discriminação e violência que afetam o futebol sul-americano”.

Caso Luighi e a postura da Conmebol

A nova reunião sobre racismo chega em meio a outro episódio preocupante. No início de março, o jovem atacante Luighi, do Palmeiras, foi vítima de injúria racial. O caso ocorreu durante uma partida da Libertadores sub-20 contra o Cerro Porteño, do Paraguai.

Durante o jogo, um torcedor com uma criança no colo imitou um macaco na direção de Figueiredo, também do Palmeiras. Pouco depois, Luighi informou ao árbitro que o chamaram de macaco. Abalado, portanto, o jogador chorou no banco de reservas.

A Conmebol puniu o Cerro Porteño com uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 288 mil), mas a decisão foi alvo de críticas, com muitos torcedores e especialistas a avaliarem que o valor da punição não reflete a gravidade do caso.

Nota oficial da Conmebol sobre a reunião

“CONMEBOL organiza reunião com representantes de governos e Associações Membros sobre racismo, discriminação e violência.

Como parte da luta contra o racismo, a discriminação e a violência no futebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) organiza uma reunião de alto nível na quinta-feira, 27 de março. Foram convidados para a reunião os Embaixadores dos governos dos países que compõem a CONMEBOL, credenciados em Assunção, e representantes das Associações Membro da Confederação.

O objetivo do encontro é abordar e debater as últimas manifestações de racismo, discriminação e violência que afetam o futebol sul-americano. Por isso, será um momento propício para a troca de opiniões e experiências sobre um tema que está no centro das preocupações da CONMEBOL.

A importante reunião foi convocada em linha com as declarações do Presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, feitas durante o Sorteio da Fase de Grupos da CONMEBOL Libertadores e da CONMEBOL Sudamericana. Esta que havia anunciado sua intenção de reunir autoridades governamentais e representantes das Associações Membro para discutir estes assuntos.

O racismo continua a ser um problema transversal que afeta diversas áreas da sociedade e impacta os valores do fair play dentro do futebol.

Com esta reunião, a CONMEBOL reafirma o seu compromisso com a luta contra o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano. Através do diálogo e da cooperação com os governos da região, a Confederação procura promover medidas concretas. A busca é que estas, portanto, contribuam para a construção de um ambiente mais inclusivo, seguro e respeitoso, dentro e fora dos campos.”

Jornalista em formação diretamente de Niterói-RJ. Busca juntar o que mais ama: comunicação e esporte. É grande torcedora do Fluminense e da McLaren, além de apaixonada por futebol nacional desde pequena. Encantou-se com diversas categorias do automobilismo e, hoje, não sabe viver sem os roncos dos carros. Uma grande entusiasta do multilinguismo e viajante pelo mundo.

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