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13 de maio de 2023 - 03h05

Panthers batem Maple Leafs no OT e avançam nos playoffs

Com direito a polêmica de arbitragem, Florida vence Toronto por 3 a 2, fecha a série em 4 jogos a 1 e vai à final da Conferência Leste

Nesta sexta-feira (12), o Florida Panthers venceu o Toronto Maple Leafs por 3 a 2 e fechou a série de segunda rodada em 4 jogos a 1. Definida apenas na prorrogação, a partida teve grande atuação dos goleiros Sergei Bobrovsky, de Florida, e Joseph Wall, de Toronto, e ficou marcada por uma decisão polêmica da arbitragem, que anulou um gol dos Maple Leafs. Os Cats avançam à final da Conferência Leste, onde enfrentarão o Carolina Hurricanes.

O jogo 5 da série foi disputado em Toronto. Após perder as três primeiras partidas, os Maple Leafs venceram o quarto encontro, na Florida, e precisavam de mais um resultado positivo para seguirem vivos no confronto. Foram os Panthers, no entanto, que largaram na frente com Aaron Ekblad, no primeiro power play da noite, com apenas três minutos jogados — aumentando o drama do clube canadense.

Mas, mesmo diante de uma possível eliminação, os Maple Leafs faziam um bom jogo e não sentiram a pressão nem quando tomaram o 2 a 0, ainda na primeira etapa, com um chute de primeira de Carter Verhaeghe. Fazendo uma de suas melhores partidas nos playoffs, Toronto teve poder de reação e teria empatado já no segundo período.

Morgan Rielly descontou para os donos da casa com um chute de longe. O número de atletas de Leafs e Panthers na frente da crease prejudicou a visão de Bobrovsky. Minutos mais tarde, o próprio Rielly foi protagonista do lance mais polêmico dos playoffs até aqui.

Finalizando um ataque de Toronto, o defensor fintou o goleiro de Florida e empurrou o puck para o gol, igualando o placar. Apesar dos atletas celebrarem, a jogada não foi confirmada e seguiu imediatamente para revisão, interrompendo a partida por cerca de dez minutos. Após longa deliberação, a arbitragem anulou o lance e a parcial seguiu 2 a 1.

https://www.youtube.com/watch?v=DcK3hE6kODA

O empate acabou saindo nos cinco minutos finais do jogo, depois de muita luta, com os Maple Leafs melhores no terceiro período. William Nylander concluiu contra-ataque rápido, puxado por TJ Brodie e John Tavares, forçando a prorrogação.

Com o momentum a favor, Toronto seguiu dominante no tempo extra, mas não passava por Bobrovsky. E foi justamente a partir de uma defesa do goleiro que saiu o gol da vitória de Florida. Nick Cousins, após receber de Radko Gudas, teve liberdade para patinar até o ataque e paciência para tirar Calle Jarnkrok da jogada antes de chutar e fazer 3 a 2 para os Cats, fechando a série em 4 a 1.

Matthew Tkachuk, que nesta mesma sexta-feira (12), foi revelado como um dos finalistas a MVP da temporada regular, voltou a desabafar. O atacante, que já estava mordido com a imprensa por considerar o Boston Bruins favorito na primeira rodada, desta vez ironizou a torcida de Toronto. “Não ouço muitos ‘Queremos Florida’ agora”, brincou.

Tkachuk se referia ao grito dos fãs após os Maple Leafs eliminarem o Tampa Bay Lightning. O adversário de Toronto sairia da série entre Panthers e Bruins, que ainda não estava concluída.

Os Cats eram considerados um adversário potencialmente mais fraco, afinal, Boston liderou a temporada regular com folga e bateu o recorde de pontos na história da liga. Assim, os próprios torcedores dos Leafs declararam preferir os Panthers como possíveis adversários na segunda rodada e criaram o slogan “Queremos Florida.”

A própria franquia entrou na brincadeira e anunciou, em sua loja oficial, a venda de camisas com a agora infame frase.

As datas da final da Conferência Leste entre Florida Panthers e Carolina Hurricanes ainda não foram divulgadas.

O polêmico gol anulado

O gol invalidado para Toronto foi o assunto mais comentado da rodada. No Twitter, a tag “NO GOAL” seguiu em alta durante toda a noite.

A justificativa para a anulação do gol de Rielly foi que as zebras haviam parado a jogada antes que o defensor a concluísse devido a um contato do taco do atleta com o goleiro adversário.

A decisão foi alvo de protestos, principalmente porque replays da transmissão de TV e frames pausados de alguns ângulos sugeriam que o disco havia cruzado a linha antes do taco do defensor dos Leafs bater na perneira do arqueiro dos Panthers, ou seja, o gol teria acontecido antes da arbitragem parar a jogada.

Apesar de parecer algo incomum, lances desse tipo acontecem com alguma frequência, até nestes playoffs. Embora diversos perfis dedicados ao esporte, inclusive brasileiros, tenham considerado o gol legal, alguns cronistas, como Sean McIndoe, de The Athletic, explicaram que a chamada foi correta, uma vez que, mesmo em vídeo, o gol é inconclusivo.

O polêmico frame postado pelo setorista Chip Alexander, do Carolina Hurricanes, que mostra o puck atrás da linha foi tirado após o lance ter sido concluído, quando Bobrovsky levantava e Rielly comemorava com os companheiros. A blade que se vê na imagem congelada não é do Rielly, mas do Anthony Duclair, dos Panthers.

McIndoe expôs que, em vídeo, o melhor ângulo “leva a crer” que o disco “muito provavelmente” entrou. Mas “levar a crer” e, “provavelmente”, não são conclusões, portanto, não são suficientes. Para validar um gol, a orientação da NHL é que as zebras tenham certeza, baseada em frames claros, de que a jogada foi concluída. Se não, a chamada do gelo deve permanecer.

No fim das contas, os próprios jogadores se conformaram com a marcação. “Achei que tivesse entrado. Estava bem na frente e para mim parecia ter entrado. Obviamente, eles viram outra coisa, anularam e deram uma explicação razoável”, disse o capitão John Tavares, próximo à crease no momento do gol. “Foi muito rápido e eles revisaram, claro, então, fazer o quê”, comentou Rielly.

Foto: Reprodução Twitter/Florida Panthers

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