Após vencer o título na temporada passada, os Celtics surgem como favoritos para repetir a dose nesse novo ano
Após ganhar seu primeiro título da NBA desde 2008, o Boston Celtics teve sua recompensa de um dos projetos mais bem estruturados dentro da liga. E depois de ganhar seu 18º campeonato, os celtas têm tudo para repetir a dose na temporada 2024/25, algo que a franquia não consegue desde 1969.
Boston chegou ao começo da campanha passada em uma situação delicada, chegando a pelo menos nas finais da Conferência Leste em três das últimas cinco temporadas. Então, tudo indicava que a equipe precisaria conquistar um anel para dar continuidade ao projeto, tendo rumores de troca envolvendo jogadores da franquia caso não alcançassem seu objetivo.
Com isso, Brad Stevens trouxe nomes como Kristaps Porzingis e Jrue Holiday para complementar a dupla Jayson Tatum e Jaylen Brown. E em seu segundo ano como técnico, Joe Mazzulla implementou uma versatilidade ao jogo da equipe, que liderou o Leste na temporada regular com 64 vitórias, maior marca desde 2007/08.
Já na pós-temporada, as aquisições de Stevens, eleito Executivo do Ano, trouxeram casca e profundidade ao elenco, que perdeu apenas três partidas nos playoffs, vencendo o Dallas Mavericks na decisão por 4 a 1.
Agora, tendo finalmente chegado ao topo, a dupla Tatum e Brown, MVP das finais, acharam o caminho para o sucesso, e com coadjuvantes estelares ao seus lados, tem tudo para liderarem os Celtics a serem a nova dinastia da NBA. Por outro lado, a jornada não será fácil, com a equipe começando sua campanha desfalcada e a organização ter sido posta à venda após levantar o troféu.
A franquia chega para a temporada 2024/25 após vencer o título, seu primeiro desde 2008, que cementou o núcleo Jayson Tatum, Jaylen Brown e Brad Stevens no topo da liga. Após bater na trave algumas vezes nos últimos anos, a equipe dominou os adversários durante o ano todo, com um elenco versátil e profundo, que continua para a nova campanha.
Na intertemporada, o Boston Celtics firmou renovações de longa data com Tatum, Holiday, Derrick White, mantendo o centro do time campeão, além de coadjuvantes de impacto, como Sam Hauser, Luke Kornet e Xavier Tillman.
As negociações feita pela equipe no verão dão um suporte ao começo desfalcado da equipe no começo desta temporada.
Hauser e Holiday nem estiveram no banco de Boston na pré-temporada, o que causa dúvidas sobre suas disponibilidades na estreia da nova campanha. Além disso, Kristaps Porzingis deverá perder as primeiras semanas da temporada recuperando-se de uma cirurgia em seu pé realizada em junho. Entretanto, Brad Stevens disse que o pivô está fazendo bom progresso desde seu procedimento.
Falando no letão, ele encontrou o equilíbrio em seu jogo, tendo sua maior média de tocos (1,9 por jogo) desde 2019, enquanto marcou mais de 20 pontos por aparição. Em cima disso, foi titular em todos as partidas que jogou com Boston no ano, dando versatilidade de estratégia para Mazzulla, tendo presença física no garrafão ao mesmo tempo que tem capacidade de arremessar da longa distância. E com o melhor elenco em que jogou na carreira, teve seu maior aproveitamento desde que chegou à liga, com 51,6%.
Ainda falando sobre o impacto do pivô, os celtas também ficaram no top 5 defensivo, permitindo 109,2 pontos de média e liderando a NBA em tocos, com 6,6 por confronto. Além disso, o time ficou em segundo em rebotes, com 46,3 por jogo. Em cima disso, o espaçamento que Porzingis oferece faz com que os alas fiquem mais perto da cesta, com quatro alas celtas tendo média de mais de cinco rebotes.
Mas um aspecto que os Celtics encontraram nesta temporada foi o equilíbrio entre os dois lados da quadra e o jogo coletivo. Os cinco titulares da equipe tiveram pontuações médias em duplos dígitos, com a equipe tendo a melhor eficiência ofensiva da temporada, chegando a ter diferença média de 11,3 pontos em relação aos adversários após o All-Star Break.
Fora isso, a implementação de um jogo mais coletivo fez com que as estrelas da equipe, Brown e Tatum, apurassem seus lados de playmaking, com ambos tendo as maiores médias de suas carreiras em assistências. Ao mesmo tempo, Brown teve seu melhor aproveitamento de arremessos de quadra, beirando os 50%.
Tal coletividade e eficiência foi potencializada na pós-temporada. Em duelos contra Miami Heat, Cleveland Cavaliers, Indiana Pacers e Dallas Mavericks, os Celtics encontraram a fórmula ideal para seu elenco. Eles apostaram em sua versatilidade defensiva e movimentação no perímetro, acertando 36% das 40 tentativas de três a cada confronto dos playoffs.
Agora, com as estrelas liderando um time que tem pedigree de campeão, o começo da temporada não deve ser o dos mais tranquilos, com Porzingis fora e Al Horford, que negou os rumores de aposentadoria, beirando os 40 anos. Apesar disso, Brad Stevens trabalhou neste verão para que as lacunas do elenco, mesmo que momentâneas, fossem preenchidas.
Com Brown ascendendo o lugar de protagonista ao lado de Tatum, após sua performance decisiva na pós-temporada, os Celtics tem todas as peças, dentro e fora das quadras, para continuar no topo da NBA pelo segundo ano consecutivo, feito que não acontece desde 2018.
Principal chegada: Baylor Scheierman (Draft);
Principal saída: Svi Mykhailiuk (Utah Jazz)
Ponto forte: Versatilidade ofensiva. Com jogadores que podem ocupar diversas posições com facilidade, o técnico Joe Mazzulla pode colocar um quinteto mais leve ou mais pesado, permitindo alta adaptabilidade de estratégias contra o adversário.
Ponto fraco: Saúde. Com Kristaps Porzingis fora das primeiras semanas da temporada e a indisponibilidade momentânea de Jrue Holiday e Sam Hauser, o Boston Celtics começarão a nova campanha baqueados, atrapalhando a continuidade do projeto.
Campanha em 23-24: 64 vitórias e 18 derrotas (primeiro na Leste; Campeão da NBA)
Provável Quinteto: Jrue Holiday, Derrick White, Jaylen Brown, Jayson Tatum, Al Horford
Franchise Player: Jayson Tatum
Sexto Homem: Payton Pritchard
Head Coach: Joe Mazzulla
Briga por: Título
NBA 
