Com excelente atuação da MVP Kamilla Cardoso e terceiro quarto da 'morte', Brasil vence EUA e é campeão da AmeriCup feminina
O Brasil venceu os Estados Unidos na final da AmeriCup feminina 2023 neste domingo (09), em León, no México, por 69 a 58, e conquistou o título do torneio pela sexta vez em sua história, isolado o maior campeão da história do torneio. O Brasil vinha de dois bronzes consecutivos na competição, em 2019 e 2021.
A equipe brasileira, que terminou invicta na competição, vencendo seus seis jogos, contou com um excelente terceiro período, vencido por 25 a 10, para virar a partida e colocar 13 pontos de frente na entrada para o último quarto.
Pela seleção brasileira, a pivô Kamilla Cardoso, da USC, no basquete universitário norte-americana, foi a grande destaque da partida, terminando com 20 pontos e 11 rebotes, sendo cinco ofensivos, além de ter acertado 10/17 arremessos de quadra. A pivô de 22 anos foi escolhida a MVP da competição.
Além de Kamilla, destaques também para a ala-pivô do Sampaio Basquete Manu Cardoso, que teve 13 pontos, três rebotes e três assistências e para Damiris Dantas, ala-pivô do Fuerza Regia, do México, que foi 11 pontos e quatro rebotes.
Pelos EUA, somente duas jogadoras tiveram mais do que 10 pontos na partida. Rickea Jackson, armadora da Universidade do Tennessee, foi a cestinha da partida com 22 pontos, além de oito rebotes, e Lauren Betts, pivô de UCLA, teve um double-double de 10 pontos e 11 rebotes.
Na disputa pelo bronze, o Canadá derrotou Porto Rico por 80 a 73 e voltou ao pódio depois ter passado a última edição em branco ao perder par ao Brasil na disputa de terceiro lugar.
O jogo
A partida iniciou muito nervosa, com as duas equipes errando arremessos e cometendo muitos desperdícios. Somente no primeiro período foram cinco desperdícios dos EUA contra quatro do Brasil (no fim da partida, foram 15 das norte-americanas e 10 das brasileiras). A parcial manteve-se no máximo em quatro pontos de diferença para um time ou outro e acabou em 16 a 14 para as norte-americanas.
O segundo período foi mais controlado em termos de cuidado com a bola, mas os erros em arremesso dos dois lados seguiram. As norte-americanas conseguiram capitalizar seu rebotes ofensivos melhor na parcial e chegaram a abrir 31 a 24 a 3:49 para o intervalo. A equipe brasileira conseguiu se recuperar na parte final da parcial, emplacou uma sequência de 11 a 6 e foi para o intervalo dois pontos atrás (37 a 35).
O terceiro quarto marcou o atropelo brasileiro e definiu o jogo. As brasileiras conseguiram emendar uma sequência de 10 a 0 logo no início para virar o placar para 45 a 39. As norte-americanas conseguiram voltar a pontuar, mas a sequência de 10 a 0 virou 25 a 8 e o Brasil foi para os últimos 10 minutos com 60 a 47 no placar.
O último quarto acabou sendo o mais nervoso de todos e a equipe dos EUA não conseguiu encostar. O máximo que as rivais conseguiram cortar foi para nove pontos, no fim do jogo, apenas dois pontos a menos do que a diferença final do placar.
A equipe norte-americana dominou os rebotes com 56 a 35, sendo 24 a 6 nos ofensivos, mas não soube transformar essa dominância na tábua em pontos, vencendo o Brasil em pontos de segunda chance somente por 15 a 9. Os EUA tentaram nove arremessos de quadra a mais do que o Brasil (71 a 62), mas o péssimo aproveitamento de 29,6%, sendo 13,0% (3/23), não possibilitou as rivais brasileiras de equiparar o jogo, principalmente no segundo tempo.
Matéria atualizada em 09 de junho, às 23h55.
(Foto: Reprodução Twitter / Basquete CBB)