Mesmo com muitos erros, Brasil bate Colômbia e vence segundo título seguido e quinto total no basquete feminino do Pan
Não foi o jogo mais bonito, mas o Brasil venceu a Colômbia por 50 a 40 na final do basquete feminino nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, neste domingo (29), e conquistou o segundo ouro consecutivo na competição.
Antes de 2019, em Lima, no Peru, a seleção brasileiro feminina havia conquistado o ouro em 1967, 1971 e 1991, e acumula 13 medalhas em 16 participações (todas as edições), sendo quatro pratas e quatro bronzes, além dos cinco ouros.
Pelo Brasil, destaque para a veterana pivô Érika de Souza, que consolidou sua grande participação no torneio com um double-double de 13 pontos e 12 rebotes. Atrás de Érika, somente a armador Leila Zabani pontuou em dígitos duplos, registrando dez pontos, além de cinco rebotes.
Do lado colombiano, a armador Maria Delgado foi a única a passar dos dez pontos, conquistando 15 pontos, além de cinco rebotes. A ala Jenifer Muñoz veio atrás com nove pontos e cinco rebotes.
Na disputa da medalha de bronze, a Argentina, eliminada pelo Brasil em uma das semifinais, bateu Porto Rico por 75 a 66 e conquistou uma inédita medalha para o país na modalidade.
O jogo
Depois de uma competição intensa, com cinco jogos em dias consecutivos sem descanso, o cansaço cobrou no último dia de competição. Ainda assim, no primeiro quarto, a seleção brasileira, que esteve desfalcada de Maria Albiero e Manu de Oliveira, deu sinais de que dominaria a partida. Com bom aproveitamento ofensivo e contando com erros em demasia das colombianas (4/16 nos arremessos de quadra e cinco desperdícios), o Brasil venceu os primeiros dez minutos, de maneira tranquila, por 23 a 15.
No segundo período, o nível despencou. O Brasil dominou e venceu a batalha dos rebotes por 17 a 12, mas as duas equipes combinaram para 7/34 nos arremessos de quadra, sendo 0/10 nas bolas de três e o placar terminou em 9 a 8 na parcial em favor do Brasil. Na ida para o intervalo, 32 a 23 para a seleção brasileira.
Se no segundo quarto o nível não foi dos melhores, no terceiro, as coisas não melhoraram muito. As duas equipes novamente penaram nos arremessos de quadra, combinando para 5/29, sendo 0/6 nas bolas de fora, e o placar do terceiro período foi 6 a 6 (38 a 29 na ida para o último quarto).
Mesmo atrás no placar, as colombianas não conseguiram agredir o Brasil e não chegaram próximas no placar em nenhum momento dos últimos dez minutos. A prata é uma medalha inédita para a Colômbia, que nunca haviam tido uma campanha melhor do que o quarto lugar que conseguiram em 2019.
(Foto: Reprodução Twitter / CBB)