Reta final da temporada regular também é marcado por definições importantes dentro da classe de 2023 dos calouros
A temporada regular da NBA entra na reta final e além da definição dos classificados aos playoffs também existem questões importantes a serem finalizadas dentro da atual classe de calouros.
Victor Wembanyama tem aproveitado todo o hype da primeira temporada na NBA e com desempenho ainda crescente, se coloca como um candidato ao Prêmio de Defensor do Ano.
Com a lesão de Karl-Anthony Towns, a disputa pela liderança da Conferência Oeste ficou ainda mais acirrada e o Oklahoma City Thunder tem se mostrado o principal candidato. Muito disso pela regularidade de Chet Holmgren nesse jovem elenco.
Na última temporada, Keegan Murray estabeleceu o recorde de bolas de três para calouros com 206 conversões. Mal sabia o ala que Brandon Miller tem se colocado como forte candidato a bater a marca com 145 arremessos acertados.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes em relação a suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros depois do quinto mês da temporada 2023-2024 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que tem acompanhado o desempenho deles mensalmente.
* As médias estatísticas correspondem até a rodada do dia 21 de março.
(Foto: Reprodução Twitter / San Antonio Spurs)
1- Victor Wembanyama, San Antonio Spurs (último ranking: 1º)
Gregg Popovich segue com o controle da minutagem de Wembanyama (29,1 por jogo) e mesmo dentro desse cenário o ala tem conseguido marcas impressionantes.
Wembanyama segue como líder da NBA em tocos (3,5) e estabeleceu a média de 20+ pontos e +0+ rebotes. Desde a temporada 1973-1974 (quando a NBA começou a contabilizar tocos), apenas seis jogadores conseguiram ao menos 20 pontos, 10 rebotes e 3,5 tocos – sendo que somente Alonzo Mourning e David Robinson registraram o feito como calouros.
Prova do impacto de Wembanyama é que nos últimos 15 jogos dos Spurs, enquanto o francês esteve em quadra a franquia lidera a NBA em pontos cedidos por posse (107,3). Sem o ala o número vai para 119,3, apenas a 29ª marca em toda liga.
2- Chet Holmgren, Oklahoma City Thunder (último ranking: 2º)
Holmgren e o Thunder foram feitos um para o outro. Após o susto na temporada passada com a boba lesão no pé, a espera recompensou todas as partes e o resultado pode ser a franquia conseguir chegar na segunda final da NBA em sua história.
O pivô tem encontrado regularidade nessa reta final de temporada e as médias chegaram a 17,1 pontos, oito rebotes, 2,5 tocos (empatado na segunda posição geral da NBA ao lado de Walker Kessler e Brook Lopez), 54% nos arremessos de quadra e 38,9% nas bolas de três pontos.
Holmgren é um dos mais completos jogadores que apareceram na NBA nos últimos anos. Completo em quase todas as questões do jogo e junto de Shai Gilgeous-Alexander e cia tem chances de dar o primeiro título da NBA ao Thunder – seja em Oklahoma City ou no passado como Seattle Supersonics.
3- Brandon Miller, Charlotte Hornets (último ranking: 3º)
A temporada do Charlotte Hornets é decepcionante em vários sentidos, mas não dá para negar que Miller é o ponto mais positivo do basquete na Carolina do Norte.
O ala está na rota para quebrar o recorde de Keegan Murray como calouro com mais chutes de três convertidos. Os Hornets têm mais 13 jogos para cumprir até o fim da temporada regular e Miller precisa de mais 62 bolas acertadas para quebrar a marca. Difícil? Mas, certamente, possível.
Charlotte novamente terá uma escolha alta no próximo Draft e tendo LaMelo Ball, finalmente, achado um complemento competente em quadra é possível o torcedor dos Hornets, finalmente, sonhar com uma equipe que pratique um bom basquete.
4- Keyonte George, Utah Jazz (último ranking: 6º)
O mês de março tem sido estelar para Keyonte George. Em nove jogos disputados, 15+ pontos em sete e 5+ assistências em cinco. Números que demonstram o potencial do armador.
O desempenho subiu as médias de George para 12,9 pontos, 4,4 assistências, além de 39,8% nos arremessos de quadra e 34,7% nos chutes de três pontos – com 26,2 minutos por jogo.
Utah não irá brigar por vaga na pós-temporada e com isso George deve continuar a atuar por ao menos 30 minutos no mês de abril. Depois de Walker Kessler, o armador demonstra ter sido outro acerto retumbante do Jazz no Draft.
5- Scoot Henderson, Portland Trail Blazers (Último ranking: 5º)
A saída de Damian Lillard indicava um processo longo de reconstrução em Portland. Scoot Henderson foi escolhido no Draft, mas as lesões no início da trajetória indicavam uma temporada tumultuada ao calouro e a franquia.
Henderson tem conseguido se manter saudável e se o desempenho ainda não é digno de uma escolha Top 3, ao menos o armador tem sido consistente.
11+ pontos em seis dos sete jogos e 5+ assistências em cinco dessas partidas disputadas em março. As médias de 12,7 pontos e 4,7 assistências não são excelentes, mas são boas e consistentes. Ainda mais quando se leva em conta os baixos 29,7% no aproveitamento das bolas de três. Há teto para melhora e a segunda temporada de Henderson na liga deve ser observada com atenção.
6- Jaime Jaquez Jr., Miami Heat (último ranking: 4º)
Sim, a temporada do Heat é decepcionante, mas Jaime Jaquez Jr. não é parte desse problema – muito ao contrário, tem se mostrado uma solução para o futuro.
Jaquez Jr. é o segundo do elenco em minutagem (29,5), atrás apenas de Bam Adebayo. Erik Spoelstra ainda está tentando encontrar a melhor forma da equipe jogar e já testou 32 formações – com 17 atletas diferentes.
Nesse cenário de indefinição, Jaquez Jr. apresenta consistentes médias de 12,4 pontos, 4 rebotes, 1,1 roubo de bola e 48,9% nos arremessos de quadra. Se houver qualquer rebuild no futuro próximo em Miami, o ala tem que ser parte do futuro e não moeda de troca.
7- Dereck Lively II, Dallas Mavericks (último ranking: 9º)
Ao que parece, os problemas físicos ficaram para trás e no melhor momento dos Mavericks na temporada, Dereck Lively II tem apresentado maior consistência ofensiva em quadra.
Nos últimos dez jogos, Lively II conseguiu ao menos dez pontos. Como comparação, no restante da temporada foram apenas 16 jogos com essa marca.
O ataque é justamente o ponto do jogo em que Lively II precisa se esforçar para crescer. Porque defensivamente o atleta chegou na NBA muito polido. Prova são as médias de 6,9 rebotes e 1,4 toco na temporada. Nos playoffs esses recursos serão colocados ainda mais à prova – ainda mais em um elenco sem grandes defensores.
8- G.G. Jackson, Memphis Grizzlies (último ranking: 10º)
G.G. Jackson tem sido uma das principais atrações do fim da temporada em Memphis. O ala tem assumido a responsabilidade ofensiva sem estrelas como Ja Morant e Desmond Bane e pode ser um complemento importante para o futuro da franquia.
Nos últimos seis jogos, Jackson anotou mais de 19 pontos em todos e conseguiu 35 pontos no duelo frente ao Golden State Warriors – recorde do calouro até o momento.
Essa sequência impulsionou as médias do ala para 13,4 pontos, 3,7 rebotes, 44,2% nos arremessos de quadra e 37,3% nos chutes de três pontos. Números muito acima da média para uma escolha de segunda rodada do Draft.
9- Brandin Podziemski, Golden State Warriors (último ranking: 8º)
Os Warriors irão passar por uma offseason decisiva e com várias decisões, mas até lá, Steve Kerr e companhia precisam avaliar ao máximo o elenco que têm em mãos. Uma dessas peças que apareceram nesta temporada e tem apresentado desempenho interessante é Brandin Podziemski.
O armador tem se mostrado uma opção interessante para a suplência de Stephen Curry, com médias de 9,4 pontos, 5,7 rebotes, 3,9 assistências, além de 44,4% nos arremessos de quadra e 37,4% nos chutes de três pontos.
Mas é importante ressaltar que o desempenho de Podziemski tem oscilado no último mês. Dez ou menos pontos em cinco dos oito jogos disputado em março e menos de 40% no aproveitamento dos chutes de quadra. É preciso maior consistência para o armador – bem como para a maior parte do elenco em São Francisco.
10- Ausar Thompson, Detroit Pistons (último ranking: não ranqueado)
Ausar Thompson volta ao ranking após ter demonstrado maior regularidade em quadra, em especial, proteção ao aro e demais predicados defensivos.
Na soma de rebotes, rebotes ofensivos, tocos e roubos de bola, Ausar está atrás apenas de Giannis Antetokounmpo, Anthony Davis, Nikola Jokic, Wembanyama e Scottie Barnes.
Um ponto de preocupação é a condição médica do ala. Fora das quadras desde 9 de março devido a uma doença não relatada pelos Pistons, Ausar foi retirado do elenco pelo restante da temporada para tratar de um coágulo sanguíneo. Mas independente disso, é importante frisar o crescimento de Detroit em quadra – e a participação do atleta nesse processo.
Menções honrosas aos calouros
Antes do último mês da temporada quatro nomes aparecem com chances de ingressarem no ranking: