PRÉVIA NBA 2023-24: Orlando Magic

Depois de um mal começo na última temporada, o Orlando Magic conseguiu dar a volta por cima e brigar por uma vaga no play-in. No final das contas, não acabaram conseguindo. Porém, as coisas não foram tão ruins assim para a franquia da terra do Mickey. Foram 12 vitórias a mais em comparação com a temporada 2021-22, a maior melhora dentro da Conferência Leste.

Com o quarto elenco mais jovem de toda a NBA (média de 23,9 anos), o Magic pode oscilar. Mas as medidas tomadas pelo front office e pelos próprios jogadores durante a offseason visam manter a equipe como contender aos playoffs durante toda a temporada. A ideia é competir desde o primeiro minuto da primeira partida. 

Já o treinador do time, Jamahl Mosley, mantém os pés no chão. Ele entende a vontade de um elenco tão jovem e a ambição de uma equipe que venceu uma série de playoff pela última vez em 2010. Mas ele sabe da dificuldade para se chegar lá. E aposta no trabalho duro como principal maneira de alcançar o objetivo de toda uma cidade.

“Eu entendo que existem expectativas. É um processo, mas muitos times tem o mesmo objetivo. Os outros 29 times também estão dizendo que querem chegar lá. E não tem nada de errado com isso. Ao mesmo tempo, você não pode pular etapas. Você tem que passar pelo processo todo dia e nossos jogadores sabem disso. Estar perto do play-in na última temporada nos deu uma ideia da intensidade, trabalho, atenção ao detalhe que se deve ter para apenas estar perto do objetivo”, declarou o treinador, em entrevista à NBA.com que foi ao ar no dia 29 de setembro.

O elenco praticamente não sofreu mudanças. E essa é uma das apostas do Orlando Magic: a continuidade do trabalho. Parando pra olhar, o quinteto inicial deve ser o mesmo da última temporada. Porém, a equipe trabalhou para desenvolver seus jogadores e trazer talentos que possam entrar na rotação ou até mesmo assumir um lugar no time titular. 

Paolo Banchero e Franz Wagner são a chave para o sucesso do Magic. Os dois melhores jogadores da equipe. Paolo vem de ganhar o prêmio de calouro do ano e ser chamado pra defender os Estados Unidos na Copa do Mundo de Basquete. O jovem talento está em ascensão pura. Wagner, igualmente. Ele vai para sua terceira temporada na liga depois de dar um passo adiante na anterior. Além disso, também esteve no mundial e foi campeão com a Alemanha. Inclusive, foi eleito MVP da decisão, com uma partida impressionante, finalizando com 19 pontos e sete rebotes.

Junto com os dois, o Magic deve ter Markelle Fultz, Gary Harris e Wendell Carter Jr. no quinteto inicial. Claro, durante o training camp muitas coisas podem mudar. O próprio treinador faz questão de deixar isso claro. Mas considerando que a ideia é uma continuidade no trabalho, os titulares devem ser mantidos.

Que mudança para Fultz. Um início de carreira bem conturbado na Philadelphia e muitos problemas físicos. Mas o jovem se encontrou em Orlando e já se mostrou super importante para a equipe. Sem ele nos primeiros 21 jogos, a franquia teve um péssimo início. Cinco vitórias e 17 derrotas. Já com ele em quadra, quase 50% de aproveitamento. O responsável por ditar o ritmo da equipe, peça fundamental para Mosley.

Vindo do banco, muitos nomes e possibilidades. Cole Anthony e Jalen Suggs seguramente terão seus minutos. Os dois trabalharam muito durante a offsesason para evoluir seu jogo. Junto com os dois, Jonathan Isaac também vai ter tempo de quadra. Porém, ele tem um desafio maior: se manter saudável. Caso consiga estar disponível e em boa forma física, é um dos grandes nomes que podem sair do banco do Magic.

Mais três nomes também vão brigar para ter seus nomes chamados por Mosley durante os jogos. Mo Wagner, campeão mundial ao lado de seu irmão, Goga Bitadze e Chuma Okeke. Durante a última temporada, todos tiveram seus minutos e seguramente irão participar em algum momento em uma temporada que possui muitos imprevistos.

Agora, as novidades no elenco. Duas vindas do Draft e uma via free agency. Com duas escolhas na loteria, o Magic selecionou Anthony Black na sexta posição e Jett Howard na 11ª. Ambos terão que se provar no training camp para merecer uma vaga no elenco final de Orlando e uma vaga dentro dos jogadores da rotação.

Por último, a única movimentação do Magic no mercado de agentes livres. Joe Ingles chega no time como o grande veterano do elenco. Além de ajudar dentro de quadra, terá uma missão importante para ajudar seus companheiros fora de quadra, sendo um mentor para muitos dos jovens da equipe.

É um elenco recheado de possibilidades. Porém para obter sucesso, é preciso que alguns jovens deem um passo adiante e ajudem em funções de liderança desde o training camp. O Magic pode e deve alcançar seus objetivos caso queira manter sua base para os próximos anos e não partir para um novo rebuild.

(Foto: Julio Aguilar/Getty Images)

Principais chegadas: Anthony Black, Jett Howard e Joe Ingles

Principais saídas: Bol Bol

Ponto forte: Evolução da dupla Paolo Banchero e Franz Wagner. Os dois estão dando um passo adiante que é extremamente necessário para o sucesso da equipe

Ponto fraco: A juventude da equipe é o ponto fraco, principalmente em momentos de dificuldade durante a temporada

Campanha em 22-23: 34-48 (13º lugar do Leste)

Provável quinteto: Markelle Fultz, Gary Harris, Franz Wagner, Paolo Banchero e Wendell Carter Jr.

Franchise Player: Paolo Banchero

Sexto Homem: Joe Ingles

Head Coach: Jamahl Mosley

Briga por: Vaga no play-in