PRÉVIA NBA 2023-24: Oklahoma City Thunder

Seria essa a temporada que o torcedor do Oklahoma City Thunder entra mais animado desde 2017-18 quando por lá chegaram Paul George e Carmelo Anthony? Provavelmente. 

Depois de anos apenas perdendo estrelas e sem prognóstico de campanhas positivas, finalmente a franquia parece voltar ao rumo de briga por playoffs. 

Com o time de menor média de idade na NBA, na temporada passada o Thunder venceu 40 partidas (16 vitórias a mais do que na anterior), se classificou para o torneio de play-in e ficou a um resultado positivo de ir para a pós-temporada. Tudo isso muito por conta da evolução de suas jovens estrelas, capitaneadas por Shai Gilgeous-Alexander, que foi de um jogador nível All-Star para um dos melhores jogadores em toda a liga, tendo médias de 31,4 pontos, 4,8 rebotes, 5,3 assistências e 1,6 roubo de bola. 

Junto com ele apareceram Josh Giddey, segundanista de 20 anos e que contribuiu e muito para o funcionamento do time com 16,6 pontos, 7,9 rebotes e 6,2 assistências, e Jalen Williams, novato sensação que terminou na segunda colocação na corrida para o prêmio de calouro do ano. Junto às três principais peças, outros jogadores foram cruciais para o balanço da equipe como os alas Lu Dort, Kenrich Williams e Isaiah Joe.  

A profundidade de elenco e de talento jovem, crucial para a campanha do ano passado junto da continuidade do trabalho do técnico Mark Daigneault e da evolução individual dos armadores principais, segue para essa temporada e ganha reforços.

Chet Holmgren é o principal deles. Segunda escolha geral do Draft de 2022, o pivô se lesionou antes do começo da temporada e ficou de fora de todas as partidas do que seria seu primeiro ano. Doze meses depois, Holmgren se encontra saudável e será um reforço e tanto no garrafão do Thunder. Defensivamente, deve ser onde seu impacto poderá ser mais sentido, com sua presença de garrafão e timing para tocos. Ofensivamente, o pivô traz arremesso do perímetro, abre espaço lá dentro para as infiltrações de Shai, Giddey e Jalen Williams, e tem passe acima da média para a posição. Se o time em seu entorno encaixar e ele corresponder às expectativas, Holmgren tem de tudo para brigar pelo calouro do ano.

Para somar a essa juventude em ascensão, a franquia trouxe veteranos como Victor Oladipo, Davis Bertans e Vasilije Micić. Os dois primeiros devem conseguir poucos minutos de quadra, mas devem ser relevantes peças de vestiário. Já Micić, armador de 29 anos e ex-MVP da Euroliga, deve contribuir em quadra vindo como armador da segunda unidade, além de possivelmente ajudar na maturação de Shai e Giddey como organizadores do ataque.

Tendo em vista a manutenção de grande parte do elenco, a evolução individual dos principais nomes do elenco e do trabalho de um grupo que segue com o mesmo técnico e mesmo core, com a adição de Holmgren e de veteranos, esse time deve dar ainda mais trabalho no Oeste.

Oeste esse que deve ser muito concorrido e com pouca margem para erro. Se de um lado a inexperiência e falta de constância dessa equipe pode pesar, por outro a jovialidade do corpo e o foco em melhorar na temporada regular podem fazer a diferença na classificação. No fim, a briga deve ser pela vaga direta na pós-temporada. 

(Foto: Reprodução Twitter / Canada Basketball)

Principais chegadas: Vasilije Micic, Victor Oladipo, Jack White, Davis Bertans e Cason Wallace 

Principais saídas: Dario Saric 

Ponto forte: Profundidade de rotação e qualidade nas peças jovens, que devem evoluir individualmente e coletivamente

Ponto fraco: Inconsistência. Completamente compreensível para o time de menor média de idade em toda a NBA, ainda mais em uma temporada de 82 partidas, o Thunder oscilou momentos muito bons com momentos bem abaixo do que o time pode produzir, principalmente na defesa e nos arremessos de três pontos 

Campanha em 22-23: 40-42 (décimo lugar do Oeste – virou 9º após vencer os Pelicans no play-in)

Provável quinteto: Shai Gilgeous-Alexander, Josh Giddey, Lu Dort, Jalen Williams, Chet Holmgren 

Franchise player: Shai Gilgeous-Alexander 

Sexto homem: Kenrich Williams

Head coach: Mark Daigneault

Briga por: vaga direta nos playoffs