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6 de outubro de 2023 - 22h10

PRÉVIA NBA 2023-24: Chicago Bulls

Em caso de fracasso, a temporada pode significar o fim do trio Zach LaVine, DeMar DeRozan e Nikola Vucevic

Depois de mais uma temporada fracassada, o Chicago Bulls vive um momento conturbado em sua gestão. Reunir um núcleo de qualidade não foi o bastante, visto que mesmo com DeMar DeRozan, Zach LaVine e Nikola Vucevic a franquia não chegou perto de brigar pelo título da liga.

Com um recorde de 40 vitórias e 42 derrotas na temporada 2022-23, o time disputou o Play-In, venceu o Toronto Raptors na primeira rodada, mas perdeu para o Miami Heat na disputa pela oitava vaga nos playoffs da Conferência Leste.

A imprensa norte-americana estima que, caso os Bulls não se classifiquem para os playoffs e faça uma campanha positiva, é provável que o trio DeRozan, LaVine e Vucevic seja desmanchado e a franquia inicie uma reconstrução pautada em escolhas de Draft e trocas por jovens valores.

Além disso, um fator nebuloso é o quadro de saúde do armador Lonzo Ball. Contratado para ser uma peça fundamental no elenco, o armador luta contra lesões desde que chegou e não atua há quase duas temporadas inteiras. Recentemente, ele comentou que está se recuperando e espera ajudar seus companheiros.

Com desempenho digno de estrelas, Zach LaVine e DeMar DeRozan ocuparam o top 25 de cestinhas da temporada, combinando para 49,3 pontos por jogo. Se contar com a produção de Nikola Vucevic, o trio produz cerca de 66,9 pontos por partida.

O desempenho do trio fez com que o Chicago Bulls ficasse em quarto no percentual de acerto nos arremessos de quadra, contudo, a equipe teve o 22º pior ataque da última temporada, com médias de 113,1, por partida.

Embora a filosofia do técnico Billy Donovan seja uma defesa forte e um jogo de transição veloz, o Bulls lutou para achar seu ritmo. Nomes como Coby White, Ayo Dosunmu, Patrick Williams e Alex Caruso, somam 34,1 pontos de média, por partida, e devem subir o nível de produtividade nesta temporada.

A defesa e a seleção de arremessos podem ser o sucesso do Chicago Bulls na temporada. Arremessadores de três pontos consistentes fizeram falta no elenco, haja vista que em dois jogos a equipe dependeu de DeRozan, que não é um chutador de longa distância, para vencer duas partidas.

Inclusive, questionado sobre seu volume de arremessos de três, DeRozan foi enfático. “Eu não preciso fazer isso. Apenas 38 pessoas na história da NBA fizeram mais pontos que eu. Não estou dizendo que não preciso arremessar do perímetro. Mas não sinto que eu preciso tentar dez bolas de três todo jogo. Ainda tento fazer bem o que me torna um bom jogador. Quando estou livre do perímetro, eu arremesso. Não é que eu fujo disso”, afirmou.

A equipe ocupa a 16ª posição na lista dos melhores aproveitamentos do perímetro, com 36,1% de acerto, mesmo que não tenham tantos gatilhos do perímetro. Numa era da NBA onde o jogo é veloz, mesclar jogadas de garrafão com arremessos de fora é uma fórmula mais do que necessária para vencer jogos e campeonatos.

Cinco equipes que chegaram em finais de conferência nas últimas duas temporadas estão no top 10 de melhor aproveitamento nas bolas de fora, sendo que os campeões das temporadas 2021-22 e 2022-23, respectivamente Golden State Warriors e Denver Nuggets, ocupam o segundo e o quarto lugar na lista.

Uma das expectativas para a temporada é a participação mais ativa do jovem ala-pivô Patrick Williams. Se encaminhando para seu quarto ano de NBA, Williams já se machucou, teve breve continuidade, mas não se encontrou na liga ainda.

Com uma versatilidade para marcar jogadores de variadas posições, o ala pode complementar o jogo de Nikola Vucevic e, por saber arremessar, pode até ser um gatilho de três. No entanto, espera-se que o jovem seja mais agressivo nas duas partes da quadra. O maior envolvimento do 44 pode ser um fator fundamental para o crescimento da equipe.

Nesse caso, ter o pivô Andre Drummond no elenco pode ser um fator positivo, visto que ele possui experiência na NBA e durante muitos anos foi considerado um jogador soft por conta de seu jogo, mesmo que seja um dos reboteiros mais talentosos das últimas décadas. Drummond pode auxiliar nessa transição de Williams, ensinando-o sobre como se posicionar melhor em quadra e impactar o jogo, sobretudo, na defesa.

No setor de armação, pode-se dizer que Chicago possui bons nomes na rotação: Alex Caruso, Zach LaVine, Coby White, Jevon Carter e Ayo Dosunmu. Caso Lonzo Ball retorne de lesão, é mais um nome para integrar a rotação.

Adepto do small ball desde os tempos de OKC, Billy Donovan deve utilizar Caruso, um dos melhores defensores do time, ao lado de LaVine. Embora White e Dosunmu possam ser mais criativos no setor, nenhum deles, exceto Jevon Carter, é tão agressivo na defesa, fator que complementa o jogo de Zach LaVine.

Acredito que a sincronia dos armadores com os alas pode estabelecer um ritmo interessante e promissor nos Bulls. DeMar DeRozan é o ponto focal do ataque e consequentemente atrai os olhares das defesas adversárias, deste modo, caso consigam movimentar a bola e encontrar boas alternativas, a ofensiva do Chicago Bulls pode crescer.

O fato de não terem feito muitas modificações no elenco ajuda neste sentido. Tal qual DeRozan comentou em uma entrevista, o time do Bulls não é ruim, a equipe possui bons nomes, e mesmo sem um dos principais ativos (Lonzo Ball), conseguiu caminhar para o Play-In.

A próxima etapa, além de depender da volta de Lonzo e de como Jevon Carter e Torrey Craig irão se adaptar, será um teste para ver se o núcleo jovem assume mais responsabilidades. É um momento de decisão em Chicago.

Caso, realmente, se acertem e entendam suas funções no elenco, é possível que o Chicago Bulls brigue por uma vaga direta nos playoffs. Numa Conferência Leste que, provavelmente, será dominada por Milwaukee Bucks e Boston Celtics, a equipe pode bater de frente com Miami Heat, Philadelphia 76ers, Cleveland Cavaliers e New York Knicks. Não vejo nenhum desses times muito melhor do que o Chicago Bulls.

É uma temporada otimista e decisiva. Caso não tenham sucesso, é provável que seja a “última dança” do trio DeMar DeRozan, Zach LaVine e Nikola Vucevic juntos.

Foto: Reprodução / Twitter Chicago Bulls

Principais chegadas: Jevon Carter e Torrey Craig

Principais saídas: Patrick Beverley

Ponto forte: A altura do quinteto titular e a capacidade das duas estrelas chamarem a responsabilidade nos momentos decisivos. Zach LaVine e DeMar DeRozan serão fundamentais, de novo, para tentar levar o Bulls adiante

Ponto fraco: A lesão de Lonzo Ball, o jogador mais criativo no setor de armação da equipe. Sem contar a falta de agressividade de Patrick Williams, um ala-pivô com potencial para ser impactante dos dois lados da quadra

Campanha em 22-23: 40-42  (9º lugar do Leste)

Provável quinteto: Alex Caruso, Zach LaVine, DeMar DeRozan, Patrick Williams, Nikola Vucevic

Franchise Player: DeMar DeRozan

Sexto Homem: Coby White

Head Coach: Billy Donovan

Briga por: Vaga direta aos playoffs

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