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20 de outubro de 2023 - 19:00

PRÉVIA NBA 2023-24: Boston Celtics

Depois de cair na final da Conferência Leste, a equipe se reforçou e foi atrás de grandes nomes para tentar conquistar o 18° título

Após alcançar as finais da Conferência Leste pela quinta vez nos últimos sete anos, o torcedor do Boston Celtics viu o seu time ficar mais uma vez a um passo de chegar às finais da NBA. O roteiro repetido fez com que a franquia se movimentasse em busca de novas peças para ampliar as chances de conquistar o tão sonhado 18° título. Apesar da grande expectativa para a temporada 2023-24, o preço a se pagar foi alto.

Despedidas de nomes que conquistaram o carinho do torcedor e chegadas de jogadores que podem fazer história pela equipe. Podemos dizer que a offseason dos Celtics foi um grande marco para o futuro da franquia. Marcus Smart, reconhecido entre os fãs por ser a alma do time, foi trocado para o Memphis Grizzlies após nove anos em Boston. Robert Williams III foi outro importante nome “sacrificado”, assim como Grant Williams, que saiu na free agency para o Dallas Mavericks. Os três eram líderes vocais no vestiário e foram parte importante do elenco de apoio a Jayson Tatum e Jaylen Brown nos últimos anos. Porém, tudo isso pode cair rapidamente no esquecimento quando olhamos para as chegadas de Jrue Holiday e Kristaps Porzingis, que elevam o patamar do quinteto titular de Boston.

Trocado pelo Milwaukee Bucks ao Portland Trail Blazers na negociação envolvendo Damian Lillard, Jrue é um encaixe perfeito no sistema do técnico Joe Mazzulla. Ao lado de Derrick White, o armador tem tudo para formar a melhor dupla de guards defendendo o perímetro na NBA. Lembrando que Holiday foi eleito ao primeiro time de defesa da última temporada, enquanto White foi votado para o segundo quinteto. No ataque, a equipe ganha um jogador com características semelhantes a Smart, mas que as executa melhor. Holiday pode desafogar os Jays na pontuação e armação, jogando em pick-and-roll e criando o seu próprio arremesso no perímetro, ou até mesmo no post, utilizando a sua força física contra armadores menores.

Já Porzingis acrescenta uma nova dinâmica para o ataque de Boston. Atuando pelo Washington Wizards, o big man vem de sua melhor temporada na carreira em pontos (23,2), aproveitamento de quadra (49,8%) e acerto nas bolas de três (38,5%). Tatum e Brown nunca tiveram um parceiro de pick-and-roll com o arsenal de jogadas do letão, que é capaz de espaçar a quadra e ser uma real ameaça do perímetro, como também jogar de costas para a cesta no post (onde foi um dos melhores jogadores em eficiência na última temporada) e criar jogadas a partir de mismatches usando a sua vantagem de altura. Na defesa, não enxergo Porzingis no mesmo nível de Robert Williams protegendo o aro, porém, ele é plenamente capaz de não ser uma fraqueza a ser explorada no mano a mano.

Após enfatizar as novas estrelas em Boston, vamos falar da dupla que são os rostos da franquia: Jayson Tatum e Jaylen Brown. Chega a ser clichê citar a evolução dos Jays a cada temporada, mas é exatamente isso que Boston precisa para conseguir dar um passo adiante na direção do título, afinal, nos momentos decisivos a bola sempre estará nas mãos dos dois.

Aos 25 anos, Tatum se mostra melhor a cada ano e está em sua curva natural de crescimento e entendimento do jogo. Para mim, o próximo passo para ele é voltar as suas origens e retomar o seu jogo de meia distância e do post, esquecido há algumas temporadas. Na série contra o Heat, ficou claro que pensar o jogo de forma analítica apenas arremessando do perímetro e infiltrando no garrafão te leva até certo ponto. Quando a defesa de Miami conseguiu anular as suas principais jogadas, Tatum se viu obrigado a recorrer ao poste baixo, e foi quando ele foi mais eficiente.

Para Jaylen Brown, fica a tão falada questão da sua dificuldade de driblar com a mão esquerda, que foi exposta em vários momentos nos playoffs. Para se tornar um jogador menos previsível no ataque e limitar a quantidade de turnovers, ele precisa melhorar essa parte do seu jogo.

Olhando de um ponto de vista bem simplório, Boston substituiu Smart e Williams por Holiday e Porzingis no seu quinteto titular, mas para isso perdeu profundidade de elenco com as saídas dos reservas Malcolm Brogdon e Grant Williams. Para essa receita funcionar, a equipe precisa contar com um pouco de sorte para que todos cheguem saudáveis na pós-temporada, especialmente no frontcourt. Al Horford está longe de ser um menino e terá a árdua função de ser o principal marcador de Giannis Antetokounmpo e Joel Embiid nos playoffs, enquanto Porzingis luta contra lesões desde quando chegou na NBA.

Quem deve ganhar espaço vindo do banco são Payton Pritchard e Sam Hauser. O armador teve o seu contrato estendido pelo presidente de operações, Brad Stevens, e vem sendo até aqui um dos principais destaques da pré-temporada da NBA com média de 21,3 pontos, já o ala foi um dos melhores arremessadores do perímetro em 2022-23 com um aproveitamento de 41,8% atuando em pouco mais de 16 minutos por jogo.

Um dos problemas dos Celtics em 2022-23 foi a falta de experiência do seu treinador, Joe Mazzulla, que ficou escancarada em algumas situações nas séries contra Philadelphia 76ers e Miami Heat. Após pegar uma bucha em seu primeiro ano como técnico na NBA, o comandante do time ressaltou nas últimas semanas que se enxerga mais preparado com a experiência da última temporada. Segundo ele, uma das principais mudanças implementadas nos treinamentos de pré-temporada foi a ênfase no sistema defensivo.

Boston teve a melhor defesa da liga em 2021-22, ano em que chegou às finais, porém o desempenho caiu drasticamente na última temporada sob o comando de Mazzulla. Nos playoffs, a equipe terminou com a sexta pior eficiência defensiva e viu a sua identidade de jogo cair por terra.

Mazzulla também conta para essa temporada com a chegada de dois assistentes técnicos muito respeitados ao redor liga. Sam Cassell e Charles Lee fizeram grandes trabalhos em Philadelphia e Milwaukee, respectivamente, e chegam para acrescentar mais experiência ao coaching staff de Boston.

No fim das contas, com a manutenção da sequência de trabalho do seu treinador e o fortalecimento de talento no quinteto titular, vejo os Celtics com uma possibilidade maior de variações de jogo, o que pode ser o grande diferencial dessa equipe, especialmente projetando uma possível final de conferência contra o Milwaukee Bucks.

(Foto: Divulgação/Boston Celtics)

Principais chegadas: Kristaps Porzingis e Jrue Holiday

Principais saídas: Marcus Smart, Robert Williams III, Malcolm Brogdon e Grant Williams

Ponto forte: Com as adições de Holiday e Porzingis, Boston possui um dos melhores quintetos titulares da NBA. Outro ponto a ser destacado é a versatilidade defensiva dos seus principais jogadores. A equipe tem tudo para repetir o feito de 2021-22 e retomar o posto de melhor sistema defensivo da NBA

Ponto fraco: A profundidade de elenco deixa a desejar e pode ser um problema nos playoffs. Hoje, Joe Mazzulla conta com apenas seis jogadores que afirmativamente estarão na rotação para a pós-temporada, o que é muito pouco

Campanha em 22-23: 57-25 (segundo lugar na Conferência Leste)

Provável quinteto: Jrue Holiday, Derrick White, Jaylen Brown, Jayson Tatum, Kristaps Porzingis

Franchise player: Jayson Tatum

Sexto homem: Al Horford

Head coach: Joe Mazzulla

Briga por: Título da NBA

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