Enquanto a temporada não começa, principais programas da NCAA retomam os treinamentos para a nova temporada
Enquanto a ansiedade para a temporada 2015 do College Football bate à porta, resta a nós, fãs do futebol americano universitário, matar a saudade do esporte com os Spring Games. Mas o que são os Spring Games? É simples, enquanto a temporada não começa, os principais programas do país aproveitam a primavera norte-americana para retomar os treinamentos e, em meio a isso, para finalizar esse período de treinos, as universidades organizam partidas amistosas entre seus próprios elencos tanto para se promover para os fãs (inclusive há certa disputa para ver qual universidade levará mais gente aos estádios), como também para se preparar com afinco para a temporada.
Desde o fim de março, tais jogos já estão a todo vapor e, no último sábado (18), algum dos principais programas do país deram uma mostra do que estão preparando para a temporada, já sendo possível analisar alguns pontos de cada, embora, de fato, seja precipitado fazer qualquer conclusão definitiva.
Sem mais delongas, o The Playoffs comenta pra você o que foi possível observar dentro de alguns dos principais Spring Games realizados no final de semana. Vamos ao que interessa!
Alabama: Há vida sem Amari Cooper
Uma das grandes preocupações de Alabama para a temporada 2015 é como o jogo aéreo funcionará com a saída do wide receiver Amari Cooper, que se elegerá para o Draft. Com Chris Jones e DeAndrew White (os outros recebedores titulares do ano passado) também rumando para a NFL, as incógnitas sobre a posição tornaram-se ainda mais amplas, porém os sophmores ArDarius Stewart e Robert Foster tiveram um ótimo desempenho, mostrando que o jogo deve fluir bem sem Cooper, ainda mais se Stewart, durante a temporada, seguir a demonstrar a confiança que demonstrou com oito recepções para 118 jardas e dois touchdowns.
Na posição de quarterback, ficaram algumas dúvidas. Jogando com os recebedores titulares e encarando a defesa reserva, Jake Cocker não empolgou ao completar 14 de 28 passes e acumulado apenas 183 jardas, um touchdown, além de uma interceptação. Enquanto isso, o freshman David Cornwell sofreu com duas interceptações, mas já evidenciou a potência de seu braço e deu sinais de que pode evoluir ao longo do tempo, contudo, na principal posição do ataque, os Crimson Tides passaram longe de transmitir boas sensações.
Por fim, a defesa de Alabama roubou a cena e mostrou que caminha há passos largos para ser a principal força do time para a temporada. A secundária, que atrapalhou a equipe em partidas decisivas na temporada passada, teve uma grande melhora e permitiu os quarterbacks completarem apenas 46 de 83 passes, cedendo três touchdowns. Já a linha defensiva, mesmo sem os ótimos A’Shawn Robinson e Jonathan Allen, cumpriu muito bem seu papel e deve dar dor de cabeça aos quarterbacks adversários na temporada que está por vir.
Notre Dame: “Dor de cabeça boa” na posição de quarterback
Um dos Spring Games mais aguardados era o de Notre Dame, tudo porque a disputa pela vaga de quarterback titular entre Malik Zaire e Everett Golson prometia fortes emoções e, os dois encarando-se tinha tudo para transmitir impressões sobre quem estaria mais preparado para assumir a titularidade, contudo, a “dor de cabeça boa” sobre o técnico Brian Kelly não cessou, isso porque os dois postulantes a vaga foram muito bem no confronto de sábado.
Ambos jogaram meio tempo cada com o time principal de Notre Dame e trataram de dar mostras de seu talento. Golson completou sete de 15 passes, para 83 jardas e uma interceptação, além de ter corrido 24 jardas e marcado um touchdown com suas pernas, já Zaire completou oito dos 14 passes, conquistando 137 jardas e dois touchdowns, além de outras 40 jardas corridas, evidenciando que não há nada definido por enquanto.
Ohio State: Atual campeão ainda mais forte
O grande destaque do Spring Game do atual campeão nacional ficou por conta das quase 100 mil pessoas que marcaram presença e estas puderam ver uma equipe ainda mais virtuosa do que a do ano passado. A principal dúvida quanto ao time não foi sanada. Cardale Jones comandou um time e a quarta opção, Stephen Collier, o outro. J.T Barrett e Braxton Miller não foram a campo, assim como a grande estrela da companhia, Ezekiel Elliott. No ataque, os olhos se voltavam para Noah Brown e o WR convenceu todas as expectativas ao realizar uma recepção utilizando apenas uma das mãos, se consolidando como um ótimo alvo para Jones, que deverá aproveitar-se também das corridas de Jalin Marshall, outro com atuação segura.
Já a defesa viu o quão eficiente foi o processo de recrutamento concentrado nas posições da linha secundária. Com o safety Erick Smith dando provas de que tem todas as condições para ser uma das grandes estrelas da defesa, e esta foi muito sólida e deve dar ótimas condições para os Buckeyes defender seu título.
Auburn: Em meio a processo de renovação, defesa rouba a cena e é destaque
Depois de ter visto seu ataque perder oito titulares e viver em meio a uma ferrenha disputa pela posição de quarterback titular entre Jeremy Johnson e Nick Marshall, o Spring Game de Auburn prometia ser um dos mais interessantes, por todos esses fatores, mas a defesa do novo coordenador defensivo Will Muschamp roubou a cena e foi o grande destaque da partida ao propiciar poucos avanços e pontuações do ataque.
Vale destacar também a ótima atuação de jovens atletas que farão sua estreia no futebol americano universitário nesta temporada. O wide reciever Myron Burton teve sete recepções para 124 jardas e um touchdown, já dando ótima mostra de seu potencial. Além dele, Michael Sherwood aproveitou-se da lesão do promissor Jonathan Jones para assumir um lugar na defesa e, com sete tackles, mostrar que pode, aos poucos, ganhar um lugar cativo no time.