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Última atualização: 04/12/2024

[PRÉVIA] Final Four 2019 – Virginia x Auburn

Cavaliers chegam como favoritos ao jogo e ao título. Auburn tenta superar mais um favorito

Auburn Virginia March MadnessDepois de torneios regionais insanos, chegou a hora de definir o título do March Madness. Vai começar o Final Four 2019 e com algumas surpresas. Boa parte da torcida, da imprensa, do mundo do basquete esperava ver Duke e Zion Williamson nesta altura do torneio, nada feito. Com os favoritos Blue Devils fora da disputa, para quem sobra este posto? Hora de desvendar os mistérios de uma das semifinais: #1 Virginia contra #5 Auburn.

Após ser protagonista do maior vexame da história de um torneio universitário, quando como cabeça de chave número 1 acabou por ser eliminado por uma número 16 em 2018, Virginia tem a chance de se consagrar. Mantendo praticamente a mesma base da competição passada, os Cavaliers têm grandes chances de se sagrarem campeões. A equipe de Tony Bennett chega como a única número 1 regional neste Final Four.

Por outro lado, o adversário de Virginia talvez seja a grande Cinderela deste campeonato. Superando alguns favoritos, Auburn chega pela primeira vez na história a uma semifinal de March Madness. Mas não se engane facilmente. O time dos Tigers tem uma defesa sólida e conta com dois “baixinhos” que são mortais quando partem para a cesta. A chegada ao Final Four é um feito gigante para Auburn. O time eliminou em sequência as tradicionais e poderosas Kansas, North Carolina e Kentucky, programas tradicionalíssimos do College Basketball.

Hora de entender como este confronto se desenhará. Apontar em que devemos ficar de olho e palpitar sobre quem sairá vitorioso. Porém, depois de um March Madness literalmente louco, qualquer previsão é um mero chute. Vamos às análises:

O JOGO

Turnovers. Não existe palavra melhor para definir o que será esse duelo. De um lado, Auburn é a melhor equipe do país em forçar erros dos adversários. Em todos os jogos do time na temporada, a defesa forçou dois dígitos de turnovers. Foram 39 jogos no total até aqui. Em compensação, do outro lado está Virginia, a equipe que menos concedeu turnovers aos rivais. A média dos Cavaliers por jogo é de apenas nove erros. No confronto contra Purdue, que foi para a prorrogação, o time saiu com míseros cinco erros em todo o embate.

O confronto se desenhará bom para quem mantiver o melhor ritmo. Para Virginia, trabalhar a bola é essencial. A equipe fará de tudo para definir o arremesso na melhor posição possível e gastar bem a posse de bola. A forma como os Cavaliers dominam seus adversários é impondo seu estilo. O oposto vem dos Tigers. Para Auburn, quanto mais rápido definir um ataque melhor. O time quer rapidamente imprimir um forte ataque para poder criar a vantagem necessária e administrar as partidas. Para isso, se utiliza de um fator primordial: as bolas de três pontos.

Os Tigers têm o melhor ataque do March Madness: o time possui uma média de 85,3 pontos por jogo. Durante o torneio, Auburn tentou cerca de 30 bolas de três por jogo, colocando aproximadamente 12 no alvo. Uma das formas para conseguir jogar rápido e arriscar muito de longe, são os steals. Das equipes que restaram no campeonato, Auburn tem a melhor média: 9 por jogo. No total, os Tigers roubaram 47 bolas no March Madness.

Virginia é um verdadeiro antídoto para a fórmula mágica de Auburn. Durante o ano, foi a segunda melhor universidade defendendo os chutes de três pontos. Se a porcentagem das bolas longas dos Tigers é alta, os Cavaliers permitem que apenas 28,7% dessas bolas entrem. Só que um porém acaba surgindo na mente de todos: no jogo contra Purdue, que carimbou a vaga no Final Four, Virginia sofreu com um inspirado Carsen Edwards que encaixou 10 lances de longa distância e quase fizeram com que os Cavaliers ficassem no caminho. É bom abrir os olhos e ajustar os erros para a semifinal.

Em quem ficar de olho?

Pensando no próximo Draft, apenas um atleta aparece com boas chances de sair em escolhas altas: DeAndre Hunter de Virginia já poderia ter ido para a NBA, mas por não ter estado em quadra na derrota do ano passado para UMBC, o ala decidiu retornar. Acredita-se que o atleta apareça até a décima posição da seleção profissional. Outros dois talentos podem aparecer na segunda rodada: Ty Jerome, armador de Virginia e Chuma Okeke, que está fora da partida por Auburn devido a uma lesão.

Ty Jerome (armador, Virginia)

De um lado, DeAndre Hunter é apontado como uma das melhores apostas para o Draft da NBA. Do outro, Kyle Guy tem o papel de brilhar e mostrar o poder de destruir defesas com seus arremessos precisos. Unindo estas duas extremidades, está o armador Ty Jerome. Quando a coisa apertou contra Purdue, no Elite Eight, o armador foi preciso, conduzindo os Cavaliers a prorrogação e posteriormente a vitória.

Extremamente habilidoso, consegue saber a hora certa de atacar a cesta ou quando passar a bola. Além de liderar o time em assistências, Jerome carrega consigo a facilidade em roubar a bola dos rivais, se tornando importante arma para Virginia. Sua inteligência e visão de jogo, acabam sobrepondo a falta de um corpo mais atlético. Sua tranquilidade e liderança em quadra podem ser os fatores que levarão os Cavaliers ao título.

Não deixe de observar: Kyle Guy, DeAndre Hunter e Mamadi Diakite.

Jared Harper (armador, Auburn)

Harper armador de Auburn

É tentador neste momento apontar que Bryce Brown é o cara dos Tigers. O fato é verdadeiro, com o jogador liderando o time em pontos e sendo a chamada número um do ataque. Porém, no duelo contra Kentucky, Jared Harper foi fundamental. Quando a coisa apertou, foi pelas mãos do armador que Auburn conseguiu jogar. Sem Chuma Okeke, fora por uma lesão contraída no March Madness, Harper chamou para si os momentos de responsabilidade no ataque. No Elite Eight contra os Wildcats, anotou 12 de seus 26 pontos somente na prorrogação.

E não se engane achando que o armador apenas parte com tudo para marcar pontos. O jogador soube distribuir bem o jogo contra Kentucky, protagonizando um lance sensacional no fim, numa assistência memorável para Anfernee McLemore. Tem médias de 15,4 pontos por jogo, além de distribuir 5,8 assistências. Se Brown estiver bem marcado pela defesa de Virginia, não tenha dúvidas de que Harper é capaz de surpreender.

Não deixe de observar: Bryce Brown, Anfernee McLemore e Samir Doughty.

Palpite The Playoffs: Auburn tentará a todo custo imprimir um ritmo forte no começo para tentar tranquilizar a partida. Para isso, abusará das bolas de três pontos. Por mais que tenha sofrido contra Purdue neste quesito, numa noite inspirada de Carsen Edwars, a tendência é que Virginia melhore. Se os Cavaliers conseguiram trabalhar em suas lacunas durante a semana e o peso do favoritismo não for um fantasma, é provável que Virginia supere Auburn e vá à decisão nacional, algo que não aconteceu nas duas vezes em que esteve no Final Four (1981 e 1984).

Fotos: Twitter / March Madness
Foto: Twitter / Virginia

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