Nem mesmo grande atuação de Jokic evitou a derrota da seleção sérvia, tida como uma das favoritas ao título
A Arena Berlin, na Alemanha, viveu neste domingo (11) cenas dignas de um roteiro de Hollywood. Sob os olhares espantados de Dirk Nowitzki, a Itália protagonizou a maior zebra do EuroBasket 2022 até o momento. Com direito a uma virada incrível, os italianos bateram a Sérvia por 94 a 86, despachando Nikola Jokic e seus companheiros muito mais cedo que se imaginava. Por falar no Joker, nem mesmo os 32 pontos e 13 rebotes do craque foram suficientes para evitar o desastre sérvio. Vasilije Micic se despediu da competição com mais uma boa atuação, anotando 16 pontos e oito assistências. Nikola Kalinic foi o último sérvio a conseguir dois dígitos em pontuação, com 12. Pelo lado da Itália, um coadjuvante roubou a cena, dando tons ainda mais surreais à jornada vivida nestas oitavas-de-final. Marco Spissu, armador reserva da seleção, teve média de 3,8 pontos durante a fase de grupo. Hoje, o canhoto anotou 22, além de seis assistências e um desempenho excelente nas bolas de três, convertendo seis arremessos em nove tentativas. Foi eleito com justiça o melhor do duelo. O perímetro italiano, por sinal, viveu noite iluminada. Foram 16 bolas de fora, maior marca do torneio até aqui. Nicolo Melli, pivô com passagens pela NBA, conseguiu 21 pontos e seis rebotes. O talentoso Simone Fontecchio, que estreará na liga nesta temporada pelo Utah Jazz, marcou 19 pontos. Achille Polonara foi mais um a passar dos dez pontos, contribuindo com 16. O JOGO Nos primeiros momentos, a Sérvia ditou o ritmo da partida. A estratégia italiana era definir todos as ações ofensivas rapidamente, atacando a todo momento Jokic e o garrafão sérvio. Micic começou bem, assim como Vanja Marinkovic, que converteu duas bolas de três seguidas. Depois de um turnover da Itália, a Sérvia abriu nove pontos e forçou o tempo técnico. Depois da parada, Kalinic anotou uma bela bola de três e sofreu a falta. A jogada de quatro pontos ajudou a aumentar a vantagem, que chegou a dez. Do outro lado da quadra, Melli era o ponto central do ataque italiano, muito utilizado no pick’n pop, jogada em que o pivô se posiciona para o bloqueio no corta luz e volta para o perímetro, ao invés de bater em direção à cesta. O placar dos primeiros dez minutos foi de 28 a 20 pra Sérvia, e o começo do segundo quarto pareceu definitivo para uma possível vitória do país dos Balcãs. As duas seleções conseguiam rebotes ofensivos, mas os sérvios tinham aproveitamento muito melhor visto que a segunda chance caía frequentemente nas mãos de Jokic. Depois de um erro de marcação da Itália, uma bola de três da zona morta garantiu vantagem de 14 pontos a Sérvia. Melli respondeu rápido com duas bolas do perímetro seguidas, diminuindo o prejuízo. Jokic seguia dominante, conseguindo dois rebotes ofensivos em uma única jogada para converter os dois pontos. Fontecchio apareceu de vez para a partida com jogada de cesta e falta, seguida de uma bola de três para diminuir a desvantagem para seis pontos. A Itália continuava tendo sucesso quando atacava com velocidade, e o ataque dinâmico dos italianos, com muitos passes e poucos dribles, causava dificuldade à boa defesa Sérvia. Era a hora de Micic chamar a responsabilidade. Com uma linda bandeja, o armador esfriou por um curto período a reação adversária. Spissu mostrou seu cartão de visitas com a primeira das seis bolas de fora dele no jogo, e Fontecchio também converteu mais uma para deixar o jogo em três pontos. A ausência de Jokic deixava os italianos confortáveis em quadra, e coube mais uma vez a Micic o trabalho de aumentar a vantagem. Com um stepback impressionante, o camisa 22 deixou o placar do segundo quarto em 51 a 45 para os sérvios. No intervalo, o Joker já era o cestinha do confronto, com 19 pontos, enquanto Melli e Fontecchio anotavam 13 cada. O terceiro quarto foi o ponto de virada em Berlim. A Sérvia voltou com duas bolas de três seguidas, mas, do outro lado, a Azzurra também mantinha um alto aproveitamento nos arremessos. Com velocidade impressionante no contra-ataque, Fontecchio derrubou mais uma bola de três depois de um turnover de Jokic. No entanto, sempre que a Itália encostava no placar, Micic aparecia para dar fôlego aos sérvios. Já na metade do quarto, uma cena inusitada (que pareceu mudar o curso do jogo) aconteceu. O técnico da seleção italiana, Gianmarco Pozzecco, conhecido pelo temperamento forte, foi expulso depois de sua segunda falta técnica. Emocionado, o comandante deixou a quadra chorando e cumprimentou todos os jogadores e comissão técnica adversária. A cena da expulsão de Pozzecco inflou os ânimos dos jogadores italianos, especialmente de Spissu. Nas jogadas seguintes ao ocorrido, o armador matou três bolas do perímetro seguidas e virou o jogo para a Itália. Era a primeira liderança da Azzurra desde o terceiro minuto do quarto inicial. Jokic fez com que os sérvios retomassem a liderança, mas o momento era todo da Itália. As águias foram para o último quarto com a liderança, por 68 a 66, mas os 12 pontos de Spissu no quarto marcavam apenas o início da remontada. No quarto derradeiro, o técnico Svetislav Pešić tomou uma decisão arriscada. Como nos jogos anteriores, o treinador optou por começar com Jokic no banco. A Itália aproveitou, mais uma vez com Spissu. O camisa zero converteu uma bola de três e chegou aos 18 pontos. Melli conseguiu um rebote ofensivo e também marcou. Os sérvios pareciam emocionalmente abalados, e não demorou para que os adversários abrissem vantagem. Spissu, mais uma vez, acertou uma bola de três e, depois de cinco pontos consecutivos de Polonara, a Itália se via doze pontos à frente no placar. Apática, a Sérvia não encontrava formas de parar o ataque italiano, e colocava os jogadores na linha de lance livre por todo o tempo. Os minutos finais da partida guardariam ainda pitadas de drama, com a ejeção dos dois principais pivôs da Azzurra: Melli e Giampaolo Ricci. Porém, quando as águias ameaçaram encostar no placar, Fontecchio resolveu acabar com o sonho sérvio. Em grande jogada individual, o ala roubou a bola de Jokic, cruzou a quadra e, desequilibrado, converteu a bandeja e sofreu a falta. Depois do apito final, os jogadores italianos correram para fora da quadra para abraçar o técnico Pozzecco, principal personagem do duelo. E AGORA? Enquanto os sérvios fazem as malas e se despedem da competição, a Itália terá outro desafio pela frente, desta vez diante da França. O jogo, válido pelas quartas-de-final, acontece na quarta-feira (14). Foto: Divulgação/FIBA
Mineiro, jornalista e completamente viciado em futebol e basquete. Começou a se interessar pelo basquete assistindo vídeos de Allen Iverson e Tony Parker, mas se apaixonou de vez pelo esporte e pelo Dallas Mavericks de Dirk Nowitzki em 2008. Tem também um carinho especial por NHL e NFL, onde é torcedor do Los Angeles Kings e do New Orleans Saints.
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