A história de Vitor Hugo vai muito além do futebol. Antes de se tornar zagueiro de grandes clubes e desembarcar no Atlético Mineiro, ele vendeu sorvetes, trabalhou em funilaria e colheu algodão no interior do Paraná. Agora, aos 32 anos, o defensor chega ao Galo com a missão de fortalecer o sistema defensivo e reencontrar o técnico Cuca, com quem fez história no Palmeiras.
O novo reforço do Atlético viveu uma infância repleta de desafios. Criado em Guaraci, no interior paranaense, Vitor Hugo teve de trabalhar cedo para ajudar a família. Nesse sentido, entre os serviços que desempenhou, um deles marcou sua juventude: vender sorvete pelas ruas da cidade.
“Saía com o carrinho gritando ‘Soooorveeeete!’, e a galera já chamava: ‘Vitão, chega aqui!’. No melhor dia, vendi tudo e fiz R$ 50, que na época era uma fortuna pra mim”, contou o zagueiro em entrevista à R7 Esportes.
Portanto, ao conciliar o trabalho com a paixão pelo futebol, a transição para a vida profissional não foi fácil. Antes de se consolidar na zaga, entretanto, atuou como atacante até os 17 anos.
O nome de Vitor Hugo começou a ganhar força no América-MG, onde teve boas atuações na Série B. O desempenho chamou a atenção do Palmeiras, clube pelo qual conquistou a Copa do Brasil (2015) e o Brasileirão (2016).
Foi no alviverde que protagonizou um dos momentos mais marcantes de sua carreira: um golaço de bicicleta na vitória sobre o São Bernardo, em 2015. O lance viralizou e ajudou a consolidar a reputação como zagueiro de qualidade técnica.
Depois disso, Vitor Hugo seguiu para a Europa, onde defendeu o Fiorentina (ITA) e o Trabzonspor (TUR), e também levantou troféus. Além disso, o defensor retornou ao Brasil para jogar no Bahia antes de uma breve passagem pelo Panathinaikos (GRE).
Agora, no Atlético, Vitor Hugo chega para brigar por espaço em um setor já competitivo, que já conta com Lyanco, Junior Alonso, Igor Rabello e Rômulo. A contratação foi um pedido especial de Cuca, com quem trabalhou no Palmeiras e, logo, construiu uma relação de confiança.
