Após a vitória do Palmeiras sobre o São Bernardo, por 3 a 0, no último sábado (1), Abel Ferreira trouxe à tona a questão do ‘calote’ nos pagamentos de transferências entre clubes. Em um desabafo durante a coletiva, o treinador expressou sua insatisfação com a postura de alguns clubes brasileiros, que dificultam o cumprimento das obrigações financeiras com o Palmeiras, algo que não ocorre da mesma forma com os clubes europeus, que, segundo ele, mantêm uma abordagem mais profissional e respeitosa.
Abel destacou que, enquanto as equipes do velho continente tratam o Palmeiras como um parceiro de igual para igual no mercado, no Brasil as negociações são complicadas e carecem de uma verdadeira colaboração entre os clubes.
“Para um treinador, é um orgulho estar num clube que negocia com Chelsea, City, Real Madrid, Barcelona… É sinal que são parceiros, que respeitam e confiam no Palmeiras. Ao contrário do que fazem alguns clubes brasileiros, com quem não conseguimos negociar. Eles nos devem dinheiro e não conseguimos negociar com eles. É isso que é uma pena: não criarmos uma parceria para que todos consigam pagar suas dívidas. Muitas vezes eles não querem negociar jogadores conosco, e nem pagam o que nos devem.”, afirma.
Embora Abel Ferreira não tenha mencionado nomes específicos, suas declarações deixaram claro o desafio que o Verdão enfrenta ao negociar com clubes brasileiros, tendo o exemplo do caso com o Internacional. O clube gaúcho, com dívida pela compra de Bruno Tabata, acordou em negociar o atacante Wanderson, que era monitorado pela equipe paulista, como forma de quitar o débito. No entanto, o Colorado exigiu uma compensação financeira, o que o Alviverde rejeitou. Wanderson acabou sendo negociado com o Cruzeiro, em termos semelhantes, mas com o perdão da dívida de Wesley.
Ao todo, o Palmeiras realizou seis contratações em 2025, sendo apenas duas envolvendo times do Brasil. São elas: Paulinho e Bruno Fuchs, ex-Atlético-MG, Micael, ex- Houston Dynamo, dos Estados Unidos, Emiliano Martinez, ex-Midtjylland, da Dinamarca e os atacante, Facundo Torres, ex-Orlando City, também dos Estados Unidos e Vitor Roque, ex-Betis e Barcelona.
