Quatro jogadores da NHL são acusados de violência sexual em caso de 2018

Quatro jogadores da NHL e um ex-jogador da NHL estão enfrentando acusações de agressão sexual no Canadá em conexão com alegações de 2018, disseram seus advogados nesta terça-feira (30) – um novo desenvolvimento em um caso que envolveu o órgão regulador do hóquei nacional do Canadá em polêmica.

As acusações referem-se à acusação de uma mulher de que vários membros da seleção mundial júnior de hóquei do Canadá a agrediram sexualmente em Londres, Ontário, em 2018. Todos os cinco jogadores acusados eram membros dessa equipe na época.

Um dos jogadores acusados, o ex-atacante do Ottawa Senators Alex Formenton, que agora joga profissionalmente na Suíça, entregou-se à polícia em Londres no domingo (28), disse sua equipe jurídica. Os outros que enfrentam acusações, de acordo com seus advogados ou seus clubes, incluem Mike McLeod, center do New Jersey Devils; O defensor do Devils, Cal Foote; o goleiro do Philadelphia Flyers, Carter Hart; e o center do Calgary Flames, Dillon Dube. Os atuais jogadores da NHL foram instruídos a se render às autoridades em conexão com as acusações, disse a polícia de Londres.

O caso atraiu ampla atenção em maio de 2022, quando a emissora canadense TSN relatou que a mulher havia resolvido uma ação judicial que havia movido contra a Hockey Canada, federação de hockey do país, e membros da equipe júnior por causa das acusações de agressão. Seguiu-se uma série de desenvolvimentos, incluindo audiências parlamentares em junho de 2022 sobre a forma como o Hockey Canada lidou com o caso e anúncios de julho de 2022 de que a polícia de Londres e o Hockey Canada reabririam as suas investigações.

Todos os cinco jogadores não atuam por seus respectivos times nos últimos dez dias. Seus agentes também não falaram publicamente, desde então.

A polícia de Londres marcou uma entrevista coletiva para segunda-feira (29) para abordar a situação. Um porta-voz da polícia disse à AP por e-mail que nenhuma atualização sobre a investigação será fornecida antes da entrevista coletiva.

A Hockey Canada havia resolvido um processo com uma mulher que disse ter sido abusada sexualmente por oito membros daquele time vencedor da medalha de ouro após uma festa de gala para arrecadação de fundos da Fundação Hockey Canada.

De acordo com documentos judiciais, a mulher, então, com 20 anos, alegou que um homem, identificado apenas como “John Doe #1”, a levou de um bar para um quarto de hotel e convidou outras sete pessoas para o quarto para realizar atos sexuais não revelados, intimidando-a ela e impedindo-a de sair. A mulher disse que no processo os homens a orientaram a tomar banho e pediram que ela dissesse em vídeo que estava sóbria.

A mulher pediu US$ 3,55 milhões em indenização e desistiu do processo depois de chegar a um acordo com a Hockey Canada.

A NHL abriu sua própria investigação em 2022 e se comprometeu a tornar públicas essas descobertas. O vice-comissário Bill Daly disse na semana passada que a liga emitiria uma declaração se e quando fosse apropriado.

Os advogados que representam Formenton, Hart, McLeod, Foote e Dube disseram na terça-feira que cada jogador foi acusado de agressão sexual pela polícia em Londres, Ontário. Eles negaram qualquer irregularidade em nome de seus clientes.

Formenton “defenderá vigorosamente sua inocência e pedirá que as pessoas não se apressem em julgar sem ouvir todas as evidências”, disseram seus advogados, Daniel Brown e Lindsay Board, em um comunicado. Formenton, que jogou pelos Senators em 2017, tirou licença por tempo indeterminado do clube suíço de hóquei Ambri-Piotta na semana passada.

McLeod “nega qualquer irregularidade criminal”, disseram seus advogados, David Humphrey e Seth Weinstein, em comunicado. “Ele se declarará inocente e defenderá vigorosamente o caso”.

Foote “É inocente da acusação e se defenderá dessa alegação para limpar seu nome”, disse um advogado de Foote. “O que é mais crítico neste momento é a presunção de inocência e o direito a um julgamento justo a que todos no Canadá têm direito.”

Hart “é inocente e fornecerá uma resposta completa a esta falsa alegação no fórum apropriado, um tribunal”, disseram seus advogados Riaz Sayani e Megan Savard, em um comunicado conjunto.

Dube “se declarará inocente e manterá sua inocência” e “defenderá as acusações no tribunal”, disseram seus advogados, Louis P. Strezos e Kaleigh Davidson, em um comunicado.

As franquias dos jogadores envolvidos também publicaram notas sobre o caso envolvendo seus atletas.

Os Flames estão “cientes da acusação de agressão sexual que foi feita contra Dillon Dube”, disse o clube na terça-feira (30). “Levamos este assunto muito a sério. Como o assunto está agora pendente de procedimentos legais, não teremos mais comentários neste momento.”

Calgary publicou em 21 de janeiro que Dube “recebeu licença por tempo indeterminado da equipe enquanto cuida de sua saúde mental”. Na terça-feira (30), o time disse que “não tinha conhecimento das acusações pendentes no momento em que o pedido de licença de Dillon foi concedido”.

Os Devils, para quem McLeod e Foote jogam, estão “cientes dos relatórios” e “foram instruídos a encaminhar todas as perguntas sobre isso para a liga”, disse o time à CNN na terça-feira (30).

Os Flyers disseram que Hart solicitou e obteve licença por motivos pessoais. O genral manager, Daniel Briere, se recusou a fornecer detalhes quando questionado sobre a saída do goleiro número 1, de 25 anos.

“Responderemos adequadamente quando os resultados das investigações forem tornados públicos”, disse Briere.

Foto: NHL.com/Divulgação