Jogadores anônimos denunciaram atitudes do head coach do Columbus Blue Jackets
Mike Babcock, head coach do Columbus Blue Jackets, negou acusações feitas em um podcast nesta terça-feira (12). A denúncia, feita por jogadores anônimos, é de que Babcock forçou os atletas a mostrar fotos em seus telefones e as projetou em uma tela maior.
Paul Bissonnette, ex-jogador da NHL e atual analista de TV e apresentador do Spittin’ Chiclets, disse ter recebido informações de um jogador anônimo sobre Babcock ter agido assim anteriormente e uma conversa recente, com o head coach já nos Jackets.
“Este jogador que me mandou mensagem disse que tem cerca de 20 histórias exatamente como a que estou prestes a contar. [Babcock] chamou jogadores de seu time e disse: ‘Deixe-me ver seu telefone e suas fotos. Eu quero ver quem você é como pessoa'”, disse Bissonnette, no episódio de terça-feira (12).
“Então, no passado, os jogadores, obviamente, entregaram seus telefones, eles o conectam – acho que o treinador de vídeo o conecta – e então o exibem em uma tela plana e ele passa pelo rolo da câmera do seu telefone”.
Bissonnette comentou que uma das primeiras coisas que o head coach fez ao chegar em Columbus foi pedir a Boone Jenner, o capitão do time, que mostrasse seu telefone.
Mais tarde, na terça-feira (12), Babcock admitiu ter solicitado fotos aos jogadores, mas negou que tenha acontecido da forma descrita no podcast.
“Durante a reunião com nossos jogadores e equipe, pedi-lhes que compartilhassem, por meio de seus telefones, fotos de família como parte do processo de conhecê-los melhor”, disse em comunicado. “Não havia absolutamente nada mais do que isso”.
“A forma como isso foi retratado no podcast Spittin’ Chiclets foi uma deturpação grosseira dessas reuniões e extremamente ofensiva. Esses encontros foram muito importantes e benéficos, não só para mim, mas também para nossos atletas e equipe, e tê-los retratados dessa forma é irresponsável e completamente impreciso”.
Jenner saiu em defesa de Babcock, dizendo que fotos das famílias foram pedidas e trocadas entre jogadores e técnico. Além disso, o capitão caracterizou a reunião como positiva.
“Durante a reunião com Babs, ele me perguntou sobre minha família e de onde eu sou, meu próximo casamento e coisas relacionadas ao hóquei”, disse em um comunicado de sua autoria. “Ele, então, perguntou se eu tinha fotos da minha família e fiquei feliz em compartilhar algumas com ele. Ele me mostrou fotos da família dele”.
“Achei que foi um ótimo primeiro encontro e uma boa maneira de começarmos a construir um relacionamento. Ver isso fora de proporção é realmente decepcionante”.
Bill Daly, vice-comissário da NHL, confirmou que tanto a liga quando a NHLPA investigaram o assunto. Daly disse que as alegações do podcaster não batem com o que os atletas estão falando para a associação dos jogadores e acrescentou que nenhum deles sentiu que suas interações com Babcock foram inadequadas.
Essa não é a primeira vez que acusam Babcock de humilhar jogadores. Em 2019, Mitchell Marner disse que quando era novato no Toronto Maple Leafs, o head coach pediu que ele classificasse seus companheiros de equipe com base na ética de trabalho e posteriormente compartilhou a lista feita por Marner com a equipe.
Chris Chelios afirmou, também em 2019, no Spittin’ Chiclets, que Babcock repreendeu Johan Franzen a ponto de o atacante do Detroit Red Wings ter um colapso nervoso durante os playoffs de 2012.
(Foto: NHL.com)