Jogada conhecida por causar diversas lesões será punida com 15 jardas e first down automático
O comitê de competição da NFL aprovou por unanimidade o banimento do tackle ‘’hip-drop’’, nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada por Ian Rapoport, da NFL Network.
Para identificação da falta, a arbitragem deverá analisar se o defensor ‘’desequilibra-se girando e abaixando os quadris e/ou a parte inferior do corpo, pousando e prendendo a(s) perna(s) do corredor no joelho ou abaixo dele’’.
De acordo com o texto, faltas marcadas pelo lance ilegal resultarão em uma punição de 15 jardas e um first down automático para o ataque. Durante o anúncio da regra, a liga reproduziu uma montagem com lances em que a nova falta poderia ser marcada.
So what is the now banned hip drop tackle? The NFL put together a video montage. pic.twitter.com/Fc5wLl8xDh
— Adam Beasley (@AdamHBeasley) March 25, 2024
Na última semana, o vice-presidente executivo da NFL, Troy Vincent, implicou que a mudança na norma poderia acarretar em punições semelhantes às utilizadas para a regra de ‘’uso do capacete’’, que usualmente pune os infratores com cartas de aviso e multas nas semanas seguintes ao jogo.
O banimento do tackle ‘’hip-drop’’ foi muito discutido durante a temporada regular de 2023. A jogada é conhecida por causar lesões facilmente nos jogadores de ataque, com estudos indicando que a ocorrência deste formato de investida possui uma taxa de contusões 25 vezes maior em relação aos outros tipos, segundo Jori Epstein, do Yahoo Sports.
No ano passado, o tight end Mark Andrews, do Baltimore Ravens, foi um dos nomes que se machucaram por conta da jogada. O jogador foi parado por Logan Wilson, do Cincinnati Bengals, com um tackle ”hip-drop”, sofrendo uma fratura na fíbula e lesionando o tornozelo. O atleta desfalcou sua equipe por sete partidas e só retornou na final da Conferência Americana, em que acabou derrotado para o Kansas City Chiefs.
Apesar dos riscos, a Associação de Jogadores da NFL (NFLPA) e antigos atletas foram contra a proibição. Em comunicado publicado nas redes sociais, a entidade argumentou que a norma causaria confusão entre os jogadores, técnicos, árbitros e fãs.
(Foto: Reprodução X / Around The NFL)