Ex-analista de Georgia processa Jalen Carter e a universidade

Victoria Bowles, ex-analista de recrutamento da Universidade de Georgia, processou a instituição de ensino e também o defensive tackle Jalen Carter, atualmente no Philadelphia Eagles. A ação foi protocolada nesta quarta-feira (12).

Bowles foi uma das vítimas do acidente automotivo ocorrido no dia 15 de janeiro deste ano, horas após a conquista do bicampeonato nacional universitário por Georgia. A ex-analista era passageira do carro envolvido em uma colisão fatal contra uma árvore. O offensive tackle Devin Willock e a analista de recrutamento Chandler LeCroy, que dirigia o carro, faleceram em decorrência do acidente. Jalen Carter estava ao volante de outro carro que, segundo as investigações, participava de um racha com o veículo acidentado.

Bowles alega que houve imprudência da Universidade de Georgia ao permitir que LeCroy dirigisse um dos carros alugados em nome da instituição. Os advogados da vítima afirmam que LeCroy sabidamente possuía diversas infrações por excesso de velocidade, e também por dirigir embriagada.

Embora a universidade tenha alegado que LeCroy dirigia o carro sem autorização da instituição, os advogados de Bowles contestam a afirmação. No processo, a acusação afirma que há “inúmeras mensagens de texto” para comprovar que a universidade havia autorizado a funcionária a dirigir o veículo. Além disso, Bowles afirma que ouviu a própria LeCroy confirmar, no dia do acidente, que possuía autorização para dirigir os carros alugados pela universidade.

De acordo com a investigação do acidente, citada no processo, LeCroy dirigia o carro a 166,72 km/h no momento da colisão. A polícia detectou uma concentração de 19,7% de álcool no sangue de LeCroy, duas vezes e meia acima do permitido pela legislação de Georgia.

Já Carter é acusado de ter deixado a cena do acidente sem prestar assistência. Conforme determinado pela investigação policial, o defensive tackle dirigia o outro veículo que disputava uma corrida de rua contra o carro de LeCroy. Os advogados de Bowles alegam que Carter fugiu “obviamente com medo da repercussão negativa e do efeito no Draft”.

Os advogados de Bowles exigem US$ 170 mil como compensação pelas lesões, possivelmente permanentes, sofridas pela cliente. No processo, os advogados listam “três fraturas na região lombar; cinco vértebras fraturadas; 10 costelas quebradas; uma clavícula quebrada; dentes quebrados; lesões no fígado e nos rins e sangramento abdominal, além de uma perfuração que causou colapso de um pulmão.

Carter chegou a ser preso posteriormente, e acabou sentenciado a um ano de liberdade condicional pelo envolvimento no acidente. A condenação, junto a outros problemas fora de campo, contribuiu para a queda do jogador na ordem do Draft. Jalen Carter foi selecionado pelo Philadelphia Eagles com a nona escolha geral.

(Foto: Reprodução Twitter / Around The NFL)