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6 de dezembro de 2023 - 19:00

PRÉVIA: Los Angeles Lakers x New Orleans Pelicans (Semifinal Torneio In-Season)

Lakers e Pelicans se enfrentam pela primeira vez na temporada em semifinal do Torneio In-Season

LeBron James - Los Angeles LakersNa sequência da primeira semifinal do Torneio In-Season, entre Milwaukee Bucks e Indiana Pacers, o Los Angeles Lakers encara o New Orleans Pelicans nesta quinta-feira (7), na T-Mobile Arena, em Las Vegas, no outro jogo que definirá a grande final do primeiro torneio de meio de temporada da história da NBA.

Melhor time entre todos os oito classificados para as quartas de final, no critério de desempate, os Lakers passaram invictos por Grizzlies, Trail Blazers, Jazz e Suns na fase de grupos, antes de bater os Suns novamente, agora nas quartas, nesta terça-feira (5). Por outro lado, os Pelicans foram a segunda pior equipe a se classificar para as quartas, também no critério de desempate, com vitórias sobre Clippers, Mavericks e Nuggets e derrota para os Rockets na fase de grupos. Nas quartas, vitória fora de casa contra os Kings para chegarem à semi.

Depois de início com tabelas difíceis e derrotas empilhadas, as duas equipes vivem boas fases na temporada regular. Os Lakers são o quinto melhor mandante da NBA (9-2) e vêm de dez vitórias nos últimos 14 jogos, o que fez com que a franquia escalasse a tabela da Conferência Oeste para estacionar na quarta posição. Os Pelicans vêm de oito vitórias nas últimas 12 partidas e, por mais que não tenha conseguido ganhar posições na tabela, está apenas um jogo atrás dos Lakers, ainda que na oitava colocação.

Acompanhe aqui mais uma prévia do The Playoffs!

Foto: Reprodução Twitter / Los Angeles Lakers

LAKERS X PELICANS: COMO CHEGAM

Se os Lakers têm 13 vitórias em 22 jogos e está a 3,5 jogos de distância do líder do Oeste, Minnesota Timberwolves, eles devem isso à defesa. A franquia tem a nona melhor defesa de toda a liga até aqui (índice defensivo de 111,4 pontos a cada 100 posses), sendo a segunda melhor nos últimos dez jogos, intervalo que o time cresceu na tabela, com excelente índice de 108,7. E deve tudo à defesa, porque o ataque é o sétimo pior da liga (índice ofensivo de 110,6), seguindo com a enorme dificuldade de pontuar a partir de bolas de três (29,5 tentativas por jogo é a pior marca da liga e o aproveitamento de 33,5% é o segundo pior) da última temporada.

Prestes a completar 39 anos de idade, LeBron James é o cestinha da equipe, contribuindo com 24,7 pontos (38,7% de aproveitamento nas bolas de três, segunda maior marca da carreira), além de 7,6 rebotes, 6,6 assistências e 1,5 roubo. Atrás dele, Anthony Davis tem temporada boa e, até aqui, saudável, com médias de 23,0 pontos, 12,6 rebotes e 2,8 tocos. D’Angelo Russell completa o pódio de pontuadores com 16,7 pontos e ótimos 40,5% de aproveitamento em arremessos de três.

Após um começo negativo de seis derrotas nos primeiros dez jogos, os Pelicans engataram oito vitórias nos 12 jogos seguintes. Com grande volume em pontos de contra ataque (14,8 é a décima melhor média) e dentro do garrafão (52,5 é o nono), a franquia construiu um ataque que já foi top 10 no ano, mas que agora é o 14º da NBA (índice ofensivo de 114,2). O time é equilibrado e, do outro lado da quadra, a defesa, que também já chegou a integrar o top 10, faz papel decente com índice defensivo de 112,8 (15ª). A impressão que se tem é que os Pelicans é de fato uma equipe de meio de tabela, o que, na teoria, se traduziria na briga por playoffs diretos em que, realmente, estão no momento.

Com o retorno de C.J. McCollum a equipe evoluiu ofensivamente e é uma as únicas com três jogadores possuindo 20 pontos ou mais de média. Brandon Ingram lidera o elenco com 23,7 pontos, além de 5,3 rebotes e 5,3 assistências. Pouco atrás, Zion Williamson tem números parecidos, com 22,7 pontos (aproveitamento de 56,9% nos arremessos de quadra), 5,8 rebotes e 4,9 assistências. McCollum fecha o trio com médias de 20,7 pontos e seis assistências.

Ambas as equipes não contam com desfalques sérios e recentes. Os Lakers seguem sem contar com Gabe Vincent e Larry Nance Jr. reagravou uma lesão na costela, porém não deve ser uma perda sentida para os Pelicans, já que vinha com poucos minutos.

O CONFRONTO

Zion Williamson - New Orleans Pelicans

Se tem um aspecto que deverá ser dominante nesta partida é o jogo de garrafão. Liderados por LeBron e Davis, os Lakers tem a sexta maior média de pontos dentro do garrafão da liga (54,8), a qual contribui e muito para o ataque angelino, o qual foge, e muito, das bolas de três (56,1% dos pontos dos Lakers são em bolas de dois, terceira marca da liga). Do outro lado, o jogo é o mesmo. Com Zion à frente (17,7 pontos por jogo no garrafão, segundo da liga), o ataque dos Pelicans é o nono em pontos dentro da área pintada (52,5), em um jogo que também privilegia uma pontuação de dois em dois pontos.

Não só os Lakers são avessos às bolas de três, mas os Pelicans também. Os californianos realmente ocupam o fundo do poço na questão, sendo os que menos tentam arremessos de fora (29,5) e antepenúltimos em aproveitamento (33,5%), mas a equipe de New Orleans não deve muita coisa. Os Pelicans estão em quarto entre os que menos tentam bolas de três (30,7), ainda que o aproveitamento não esteja entre os piores da liga (35,7%).

Para o jogo, será interessante ver quem consegue se sobressair no assunto, caso insistam nesse jogo confortável para ambos, em um embate que deve colocar frente a frente LeBron e Davis contra Zion e Jonas Valanciunas. Caso os Pelicans tentem encontrar caminho pelas bolas de três, pode ser uma saída a se notar, já que os Lakers são o quinto time que mais cede arremessos de três aos adversários (37,8), permitindo 36,5% de aproveitamento a eles. Apesar de Matty Ryan não estar disponível, melhor arremessador de fora da equipe na temporada, Jose Alvarado, Naji Marshall, Trey Murphy e Jordan Hawkins têm, todos, aproveitamento acima de 37%.

Uma variável que, às vezes, pode passar despercebida, mas que pode fazer a diferença são os lances livres, ainda mais no caso das equipes envolvidas. Lakers (25,6) e Pelicans (25,5) são a quinta e a sexta equipes que mais cobram lances livres na liga, porém contam com baixos aproveitamentos de 77,1% e 75,9%, também muito próximos. Como a contribuição desse tipo de arremesso é relevante para a pontuação de ambos, um melhor dia contra um pior dia pode fazer a diferença necessária para a vitória.

Ao passo que limitar o forte jogo de garrafão do adversário seja um fator chave para a vitória, a atenção em pequenos detalhes ofensivos e a possibilidade de uma incursão por um aspecto do ataque que, embora não seja tão explorado, está longe de ser ineficiente, como as bolas de três dos Pelicans, podem fazer com que a vitória se desenhe de um dos lados se desenhe.

Foto: Reprodução Twitter / New Orleans Pelicans

RETROSPECTO

As equipes ainda não se enfrentaram na atual temporada. Depois do jogo de semifinal, o próximo confronto é no dia 31 de dezembro, em Nova Orleans.

PALPITE: LAKERS

Ambos os times vivem boas fases depois de um início turbulento. A quadra pode até ser neutra em Las Vegas, mas a torcida dos Lakers deverá fazer o ginásio chegar perto da Crypto.com Arena. Contra um time muito mais experiente em situações de decisão, os Pelicans terão que fazer um de seus melhores jogos da temporada para conseguir superar o time de Los Angeles. A equipe tem alguns trunfos que podem ser explorados a fim de expor mais a defesa dos Lakers, mas a pouca margem para erro deverá pesar em seu desfavor.

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