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10 de outubro de 2024 - 07:00

Indiana Pacers: Prévia NBA 2024-25

Atual finalista da Conferência Leste, equipe quer surpreender novamente com ataque fulminante

O Indiana Pacers deu um passo maior que a própria perna na última temporada, ao chegar nas finais da Conferência Leste. Não que isso tenha sido um problema, já que foi a primeira vez que a franquia alcançou o feito desde 2014. 

Os Pacers, inclusive, foram, possivelmente, a equipe que mais deu trabalho ao campeão Boston Celtics. Apesar de terem sido varridos, três dos quatro jogos terminaram decididos por cinco pontos ou menos. Agora, com a base de seu elenco mantida, Indiana tenta manter a constância em um fortalecido Leste.

O que esperar do Indiana Pacers nesta temporada?

Mesmo ao fim da temporada regular, quando escapou por pouco do Play-In ao se classificar na sexta posição, os Pacers não figuravam entre os favoritos para chegar à decisão da Conferência Leste nos playoffs.

Obviamente, avançou nas séries anteriores por seu próprio mérito. No entanto, contou também com uma pitada de sorte. Na primeira rodada, enfrentou um Milwaukee Bucks sem Giannis Antetokounmpo, e que perderia também Damian Lillard ao longo dos duelos.

Em seguida, eliminou o New York Knicks, atormentado por lesões de jogadores importantes. Nada que diminua a atuação incrível da equipe de Indianapolis no jogo 7, em um Madison Square Garden lotado.

Apesar de não ter sido brilhante na pós-temporada, especialmente contra os Celtics, Tyrese Haliburton foi o melhor jogador do elenco. O armador se transformou em um dos melhores criadores de jogadas da NBA, liderando a liga na média de assistências (10,9) na temporada regular, e tendo a segunda melhor marca de pontos do time (20,1).

Recebeu sua segunda seleção consecutiva para o All-Star Game, e fez parte do terceiro time ideal da temporada. O desempenho incrível, no entanto, foi prejudicado por lesões musculares, que o tiraram do decisivo jogo 4 da série contra Boston, e atrapalharam sua performance ainda na temporada regular. Halliburton sofreu com dores mesmo durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, quando fez parte do elenco que conquistou a medalha de ouro.

A chegada de Pascal Siakam, em janeiro, foi determinante para o sucesso do Indiana Pacers. O ex-Toronto Raptors liderou a equipe em pontos por jogo (21,3), registrando ainda 7,8 rebotes. A dupla foi grande responsável pela marca de segundo melhor ataque da temporada, com rating ofensivo (pontos a cada 100 posses de bola) de 120,5, atrás apenas de Boston. 

A unidade ofensiva, por sinal, foi o grande trunfo do time. Liderada por seu armador titular, teve a sexta maior porcentagem de assistências (65,4%). Não dependente das bolas de três pontos, quesito em que ficou pouco acima média da liga, teve 54,9% dos pontos anotados vindo de bolas de dois pontos (segunda maior marca), com a maior média de pontos (123,3) melhor aproveitamento de arremessos de quadra (50,7%), maior média de pontos no garrafão (57,9) e a quarta em pontos no contra-ataque (16,6).

Como costuma acontecer em times comandados pelo treinador Rick Carlisle nos últimos anos, se o ataque foi excelente, a defesa foi pavorosa. Teve o sétimo pior rating defensivo (pontos sofridos a cada 100 posses de bola), com 117,6. Disparado o mais alto entre as equipes que se classificaram para os playoffs.

Além disso, cedeu o maior número de pontos no garrafão (58,4) e aproveitamento de arremessos (49,6) aos adversários, e também a quarta maior média de pontos por jogo (120,2). Como se não bastasse, foi a unidade mais faltosa da liga, com média de 26 lances livres concedidos por partida.

Nem tudo foi tão trágico, no entanto. Indiana teve a defesa que menos cedeu bolas de três aos adversários, com média de apenas 10,7. A estratégia de Carlisle foi evidente: abrir espaços no garrafão e limitar as bolas do perímetro. Em alguns momentos, foi bem sucedida, e talvez tenha sido esse o motivo dos jogos apertados contra Boston nos playoffs, já que os celtas se sobressaem nas bolas triplas.

Por outro lado, em outras ocasiões, tornou-se devastadora. Como por exemplo diante do Los Angeles Lakers, na final da primeira edição da Copa da NBA. Fato é que o Indiana Pacers sofreu com sua defesa, o que pode explicar também a alta rotação entre os quintetos titulares utilizados.

Com exceção de Haliburton, Myles Turner e, obviamente, Siakam (que chegou na metade final da temporada regular), nenhum jogador iniciou mais de 47 partidas. Na pós-temporada, contudo, o cenário foi diferente. Carlisle encontrou em Aaron Nesmith e Andrew Nembhard suas opções mais sólidas para a formação inicial.

Nesmith, por sinal, se tornou o principal defensor de perímetro da equipe. Sempre responsável por marcar a primeira opção ofensiva adversária, fez ótimo trabalho, especialmente nos playoffs. Teve ainda o segundo melhor aproveitamento do perímetro da equipe na temporada regular, com 41,9%. Nos playoffs, entretanto, esse índice caiu para um péssimo 27,8%. Se conseguir maior regularidade, deve se consolidar como titular e ser importante na função de espaçamento da quadra.

Assim como o companheiro, Nembhard também se provou um defensor competente. Ao contrário de Nesmith, contudo, teve excelentes momentos também no ataque durante os playoffs, com média de 48,3% (!) de aproveitamento nas bolas triplas. 

Diante do sucesso conquistado na última campanha, o Indiana Pacers optou por não realizar grandes mudanças na offseason. Os principais esforços foram pelas renovações de nomes importantes do elenco como Siakam, Nembhard, T.J. McConnell e Obi Toppin.

A chegada de maior destaque foi a de James Wiseman. Terceira escolha do Draft de 2020, terá mais uma oportunidade de se provar na liga. Já a saída de Jalen Smith deve ser a mais sentida. Mesmo reserva, era um promissor ala-pivô da rotação, e terminou acertando com o Chicago Bulls.

Como diz o ditado: em time que está ganhando, não se mexe. A receita de Carlisle no lado ofensivo é excelente. Uma equipe rápida, letal nas transições, comandadas por um dos melhores armadores na liga, e que tem em Siakam uma ótima opção para destravar defesas de meia-quadra. A velocidade absurda das investidas ofensivas garante muitas posses de bola por partida, e os Pacers tem tudo para seguir com um dos melhores ataques da liga. 

O ônus, no entanto, segue sendo a defesa. A falta de novos nomes nos motiva a acreditar que dificilmente a unidade conseguirá dar um salto. O plantel conta com bons defensores individuais, mas não parece ter espaço para crescimento dentro de um sistema questionável.

Indiana tem talento suficiente para alcançar a pós-temporada novamente. Mas, dificilmente conseguirá bater de frente com os times mais qualificados do Leste (Celtics, Knicks, Bucks, Philadelphia 76ers), caso os mesmos se mantenham saudáveis. 

Vale a pena acompanhar ainda a evolução de jovens nomes do elenco. O principal, talvez, seja Bennedict Mathurin, que acabou perdendo os playoffs por lesão. Mas podemos ficar de olho também em Ben Sheppard, Isaiah Jackson e Jarace Walker.

Principais chegadas: James Wiseman, Tristen Newton

Principal saída: Jalen Smith, Doug McDermott

Ponto forte: O ataque avassalador. Não existe defesa que consiga lidar com a velocidade dos Pacers em transição. Lotado de jogadores jovens e rápidos, a equipe é capaz de engatar grandes sequências de pontos a partir de erros adversários.

Ponto fraco: A defesa. Da mesma forma que é capaz de engatar grandes sequências no ataque, também está suscetível a cedê-las do outro lado. A estratégia de liberar o garrafão para quem quiser entrar dificilmente se paga a longo prazo.

Campanha em 23-24: 47 vitórias e 35 derrotas (sexto no Leste)

Provável quinteto: Tyrese Haliburton, Andrew Nembhard, Aaron Nesmith, Pascal Siakam e Myles Turner

Franchise player: Tyrese Haliburton

Sexto homem: Bennedict Mathurin

Head coach: Rick Carlisle (quarta temporada seguida no comando)

Briga por: Vaga nos playoffs

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