Japoneses dão show, enquanto cubanos e italianos passam em grupo embolado
As duas primeiras semifinais do World Baseball Classic de 2023 estão definidas. Vencedora do grupo A, a seleção de Cuba enfrenta o segundo colocado do grupo B, a Austrália, no dia 15 de março, enquanto o Japão, melhor classificado no grupo B, enfrenta o vice do A, a Itália, no dia seguinte.
As duas partidas serão realizadas no Tokyo Dome, casa do Yomiuri Giants, do Japão, começando às 7 horas, horário de Brasília.
Grupo A
Cuba e Itália foram classificados num grupo bem acirrado. Num grupo onde os cinco países venceram dois jogos e perderam os outros dois, a definição ficou no número de corridas cedidas. Enquanto os cubanos lideraram com 15 e os italianos seguiram com 17, Holanda, Panamá e Taipei Chinês, sede do grupo, tiveram respectivamente 19, 21 e 31.
Os líderes começaram mal na competição, sendo batidos na estreia pelos holandeses por 4 a 2 e dificultando a vida da Itália na sequência, mas ainda caindo por 6 a 3 após dez entradas. Foi o suficiente para os caribenhos responderem com dois triunfos ante Panamá (13 a 4) e Taipei Chinês (7 a 1), com grandes exibições do terceira base Yoán Moncada, do Chicago White Sox.
Já os italianos começaram justamente batendo Cuba, mas depois de caírem frente aos taiwaneses, por 11 a 7, e aos panamenhos, por 2 a 0, tiveram que correr atrás do prejuízo contra a Holanda. E no fim, tudo feito, 7 a 1 e vaga garantida. O destaque da equipe é o infielder Nicky Lopez, que registrou ao menos duas rebatidas em todos as partidas. O jogador está acostumado a vestir azul, já que além da esquadra nacional, defende o Kansas City Royals.
Grupo B
O grupo B reservou um show dos donos da casa dos dez jogos, o Japão, que anotou nada menos do que 38 corridas em quatro embates. Além da tabela bem definida, ainda houve a surpresa da classificação australiana – com um elenco inteiro da liga nacional e ligas menores da MLB – sobre a Coreia do Sul, potência no beisebol asiático, que contava com os infielders Tommy Edman, do St. Louis Cardinals, e Ha-seong Kim, do San Diego Padres.
O destaque dos nipônicos foi sem dúvida o “unicórnio” Shohei Ohtani, do Los Angeles Angels. Além de arremessar na vitória contra a China por 8 a 1 com cinco strikeouts e apenas um hit permitido em quatro entradas, foi rebatedor designado a Coreia do Sul (13 a 4), República Tcheca (10 a 2) e Austrália (7 a 1), entregando corridas ao seu país em todas as aparições.
A Austrália iniciou sua participação vencendo a Coreia do Sul por 8 a 7, num jogo eletrizante com duas viradas de placar. Depois, despacharam a China por 12 a 2, o que valeu a regra de misericórdia na sétima entrada. E mesmo com a derrota para o avassalador Japão, os oceânicos não se acanharam no encontro derradeiro, impondo um 8 a 3 perante a República Tcheca. Embora os australianos contem com um grupo equilibrado, refletindo inclusive nos números em partidas, o segunda base Robbie Glendinning provou ser o líder do ataque. Ele atualmente defende equipes afiliadas dos Royals.
O que esperar das quartas?
Após as duas derrotas, Cuba parece ter se encontrado no WBC e conta com duas estrelas dos White Sox em campo, Moncada e Luis Robert. No entanto, o bom conjunto da Austrália já passou por um grupo difícil com propriedade e pode surpreender por sua constância. Embora este seja um confronto parelho, os caribenhos são ligeiramente favoritos pelos nomes no time.
No outro confronto, a desclassificação do Japão seria algo muito inesperado. Além do embalo da primeira fase, a equipe conta com o apoio nas arquibancadas e possui peças conhecidas pela grande qualidade, como Ohtani e o também pitcher Yu Darvish, dos Padres. Este jogo também pode ser ótimo para conhecer futuros nomes que estarão na MLB, já que a Itália possui muitos atletas de ligas menores e alguns destaques orientais sempre acabam parando na América do Norte.
Foto: Reprodução Twitter/World Baseball Classic
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