Mesmo com lesões de arremessadores, clube tem um forte ataque pronto pra decidir qualquer jogo
Quatro World Series em oito anos para o Los Angeles Dodgers. Este é o projeto vencedor e dominante que a franquia exerce na Liga Nacional. Após decepções, o time está de volta à final da Major League Baseball (MLB) pela primeira vez desde 2020, quando foi campeão. Agora, contra o New York Yankees, o time começa a caminhada para o oitavo título, nesta sexta-feira (25), no Dodger Stadium, em Los Angeles.
Dodgers e Yankees é uma rivalidade conhecida na pós-temporada. Apesar de não se enfrentarem desde a World Series de 1981, a qual Los Angeles levou a melhor, este é o confronto que mais ocorreu na história dos playoffs. A série deste ano marcará o 12º encontro entre as equipes. Os Yankees têm vantagem no retrospecto de 8 a 3 sobre os rivais.
Desta vez, no entanto, os Dodgers chegam ambiciosos e com muita força no elenco. Após a aquisição de Shohei Ohtani nesta intertemporada, o time fez a melhor campanha da MLB e terá o mando de campo favorável nesta final.
Entenda quais motivos podem levar os Dodgers a erguerem o título da maior liga de beisebol:
Los Angeles não chegou à World Series por acaso. Esta é uma equipe preparada para vencer e que reúne no elenco diversos jogadores capazes de decidir. Ao olhar a escalação de nove atletas, seja na parte superior ou na inferior, bons nomes estão juntos. O time lidera a pós-temporada em aproveitamento em bases e de rebatidas no bastão, o que faz ter o maior OPS com 78,5%. Apenas cinco dos rebatedores utilizados não rebateram home runs, enquanto apenas dois não tiveram rebatidas válidas.
Assim como na temporada regular, quando tiveram o segundo maior número de corridas, com 842, o clube continuou no mesmo ritmo nestes playoffs. Contra o New York Mets, na Final da Liga Nacional (NLCS), os Dodgers anotaram 46 corridas, 56 rebatidas, sendo 11 home runs, seis roubos de base e 42 walks. O time foi o melhor em todos estes quesitos entre os participantes. Durante o mata-mata, Mookie Betts tem sido destaque, bem como Tommy Edman, eleito MVP da NLCS.
Outro jogador, porém, que apresenta grande perigo aos Yankees é Shohei Ohtani. O japonês chegou a Los Angeles nesta intertemporada, mas não sentiu dificuldades na adaptação. Na primeira temporada pela equipe, ele registrou 54 home runs e 59 bases roubadas, sendo o primeiro a romper a barreira do 50/50. A estrela disputa os playoffs pela primeira vez na carreira e teve um começo lento. Na NLCS, entretanto, ele parece ter pegado o ritmo. Foram dois home runs, seis corridas impulsionadas e nove anotadas, oito rebatidas e nove walks, em seis partidas. Se continuar assim, Ohtani será uma arma importante para os Dodgers.
Embora o clube esteja sem dois dos principais arremessadores da rotação, Clayton Kershaw e Tyler Glasnow, o treinador, Dave Roberts, encontrou uma solução. Jack Flaherty, Yoshinobu Yamamoto e Walker Buehler serão titulares nos três primeiros jogos, mas no quarto o bullpen deve entrar em ação. Assim os Dodgers têm levado as séries, ao todo foram três confrontos com o bullpen em ação desde a primeira entrada. Na última oportunidade, eles utilizaram sete relievers, que seguraram os Mets em cinco corridas e decidiram em momentos com jogadores em base. Blake Treinen, Anthony Banda, Michael Kopech e Evan Phillips são destaques nesta pós-temporada.
Ao longo desta temporada e dos playoffs, os Dodgers mostraram uma grande virtude. Eles são capazes de superar qualquer adversidade e até conquistar resultados por atletas inesperados, como Edman ou Teoscar Hernandez. Mesmo sendo considerados favoritos, as lesões e algumas quedas de rendimentos trouxeram dúvidas à situação de Los Angeles. O clube, no entanto, superou as desconfianças e derrotou o San Diego Padres no último jogo da série e desbancou um Mets quente em seis partidas. Além disso, a franquia conta com jogadores experientes nestas situações, como Betts, Max Muncy, Kike Hernandez e Will Smith, fora o treinador Roberts, campeão como atleta e comandante técnico.