Equipe reúne poder ofensivo e vantagem na rotação para levantar 28º título
Após 15 anos, o New York Yankees está de volta à World Series. Assim como há 43 anos atrás, a equipe vai enfrentar o Los Angeles Dodgers na grande final da Major League Baseball (MLB). O primeiro confronto, dos sete possíveis, será nesta sexta-feira (25), no Dodger Stadium, em Los Angeles.
Os Yankees estão na sede pelo título. Afinal, esta é a segunda maior seca na história da franquia. Nova York é o maior vencedor da World Series, com 27 conquistas. A última vez que venceu, entretanto, foi em 2009 contra o Philadelphia Phillies.
Com peças importantes e decisivas no ataque e na defesa, os Yankees vão em busca do 28º troféu da MLB. No retrospecto contra os Dodgers em finais, o clube leva vantagem de oito vitórias contra três dos rivais.
Entenda quais motivos podem levar os Yankees a erguerem o título da maior liga de beisebol:
Não há caminho melhor para ganhar um campeonato que não seja chegar salvo nas bases. E isto os Yankees sabem fazer. A equipe registrou o maior percentual neste quesito na Liga Americana, com 34,7% de OBP. Além disso, a paciência no bastão é outro ponto que se consolidou no elenco. O time conquista walks em 13,9% das aparições no home plate. Nova York estabelece este nível de dificuldade desde o início dos confrontos, pois tem chegado em base em quase metade das primeiras entradas nas partidas.
A escalação dos Yankees é talentosa e reúne jogadores que assustam os arremessadores. O trio Aaron Judge, Juan Soto e Giancarlo Stanton é poderoso e pode decidir a qualquer momento. Judge começou a pós-temporada como coadjuvante, mas na Final da Liga Americana (ALCS) rebateu dois home runs e foi responsável por impulsionar seis corridas. Assim como Soto, que teve o home run decisivo no jogo 5 contra os Guardians. Stanton está quente neste mata-mata. O jogador escolhido como MVP da ALCS com sete RBIS, quatro HRs e 1.222 de OPS. Outros atletas podem contribuir, como Austin Wells e Gleyber Torres.
Contra os Dodgers, os Yankees levam vantagem na rotação. Já anunciado, o arremessador Gerrit Cole começará o jogo 1 e deverá mostrar o porquê é titular e o atual Cy Young da Liga Americana. Embora ainda não esteja decidido quem serão os próximos na sequência da série, Nova York terá Luis Gil, Carlos Rodon, Clarke Schmidt e Nestor Cortes disponíveis para os confrontos. A rotação é mais profunda e pode sustentar por mais tempo que a dos rivais. Rodon e Cole passaram de mais de 10 entradas nesta pós-temporada.
Caso seja necessário, o clube ainda tem um bom bullpen, que teve uma grata surpresa nos playoffs. O closer Luke Weaver é um dos destaques dos Yankees durante a reta final da competição. O reliever mostrou um braço dominante e forte, que já passou de 10 turnos arremessados. Além disso, ele soma 12 strikeouts e três corridas merecidas, em oito partidas. O bullpen de Nova York tem 2,56 de ERA, sendo o melhor entre os restantes. São 11 corridas, 30 rebatidas, cinco saves e 38 strikeouts, no total.
Os playoffs da MLB não se tratam, geralmente, sobre os melhores times, mas sim sobre as equipes mais quentes e em bom ritmo. Os Yankees, no entanto, conseguem reunir os dois fatores. Ao mesmo tempo que têm um excelente time no papel, com estrelas e jogadores que contribuem para o ataque, o clube vem em um ótimo momento. Nova York dominou os adversários ao longo da campanha, com apenas duas derrotas nesta pós-temporada. Stanton, Soto e Weaver são os principais nomes, porém Judge parece ter retornado ao melhor desempenho. Assim, pode ser um excelente caminho para os Yankees voltarem a conquistar a World Series.