NBA arrow
NFL arrow
MLB arrow
NHL arrow
NCAA
WNBA
The Playoffs Brasil
Roster
Business
menu menu
search
NBA NBA
Noticias Guia 24-25 Podcast Video
highlight highlight
NBA
8 de outubro de 2024 - 07:00

Orlando Magic: Prévia NBA 2024-25

Com grande potencial no elenco, franquia da Flórida reforçou seu quinteto titular e promete ameaçar forças da Conferência Leste

Na última campanha, o Orlando Magic, finalmente, deu o salto de qualidade que se esperava da franquia. Retornou aos playoffs depois de três temporadas ausente e, mostrou resiliência para forçar um jogo 7 diante do Cleveland Cavaliers, na primeira rodada, ainda que a série terminasse em eliminação.

Agora, com um núcleo ainda muito jovem mas, já experimentado, sonha com voos mais altos ao passo em que se estabelece como uma das forças emergentes da Conferência Leste. O futuro parece reservar alegrias à equipe da Flórida, que, apesar disso, busca colher frutos ainda no presente.

O que esperar do Orlando Magic nesta temporada?

Impossível começar uma análise do Magic sem citar o nome de Paolo Banchero. Depois de sua temporada de apresentação na NBA, quando recebeu o prêmio de calouro do ano, ele conseguiu elevar ainda mais o nível de seu jogo. 

A primeira seleção para o All-Star Game foi conquistada com méritos, dado o aumento em todas as suas médias na temporada regular, com exceção da de rebotes por jogo, que continuou a mesma de 2022-23 (6,9). Todas as outras foram maiores, com destaque para a de pontos (de 20 para 22,6) e de aproveitamento no perímetro (29,8% para 33,9%).

Nos playoffs, também mostrou a que veio, com médias de 27 pontos, 8,6 rebotes, quatro assistências e 1,1 roubo de bola. Ultrapassou a marca dos 30 pontos em três das sete partidas disputadas, mesmo diante da forte defesa de garrafão dos Cavaliers. 

A evolução de Banchero, principal pilar do elenco, foi acompanhada também por Franz Wagner. Assim como seu companheiro, o alemão elevou quase todas as médias de sua carreira na terceira temporada de NBA. O único ponto negativo foi o aproveitamento das bolas de três pontos, que caiu de 36,1% para 28,1% na temporada regular, e para 26,5% nos playoffs. 

Esse fator deve ser um ponto de atenção no jogo do ala, mas não parece capaz de atrasar o desenvolvimento constante que tem sido visto nos últimos anos. Wagner também tem se consolidado como um ótimo defensor. 

Falando em ótimo defensor, ninguém representa melhor a alcunha no quinteto inicial que Jalen Suggs. Também em seu terceiro ano, o armador já se transformou em um dos melhores marcadores de perímetro do basquete. 

O desempenho rendeu o que parece ser a primeira de muitas seleções para os times ideais de defesa da temporada, figurando no segundo. Apareceu também no top 10 das votações para os prêmios de melhor defensor da temporada e de jogador que mais evoluiu. Outra ótima notícia foi o aproveitamento no perímetro, que saltou de 32,7% para um ótimo 39,7%.

Ancorada pela excelente produção do trio e da competente proteção de aro de Wendell Carter Jr., que seguirá como pivô titular, a defesa foi a terceira melhor da liga na temporada regular, sendo a que menos cedeu bolas de três por partida (8,6) e pontos de segunda chance (12,1), e a quarta que menos permitiu pontos (108,4) por jogo.

O ataque, por outro lado, foi o nono pior da NBA, tendo a sétima maior média de turnovers (14,7). Por muitas vezes, dependeu do talento individual de seus melhores pontuadores, sofrendo com a falta de eficiência no ataque de meia quadra, situação muito enfrentada na temporada, visto que foi o segundo pior time em pontos de contra-ataque (12,4). A falta de um armador mais cerebral, que comandasse as situações de transição, também foi sentida, ainda que tenha contado com Cole Anthony vindo muito bem do banco.

Nenhum dos problemas, no entanto, foi maior que a falta de arremessadores. Em uma liga onde o volume dos arremessos de três tem sido cada vez mais importante, o Orlando Magic teve a menor média de bolas convertidas por jogo no perímetro (11) entre as 30 equipes, assim como o sétimo pior aproveitamento (35,2%). 

Outros números ajudam a ilustrar a dificuldade da franquia no quesito. 63,1% dos pontos anotados pelo ataque vieram a partir de arremessos de dois pontos (sexto maior na liga), e 16,8% na linha de lance livre (segundo maior). Por outro lado, só 29,9% foram registrados em arremessos de três, também a pior marca da liga.

Por todos os motivos citados, o principal reforço do Magic na offseason foi pensado justamente para solucionar (pelo menos em parte) esse problema: Kentavious Caldwell-Pope. Bicampeão da NBA, o veterano assinou um contrato de três anos e US$ 66 milhões na Flórida. Além de um especialista defensivo, é também um ótimo arremessador do perímetro, com média de aproveitamento de 40,7% ao longo das últimas quatro temporadas.

Ainda que fosse beneficiado por jogar ao lado de Jokic, um dos melhores passadores do basquete na atualidade, KCP se provou um chutador extremamente confiável. Agregará um espaçamento necessário (sem abrir mão da defesa) ao novo time , que precisa desesperadamente melhorar seus índices na bola tripla se quiser brigar por maiores objetivos.

Entre as outras movimentações, as principais foram as manutenções de jogadores importantes no plantel. Gary Harris e Moritz Wagner garantiram a permanência através de novos contratos, enquanto Franz Wagner e Jonathan Isaac estenderam seus vínculos em acordos milionários. 

Mesmo reserva, Isaac também é peça fundamental do Orlando Magic. Lembrado pela jovem sensação Victor Wembanyama como um dos melhores defensores da liga, é capaz de manter o alto nível da unidade quando entra em quadra, e também facilita a aplicação de uma formação de small ball, quando necessário, atuando ao lado de Paolo Banchero no garrafão. Nos últimos anos, ainda melhorou significativamente seu aproveitamento no perímetro.

Selecionado na 18a posição do Draft de 2024, o ala alemão com raízes brasileiras Tristan da Silva também pode receber minutos na rotação. Aos 23 anos, já chega como um perfil pronto para a NBA depois de quatro anos atuando pela Universidade do Colorado. 

Entre as saídas, a mais sentida deve ser a de Markelle Fultz. Ainda que não tenha correspondido às expectativas de uma primeira escolha de Draft, o armador teve papel importante na última temporada, disputando cerca de 21 minutos por partida. De qualquer forma, deve ser bem substituído por Caldwell-Pope. O veterano e bom arremessador Joe Ingles também deixou a equipe, acertando com o Minnesota Timberwolves.

Diante da evolução observada ao longo dos últimos anos em seu núcleo jovem, da chegada de KCP e da manutenção do trabalho de Jamahl Mosley, o Orlando Magic é um forte candidato a incomodar as principais forças do Leste. 

Ainda que pareça um patamar abaixo de times como Boston Celtics, Milwaukee Bucks, New York Knicks e Philadelphia 76ers, pode ser uma agradável surpresa na temporada, especialmente com o crescimento de Banchero e Franz Wagner. Para isso terá que, inegavelmente, melhorar seu desempenho nos arremessos de três, o que pode dar mais liberdade para suas principais armas ofensivas no garrafão e na meia-distância.

Principais chegadas: Kentavious Caldwell-Pope, Tristan da Silva e Mac McClung

Principais saídas: Markelle Fultz e Joe Ingles

Ponto forte: A defesa e o enorme potencial do seu elenco. Os já citados Franz Wagner, Paolo Banchero e Jalen Suggs ainda são jovens, mas já mostraram muito talento e seguem evoluindo a cada ano.

Ponto fraco: As bolas de três pontos. Por melhor que seja a defesa, times que almejam trajetórias vencedoras na pós-temporada devem contar com um bom aproveitamento no perímetro (vide os atuais campeões Celtics), até mesmo para evitar a possibilidade de marcação dupla em suas principais estrelas.

Campanha em 23-24: 47 vitórias e 35 derrotas (quinto no Leste)

Provável quinteto: Jalen Suggs, Kentavious Caldwell-Pope, Franz Wagner, Paolo Banchero e Wendell Carter Jr.

Franchise player: Paolo Banchero

Sexto homem: Cole Anthony

Head coach: Jamahl Mosley (quarta temporada no comando)

Briga por: Mando de quadra nos playoffs

instagram