Tee Higgins assina franchise tag com os Bengals

Último capítulo da novela Tee Higgins em Cincinnati, pelo menos neste ano. Neste sábado (15), o repórter da ESPN americana Adam Schefter informou que o wide receiver dos Bengals assinou o contrato de franchise tag com a franquia e voltou a treinar com a equipe.

Após faltar às OTAs e ao minicamp obrigatório, Higgins assinou o acordo de um ano no valor de US$ 21,8 milhões. Lembrando que em contrato de franchise tag, o compromisso é válido por apenas uma temporada e o jogador recebe integralmente todo o valor previsto, que é estipulado pela média dos cinco maiores salários da posição dos últimos cinco anos, nesse caso, de wide receiver.

A offseason foi movimentada para o recebedor. No dia 26 de fevereiro, os Bengals anunciaram que usariam a franchise tag exclusiva em Higgins, para impedi-lo de se tornar um free agente irrestrito e, assim, poder assinar com qualquer time. Já no dia 11 de março, o jogador pediu para ser trocado para outra franquia, o que não ocorreu. E agora, está confirmado que ele jogará a temporada de 2024 pela equipe de Cincinnati, mas será novamente free agent em 2025.

Essa movimentação dos Bengals abre uma maior margem de negociação para um novo contrato de longa duração futuramente. Mas, como foi reportado em maio por Ben Baby, repórter da ESPN americana, as duas partes não discutem uma extensão desde o ano passado.

Segundo a repórter do Cincinnati Enquirer Kelsey Conway, a razão pela qual as partes não conversam sobre o assunto se dá pela oferta inicial dos Bengals, que não se aproximou dos valores pedidos por Higgins. Apesar de todos os rumores de troca e negociações, o WR disse em abril que já esperava jogar a próxima temporada pela equipe que o selecionou no Draft de 2020. ”Eu já previa isso. Eu desenvolvi um amor por ‘Cincy’ que não pensei que fosse desenvolver”.

Se os Bengals não discutiram um novo contrato para Higgins antes, agora ficou ainda mais difícil com os novos acordos sendo assinados nesta offseason da NFL. Oito wide receivers diferentes fecharam contratos de no mínimo US$ 23 milhões por temporada desde o início da free agency, em março. Dentre esses, foram três extensões de pelo menos US$ 30 milhões anuais, incluindo Justin Jefferson, que se tornou o jogador não-quarterback mais bem pago da história da liga.

Mesmo com o novo salário de 2024, Higgins é apenas o 16º recebedor mais bem pago da liga. Essa classificação pode cair devido a jogadores como Brandon Aiyuk e CeeDee Lamb, que devem assinar novos contratos milionários antes do início da temporada.

Apesar de toda essa novela, não é surpreendente que os Bengals não tenham renovado o contrato de Tee Higgins por mais tempo. Em setembro de 2023, Joe Burrow assinou um acordo de US$ 275 milhões por cinco anos com a equipe, e Já’Marr Chase, embora tenha mais dois anos no contrato de calouro, já está elegível para receber uma extensão contratual. Chase que é o alvo favorito de Burrow nos últimos três anos e tem uma ”química” sensacional com o QB desde os tempos de futebol americano universitário, em LSU.

Embora tenha perdido cinco jogos por lesão na temporada passada, na qual anotou apenas 42 recepções e 656 jardas, em quatro anos de carreira, Tee Higgins acumula 257 recepções, 3.684 jardas e 24 touchdowns.

(Foto: Reprodução Twitter X / Around The NFL)