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5 de outubro de 2023 - 11h10

PRÉVIA NBA 2023-24: Utah Jazz

Em processo adiantado de reconstrução, Jazz se reforça pensando no presente, mas com a cabeça também no futuro

Lauri Markkanen e John Collins no media day 2023 do JazzApós seis idas consecutivas aos playoffs, mas nunca além das semifinais de conferência, o Utah Jazz se desfez de seu núcleo composto por Donovan Mitchell, Rudy Gobert, Bojan Bogdanovic e Royce O’Neale, além do técnico Quin Snyder, que estava há oito temporadas no comando da equipe, logo depois da temporada 2021/2022. A franquia resolveu apostar em uma reconstrução total a partir de 2022/2023 e, com as trocas dos jogadores, conseguiu jovens talentos e muitas escolhas de Draft, já a partir dos Drafts de 2022 e 2023.

Para completar o processo, o Jazz trocou o armador Mike Conley em fevereiro e agora conta com somente dois jogadores com 30 anos ou mais. Com muitas caras novas e sob o comando do novo técnico Will Hardy (que também é o segundo mais jovem da liga, com 35 anos), o Jazz se mostrou um time sólido no início, mas acabou perdendo o gás ao longo da temporada, até terminar em 12º, com 37 vitórias. Com altos e baixos, a franquia acabou brigando por uma vaga no play-in até as últimas rodadas e a temporada de estreia do técnico saiu bem melhor do que a encomenda para um time renovado. Para 2023/2024, o time renovou a comissão técnico com a troca de quatro assistentes e está pronto para evoluir o promissor elenco.

Com as trocas de Mitchell para os Cavaliers, Gobert e Conley para os Timberwolves, o Jazz tem, entre pick swaps, escolhas próprias, escolhas protegidas e desprotegidas, 16 escolhas de primeira rodada de 2024 até 2029. Ainda que o futuro seja animador, o presente já tem colhido frutos.

Em 2022, a franquia recebeu o pivô Walker Kessler, da troca de Gobert, e o ala-armador Ochai Agbaji, da troca de Mitchell. Kessler foi uma grata surpresa, terminando a temporada no primeiro time All-Rookie e em terceiro lugar para o prêmio de calouro do ano, depois de médias de 9,2 pontos, 8,4 rebotes e 2,3 tocos por partida, em 40 jogos como titular. Para 2023/2024, um dos melhores protetores de aro do Oeste, deverá dar um salto importante como titular absoluto da posição. Agbaji teve uma temporada de calouro mais tímida, mas poderá ter um papel maior vindo do banco.

Visando o desenvolvimento do atual elenco, a franquia foi econômica na offseason e fez somente um movimento que foi bastante expressivo dentro do time. O Jazz trouxe o ala-pivô John Collins e seu pesado contrato de praticamente US$ 25 milhões anuais dos Hawks para ser o titular da posição. Aos 26 anos e depois de seis temporadas em Atlanta, Collins teve um último ano decepcionante, acumulando as médias de 13,1 pontos (menor desde seu ano de calouro) e 6,5 rebotes (menor da carreira). Em um novo começo, Utah tentará recuperar o ala-pivô que já foi dominante e teve temporada de 20+ pontos, 10+ rebotes e 40+% de aproveitamento em arremessos de três. A aposta é boa.

Uma das grandes histórias da última temporada foi Markkanen. Depois de uma temporada em Cleveland distante de seu potencial, o finlandês chegou em Utah e teve a melhor temporada de sua vida, tanto que o levou a seu primeiro All-Star e a faturar o prêmio de jogador que mais evoluiu na temporada. O ala registrou médias de 25,6 pontos (maior da carreira), 8,6 rebotes e 49,9% de aproveitamento nos arremessos de quadra (melhor da carreira). Consolidar os números na atual temporada e ser um líder da equipe é o que se pede para Markkanen e, com um elenco levemente melhor e o cumprimento de sua passagem no exército finlandês, é bem possível que o ala consiga.

Melhor sexto homem da NBA em 2021 pelo Jazz e pela primeira vez como titular, desde que saiu dos Lakers em 2018, na última temporada, Jordan Clarkson deve voltar ao posto agora. Novamente um pouco raso na posição, o elenco do Jazz precisará da pontuação do veterano para auxiliar Markkanen. Na última temporada, o ala-armador teve sua temporada de maior minutagem e melhores números, terminando com 20,8 pontos, 4,4 assistências e quatro rebotes, em 32,6 minutos, todos os maiores números de sua carreira de nove temporadas. Clarkson precisa repetir uma boa temporada ofensiva, mas também ser mais eficiente. O ala-armador teve somente 33,8% de aproveitamento nas bolas de três e média de três desperdícios por jogo, o que, para alguém que não tem como ponto forte a defesa, pesa muito em sua eficiência.

Na armação, Collin Sexton será que terá uma temporada completa novamente? Pelos Cleveland Cavaliers, Sexton teve a temporada da sua vida em 2020/2021, quando teve 24,3 pontos, 4,4 assistências e 1,0 roubo por jogo, ao longo de 35,3 minutos, em 60 partidas. 2021/2022 prometia, mas o armador atuou somente em 11 partidas, antes de lesionar o joelho e perder o restante da temporada. Trocado para o Jazz, Sexton teve problemas em se manter saudável (lesão muscular na coxa) e atuou somente em 48 jogos entre idas e vindas. O armador é um pontuador nato dos três níveis da quadra e vem de uma boa temporada em aproveitamento. Caso consiga se manter saudável e chegar perto de sua última versão inteira, ajudará muito o elenco.

Do banco, Kris Dunn deve dividir com Sexton, enquanto Kelly Olynyk, o mais experiente do grupo, com 32 anos, e Talen Horton-Tucker devem ser as peças que mais minutos, a princípio, deverão ter na segunda unidade. No último Draft, o Jazz teve três escolhas de primeira rodada, que deverão batalhar por minutos na segunda unidade. Taylor Hendricks e Keyonte George mostraram bons jogos na Summer League e devem sai na frente, enquanto Brice Sensabaugh ainda tem a mostrar depois de se lesionar, mas é um pontuador talentoso e poderá ter alguns minutos na rotação.

A equipe tem alguns pontos sucessíveis a dar atenção. A defesa foi a oitava pior da temporada (116,0 pontos a cada 100 posses), impulsionada por uma frágil defesa de perímetro e um alto número de desperdícios (15,1% das posses de Utah terminam em desperdício, terceira pior marca da última temporada), ainda que a equipe seja uma boa reboteira (média de 51,2% dos rebotes de um jogo são de Utah, sexta melhor da última). A equipe conseguiu equilibrar a fragilidade defensiva a partir de um bom ataque, o nono melhor com 115,3 pontos a cada 100 posses.

No garrafão, o time está seguro defensivamente, o problema é o perímetro. Se Hardy conseguir ajustar uma consistência defensiva no perímetro, principalmente coletiva, já que individualmente, o elenco não tem essas características, Utah tem chance de surpreender ainda mais nesta temporada.

(Foto: Reprodução Twitter / Utah Jazz)

Principais chegadas: John Collins, Taylor Hendricks e Keyonte George

Principais saídas: Rudy Gay e Damian Jones

Ponto forte: O tamanho do frontcourt com Markkanen, Collins e Kessler e a proteção de aro do pivô são o ponto forte que deverá facilitar ainda mais o forte ataque do Jazz

Ponto fraco: A defesa foi a oitava pior da última temporada, muito por conta do perímetro. Ajustar coletivamente e controlar os desperdícios (Jazz foi o terceiro pior) são fatores fundamentais para melhor sucesso

Campanha em 22-23: 37-45 (12º lugar do Oeste)

Provável quinteto: Collin Sexton, Jordan Clarkson, Lauri Markkanen, John Collins, Walker Kessler

Franchise player: Lauri Markkanen

Sexto homem: Kelly Olynyk

Head coach: Will Hardy

Briga por: Play-in

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