Time considerado favorito e com excelentes rebatedores, sofreu muitas críticas em relação aos arremessadores
Após muitas críticas e reclamações sobre o elenco de arremessadores do time dos Estados Unidos para o World Baseball Classic, que vêm sofrendo muitas corridas, o closer Devin Williams (Milwaukee Brewers) falou sobre o assunto nesta quinta-feira (16) ao The Athletic.
“Para ser honesto, acho que é besteira. Temos cinco ou seis closers em nosso bullpen. Se fizermos o que precisamos no início do jogo, você verá o que podemos fazer quando passarmos para o bullpen. Acho que temos um tremendo grupo de arremessadores aqui”.
O elenco americano é recheado de estrelas da Major League Baseball, seu corpo de rebatedores com muitos talentos e a escalação titular nos jogos é muito poderosa, até recebendo o apelido de “time dos sonhos”. Entretanto, os arremessadores não seguiram o mesmo nível do ataque nesses quatro jogos da fase de grupos, a qual a equipe terminou com três vitórias, contra Grã-Bretanha, Canadá e Colômbia, e uma derrota, contra o México.
No último domingo (12), o México superou os Estados Unidos. Nick Martinez (San Diego Padres) iniciou a partida e em duas entradas e dois terços, cedeu três corridas e cinco rebatidas. Porém, mesmo depois da substituição do arremessador, os mexicanos ainda fizeram mais oito corridas no jogo. Brady Singer (Kansas City Royals) e Daniel Bard (Colorado Rockies) receberam as corridas e somados cederam oito rebatidas. O saldo final para os americanos foi uma derrota por 11 a 5, com 15 rebatidas sofridas.
Na partida decisiva contra a Colômbia, valendo a vaga nas quartas de final, os arremessadores do bullpen conseguiram boas apresentações e seguraram os colombianos sem permitir corridas, depois das duas cedidas na terceira entrada por Merrill Kelly (Arizona Diamondbacks), que foi o titular. Neste jogo, os Estados Unidos só receberam seis rebatidas e saíram vitoriosos por 3 a 2, e com Williams arremessando uma oitava entrada perfeita.
Além de Williams, os Estados Unidos têm pelo menos mais três closers de origem: Ryan Pressly (Houston Astros), David Bednar (Pittsburgh Pirates) e Daniel Bard (Colorado Rockies). Jason Adam (Tampa Bay Rays) e Adam Ottavino (New York Mets) também já jogaram nessa função em suas carreiras.
Os Estados Unidos chegaram como favoritos, ao lado do Japão, já classificado para as semifinais, e da República Dominicana, eliminada precocemente na fase de grupos.
As críticas às performances foram somadas à preocupação com os jogos eliminatórios, os quais são partidas únicas e definidas, muitas das vezes, em detalhes. Ao longo do torneio, a equipe americana sofreu 16 corridas em 34 rebatidas no total.
Neste sábado (18), os Estados Unidos enfrentarão a Venezuela pelas quartas de finais do WBC, no LoanDepot Park em Miami. Os venezuelanos, juntos com os japoneses, são os únicos times invictos na competição.
Texto de Rodrigo Fidalgo
(Foto: Christian Petersen/Getty Images)
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