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14 de janeiro de 2023 - 10h01

PRÉVIA: Buffalo Bills x Miami Dolphins – NFL Playoffs 2022-23 (AFC Wild Card)

Clássico do leste garante vaga no Divisional Round da AFC; veja tudo o que você precisa saber

Buffalo Bills e Miami Dolphins iniciam caminhada rumo ao Super Bowl neste domingo (15). Pela rodada de Wild Card, a primeira dos playoffs da temporada 2022, os rivais de AFC East travarão batalha por uma vaga no Divisional Round.

O confronto protagonizará duas equipes que iniciaram muito bem a temporada e acumulavam expectativas positivas para 2022, mas tiveram caminhos distintos até aqui. Enquanto Buffalo se postou como um dos principais favoritos ao Vince Lombardi em fevereiro, e conquistou seu terceiro título seguido no Leste, Miami sofreu com desfalques e teve que suar bastante para carimbar vaga à pós-temporada.

‘Clássico é clássico e vice-versa’, diria o poeta. Mas clássico em disputa mata-mata certamente tem um tempero a mais.

COMO CHEGAM

Como antecipado, os Bills iniciaram muito bem a campanha com uma vitória imponente para cima do Los Angeles Rams, na Califórnia, já honrando as altas expectativas ostentadas após ótimas adições na offseason ao seu já recheado elenco, dentre elas a do linebacker recém-campeão do Super Bowl LVI Von Miller.

Buffalo é uma das equipes a se temer nestes playoffs, com grande capacidade de fogo com Josh Allen na liderança da unidade ofensiva e uma defesa capaz de apressar passes e incomodar quarterbacks adversários. Uma grande alteração no modelo de jogo nesta temporada, muito por conta da saída do antigo coordenador ofensivo Brian Daboll, head coach do New York Giants, e chegada de Ken Dorsey, foi uma menor necessidade de improviso, uma das poderosas armas de Allen e companhia nas campanhas anteriores, e maior concentração em matchups e vantagens 1 contra 1 com seus vários talentos à disposição.

Os Dolphins, por outro lado, conseguiram assustar o torcedor. A equipe dependia de uma vitória e um empurrãozinho justamente de Buffalo na última semana da temporada regular e quase foi eliminada com um empate contra o New York Jets, não fosse uma recuperação já nos segundos finais da partida. Mas a fase já não era boa há um tempo.

O triunfo em Nova York encerrou uma amarga sequência de cinco reveses – dentre os quais, no entanto, apenas em quatro Miami teve desvantagem de mais de uma posse –, aliados a uma concussão do quarterback titular Tua Tagovailoa, que não atuou em nenhuma das duas últimas partidas da regular season e é desfalque confirmado para a estreia nos playoffs. Com Teddy Bridgewater considerado duvidoso, Skylar Thompson deve receber snaps no domingo. E sem Tua under center, as chances são significativamente menores.

A carta na manga dos Dolphins, entretanto, é poderosa: o time foi um dos três únicos a ter conquistado vitória sobre os Bills, na semana 3. A fase pode ser ruim, mas o histórico é valioso.

O JOGO

É completamente discutível quais os maiores matchups da partida, mas o jogo corrido de Miami contra o poderoso front-seven dos Bills certamente é um deles. Os Dolphins tiveram a oitava pior defesa contra passes na temporada regular, e Allen e companhia certamente anotarão pontos. A grande questão, portanto, é limitar o tempo de ação de Buffalo. E uma das alternativas para os visitantes seria forçar ao máximo o confronto nas trincheiras.

Some a isso o fato de que é um quarterback novato atrás do center, e fica ainda mais clara a necessidade de oferecer, no mínimo, um suporte para Thompson. O QB, ainda, tem ótimas opções nos wideouts Tyreek Hill e Jaylen Waddle, que, naturalmente, já fariam a defesa dividir atenções na secundária e ter mais dificuldade de lotar o box. Foi uma receita que deu certo na vitória da semana 3 e tende a ser mais promissora do que confiar em um rookie lançando 30 passes contra um favorito ao Super Bowl fora de casa.

Do outro lado das ações, como antecipado, não devemos ter muitas surpresas: Buffalo, segundo melhor ataque da temporada regular, com média de 28,4 pontos por partida, vai fazer a bola rodar e ainda tem ótimas opções pelo chão, dentre elas o running back Nyheim Hines, que anotou dois touchdowns em retorno de kickoff na vitória pela semana 18, sobre o New England Patriots, e excelente linha ofensiva.

Não o bastante, possui várias ameaças aéreas (algumas delas destacadas abaixo) e uma defesa poderosíssima, a segunda em pontos concedidos por confronto, com 17,9 de média, oferecendo um forte pass-rush e uma secundária inspirada em forçar turnovers que ainda deve contar com o reforço de Micah Hyde, em fase final de recuperação de lesão.

A tendência, portanto, é de Miami forçando o jogo pelo chão, mas, ainda assim, apostando em jogadas verticais na tentativa de deixar a defesa honesta e manter o balanço de jogo. Quanto à defesa…

Bom, parar Josh Allen já é outra história.

QUEM PODE DECIDIR?

WR Tyreek Hill (MIA): Os Dolphins não terão Tagovailoa comandando o ataque. Suas outras estrelas, portanto, precisam vir à tona para terem alguma chance contra um dos favoritos ao título. Tyreek Hill, certamente, pode ser esse astro, com capacidade explosiva invejável e velocidade capaz de desmontar marcações. Deve ser o grande alvo de Thompson – ou Bridgewater, quem quer que seja o QB – e dividir atenções na secundária dos Bills. Pontualmente, puxar uma marcação dupla pode oferecer espaço para outros jogadores, além de auxiliar na conquista das necessárias jardas terrestres, são alternativas de desejo do head coach Mike McDaniel.

Jeff Wilson Jr. (MIA): Não que seja uma grande surpresa, mas Miami precisará de uma ótima tarde de Wilson Jr. no domingo. A franquia já deve ter o desfalque de Raheem Mostert, após fraturar o dedo na season-finale contra os Jets, e as fichas devem recair sobre seu segundo running back. Sem chover no molhado, some todos os fatores anteriormente citados – ausência de Tua, o resultado do embate da semana 3 e as necessidades de manter a bola longe das mãos de Allen e criar espaço para Hill e Waddle trabalharem – e o resultado da equação é simples: corra com a bola.

QB Josh Allen (BUF): Como dito, é não só um dos jogadores mais promissores da liga como um dos melhores lançadores da NFL. Tem habilidade com os pés, dificultando o pass-rush para as defesas adversárias, e uma renomada qualidade nos passes. Faz-se dispensável um prolongamento. Miami dificilmente vai pará-lo – o objetivo principal é limitar suas ações e capitalizar as chances quando estas surgirem.

WR Stefon Diggs (BUF): Diggs é um dos melhores wideouts da NFL e foi recompensado nesta offseason com uma renovação contratual até 2027 avaliada em quase US$ 100 milhões. Sendo bem sucinto, o principal objetivo de Miami vai ser oferecer muitas restrições ao recebedor com menos mão-de-obra útil. Os Bills ainda dispõem de Gabriel Davis, Dalton Knox, Devin Singletary, Nyheim Hines e uma série de opções dos mais variados tipos. Buracos na defesa em função de double-teams certamente estão fora de cogitação para os Dolphins, e Diggs deve conseguir criar chances no um-contra-um.

PALPITE: Buffalo Bills

É difícil argumentar contra uma vitória dos Bills, e isso já deve ter ficado claro.

Talentos a rodo, capacidade de definição, equilíbrio único entre ataque e defesa – foi a única equipe com as duas unidades dentro do top 5 em médias de pontos anotados/concedidos por jogo –, etc. Os Dolphins já teriam vida bem complicada atuando no gelado e pulsante Highmark Stadium e só viram as coisas piorarem com a confirmação do desfalque de Tua Tagovailoa. A equipe terá um novato liderando a unidade ofensiva em playoffs, e isso já seria motivo de cautela. Contra um dos favoritos ao Vince Lombardi ainda…

Como dito, é difícil argumentar contra Buffalo.

SOBRE O JOGO

Dia: 15/01/2023

Horário: 15h, horário de Brasília

Local: Highmark Stadium – Buffalo, Nova York.

Transmissão para o Brasil: ESPN e Star+

(Fotos: Reprodução Twitter / Around The NFL)

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